Bem-Vindos a "O Bar do Alcides"!

* O Bar do Alcides não faz favores a ninguém!
* É apolítico e imparcial!
* Todos os portugueses são vítimas da MAÇONARIA, que continua destruindo a nossa Nação!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Miguel Relvas - "O Político Cagão"!







Como é que uma «BÊSTA» destas diz precisamente o contrário de UM PRÉMIO NOBEL?
Como sabem o Miguel Relvas veio aqui ao Brasil comprar um diploma de Licenciatura em Gestão.
Portanto vê-se logo que realmente é um "expert" em GESTÃO!
Mas por favor não digam mal pois o "papelito" custou cerca de R$ 750 Reais!
Nota d'O Bar do Alcides: Aqui em São Paulo compra-se mais barato nas traseiras da Sé.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ABAIXO COM ESTE GOVERNO PPD/PSD-CDS/PP!






- É "ISTO" QUE VAI ABRIR AS HOSTILIDADES!

- A GUERRA CIVIL!!

- ABAIXO O GOVERNO!!!

- ABAIXO ESTE GOVERNO E A UGT!!!!!!


«Os 25 dias de férias não vão ser alterados para os trabalhadores da banca e, no caso dos pensionistas, mantém-se o pagamento dos subsídios de férias e de Natal. Além disso, o Banco de Portugal, que reclama um estatuto especial por ser um banco “central e independente” decidiu pagar os 13º e 14º meses aos funcionários. João Proença, secretário-geral da UGT, explicou que “nem todos os trabalhadores perderão dias de férias. É o caso dos bancários”. O texto do acordo diz que a redução das férias, de 25 para 22 dias, afectará os acordos de empresa, contratos colectivos ou contratos de trabalho assinados “após a entrada em vigor do Código do Trabalho” de 2003. No entanto, os contratos dos bancários sempre tiveram 25 dias, ou seja, como nunca tiveram majoração, não perdem agora os três dias de férias.»

MAS QUE RAIO DE MERDA É ESTA?

UNS SÃO "FILHOS DA MÃE" E OS OUTROS SÃO UNS "FILHOS DA PUT#$%&"?

ABAIXO COM ESTE GOVERNO PPD/PSD - CDS/PP!

REVOLTA JÁ!

Isaltino Morais: "O Grande Maçon Manhoso".







Isaltino Morais continua à solta.



Foi condenado nos tribunais, em todas as instâncias, mas o Estado português não tem meios para o mandar prender.

É esta a triste realidade: o cidadão Isaltino Morais tem mais poder do que TODO o Sistema de Justiça.


Isaltino não é apenas um autarca ou até só um réu.


É já um símbolo deste regime decrépito.


Representa o que há de pior na promiscuidade entre negócios e política, simboliza a corrupção e a total impunidade.


Toda a sua vida política e empresarial e todo o seu enriquecimento são representativos do quanto este regime se degradou.


As suas sucessivas eleições para a Câmara de Oeiras já nem surpreendem.


Os oeirenses sabem que a generalidade dos políticos não é séria e por isso acreditam que ter como presidente um criminoso com obra é talvez um mal menor.


Na senda do slogan desse Isaltino brasileiro que foi Ademar de Barros: "Rouba mas faz."


Isaltino foi acusado dos crimes de participação económica em negócio, corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal.


Segundo a acusação, Isaltino Morais "recebia dinheiro em envelopes entregues no seu gabinete" para licenciar loteamentos, construções ou permutas de terrenos.


Depois de um longo processo, já com sete anos, veio a consequente condenação.


A que se seguiram recursos e mais recursos.


Mas, mesmo depois de os recursos terem sido declarados improcedentes, o presidente da Câmara de Oeiras continua à solta.


O próprio presidente do Supremo Tribunal de Justiça veio proclamar que a prisão já deveria ter tido lugar e que "não faz sentido que a pena ainda não tenha sido executada".


Mas graças ao seu enorme peso político, e dispondo do apoio de advogados que se mexem com perfeição no pântano em que o aparelho de Justiça se transformou, Isaltino é impune.


A não detenção de Isaltino é escandalosa, mesmo em Portugal.


Faz perigar o Estado de direito, pois o mínimo que se exige a um sistema de Justiça é que consiga executar as suas decisões.


E esta situação pode até constituir uma sentença de morte para a própria democracia.


Pois um Estado que não é de direito não é democrático.


Artigo do Paulo Morais no CM (Correio da Manhã).



Nota da Redacção d'O Bar do Alcides: UMA VERGONHA NACIONAL!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Aníbal Cavaco Silva ENVOLVIDO no assassinato do Dr. Francisco Sá Carneiro.







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Em declarações ao programa «Grande Entrevista» da RTP1, o antigo presidente do CDS invocou que «há três questões que não foram investigadas até ao fim» no caso da morte de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa e que deviam «ser retomadas pela Assembleia da República»: o relatório dos peritos internacionais sobre os equipamentos técnicos do avião e explosivos, a investigação da venda de armas, em 1979-80, e do Fundo de Defesa Militar.
Freitas do Amaral considera que a ausência de continuidade das investigações representa «uma nódoa na credibilidade e na seriedade do Estado português».Mais detalhes da entrevista de Diogo Freitas do Amaral, poderão ser encontrados aqui:

Este é um esclarecimento do, então à data, Procurador-Geral da República - Sr. Cunha Rodrigues.

Serve para enquadrar um pouco aqueles, que como nós, querem saber de antemão o que tem sido feito pelas instituições para esclarecer o caso.

