Manifestando «apoio total» à frase do ministro da Economia - que afirmou que o cabeça-de-lista do PSD às europeias tem que "comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta" - o presidente da AICEP considerou que, «com aquele comentário jocoso e interessante, [Manuel Pinho] demonstrou lealdade e apoio à agência que trabalha com ele e ao presidente da agência».
«Só lhe tenho que estar grato», acrescentou à margem do 'Dia da Internacionalização', que hoje decorre no Porto no âmbito da '1ª Semana Europeia das PME'2009'.
Para Basílio Horta, o «episódio» com Paulo Rangel, está, contudo, «completamente ultrapassado».
«Eu nunca quis ter qualquer protagonismo na campanha, fui político durante 30 anos e essa parte da minha vida está arrumada», garantiu.
A polémica entre o cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e o ministro da Economia surgiu a propósito dos programas para promover a mobilidade e o emprego.
O facto de Basílio Horta ter vindo considerar desnecessária a criação de um novo programa europeu proposta por Paulo Rangel foi muito criticada pelo candidato social-democrata às europeias, para quem o presidente da AICEP «corre o risco de estar a violar o seu dever de isenção».
«Não se compreende porque vem um quadro da Administração Pública contestar uma proposta de um candidato a umas eleições», afirmou Rangel em declarações à agência Lusa.
Reagindo a estas palavras de Paulo Rangel, o ministro Manuel Pinho veio terça-feira defender o presidente da AICEP, afirmando que o candidato do PSD «tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta».
Segundo esclareceu hoje Basílio Horta, «o que aconteceu foi que o Dr. Paulo Rangel anunciou dois projectos, um deles com o nome Vasco da Gama e que tinha a ver com a empregabilidade de jovens à procura do primeiro emprego a nível europeu».
«Quando vi isto o que disse ao Dr. Paulo Rangel foi que temos um programa semelhante, chamado Inov Contacto, e um outro chamado Vasco da Gama que ainda não está operacional mas vai estar, é uma questão de negociação com o Programa Operacional Potencial Humano para as verbas virem», afirmou.
O presidente da AICEP diz ter-se limitado a «por a Agência ao dispor» de Paulo Rangel «para lhe dar as informações que ele quisesse» e a informá-lo de que «se quiser alargar o Inov à Europa» a AICEP o «ajuda a fazer isso».
«Fazíamos isto ao Dr. Rangel ou a qualquer candidato, porque nós não fazemos política», assegurou Basílio Horta.
Segundo o presidente da AICEP, «a Agência continua ao dispor» de Paulo Rangel «para lhe dar as informações que ele entender e para o ajudar se ele pedir no alargamento à Europa dos projectos que quer fazer».
«Tem é que lhe mudar o nome, porque Vasco da Gama é que não pode ser. Chame-lhe Bartolomeu Dias ou outro nome qualquer», acrescentou.
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