Na defesa da honra (artigo 84º, nº 1, do Estatuto do Ministério Público), e com o objectivo de repor a verdade, tem-se por oportuno esclarecer o seguinte:

A queda do avião em que, em 4 de Dezembro de 1980, pereceram o Primeiro-Ministro, os seus acompanhantes e a tripulação, determinou, a instauração, na mesma data, de um inquérito preliminar, dirigido pelo Ministério Público e investigado pela Polícia Judiciária;
Em 9 de Outubro de 1981, concluído o inquérito preliminar, um relatório da Polícia Judiciária considerava que não havia indícios de crime e que os autos deveriam aguardar, por mera cautela, a produção de melhor prova;
Sobre este relatório, o procurador-geral da República, não obstante concordar com a posição da Polícia Judiciária, determinou, por despacho de 12 de Outubro de 1981, que, para que se dissipassem todas as dúvidas, as investigações deveriam prosseguir na modalidade de "inquérito público";
Em 16 de Fevereiro de 1983, corroborando a posição sustentada pela Polícia Judiciária, o Ministério Público determinou que o inquérito ficasse a aguardar a produção de melhor prova;
Em 15 de Julho de 1983, na sequência de trabalhos realizados pela 1ª comissão parlamentar de inquérito, o Ministério Público requereu a abertura de instrução preparatória, solicitando a inquirição dos Senhores Deputados que tinham composto aquela comissão, a fim de "esclarecerem todos os elementos novos e suplementares susceptíveis de conduzir à mais completa verdade material";
A partir desta altura, o Ministério Público deixou de ter quaisquer poderes de investigação. A investigação transitou para o juiz de instrução criminal, nos termos do artigo 159º do Código de Processo Penal então em vigor, cuja redacção era a seguinte: "A instrução é dirigida pelo juiz, que poderá ordenar oficiosamente ou por promoção do Ministério Público, a requerimento da parte acusadora ou do arguido, depois de admitido a intervir no processo, qualquer diligência que julgue necessária para o apuramento da verdade";
Também a partir daquela data, a Polícia Judiciária passou a actuar na estrita dependência funcional do juiz de instrução criminal;
Requerida pelo Ministério Público a audição dos Senhores Deputados, aconteceu que, não obstante inúmeras insistências realizadas pelo juiz de instrução criminal, só mais de cinco anos depois, por dificuldades estranhas ao tribunal, foram completadas as inquirições, sendo certo que a Assembleia da República recusou autorização relativamente a dois depoimentos;
Em 18 de Fevereiro de 1988, e não tendo ainda sido completadas, pelo juiz de instrução criminal, aquelas inquirições, o Ministério Público requereu a junção aos autos dos relatórios e actas das 1ª, 2ª e 3ª comissões parlamentares de inquérito e promoveu dez séries de diligências de que constava nomeadamente:

A realização de várias peritagens, com a formulação de quesitos e a indicação de peritos, tendo em vista a despistagem de vestígios de explosivos nos destroços do avião e no vestuário das vítimas;
A obtenção de esclarecimentos técnicos sobre o significado da presença de partículas metálicas nos pés do piloto e outros aspectos do foro médico-legal;
A reavaliação do estudo do perfil do voo;
O reexame da peritagem sobre o rasto de fragmentos.
No mesmo requerimento, o Ministério Público propôs a colaboração de peritos estrangeiros. Em concreto, promoveu nova deslocação a Portugal do National Transportation Safety Board dos Estados Unidos da América do Norte e a constituição de uma equipa pericial multidisciplinar, interessando os ramos aeronáutico, de explosivos, patologia legal e radiologia forense. Sugeriu ainda o pedido de cooperação do governo inglês;
O juiz de instrução criminal deferiu a pretensão do Ministério Público;
Extra-processualmente, o Ministério Público solicitou ao Ministério da Justiça que fossem colocados à disposição do juiz de instrução criminal os meios financeiros necessários à investigação;
Encerrada a instrução preparatória, o Ministério Público, em 8 de Maio de 1990, concluiu pela não existência de indícios de atentado mas propôs, por cautela, que os autos aguardassem a produção de melhor prova;
Por despacho de 17 de Maio de 1990, o juiz de instrução criminal concordou, no essencial, com a posição do Ministério Público e decidiu que o processo ficasse a aguardar a produção de melhor prova;
Concluídos os trabalhos da 4ª comissão parlamentar de inquérito, o Ministério Público (11 de Outubro de 1991) analisou o relatório e as actas e requereu a sua junção aos autos. Considerando não existirem elementos novos ou relevantes, concluiu, mesmo assim, que a Polícia Judiciária deveria proceder à recolha e ao tratamento de informação criminal com base em notícias que circulavam, ainda que sem suporte na investigação;
Por despacho de 20 de Janeiro de 1992, o juiz de instrução criminal analisou a prova e determinou o arquivamento dos autos, considerando implicitamente que não se justificavam as cautelas do Ministério Público, face à inexistência absoluta de indícios de crime;
Em 2 de Maio de 1995, de posse de alguns elementos relativos aos trabalhos da 5ª comissão parlamentar de inquérito, o Ministério Público requereu a reabertura da instrução preparatória e, em 5 e 10 de Maio, promoveu a realização de diligências que foram consideradas, juntamente com as que o juiz determinara oficiosamente;
No decurso de 1995, familiares das vítimas foram admitidos como assistentes no processo;
Em 6 de Novembro de 1995, o juiz de instrução criminal encerrou a instrução preparatória;
Perante o valor e o significado das provas, globalmente consideradas, o Ministério Público promoveu que os autos continuassem a aguardar a produção de melhor prova (10 de Novembro de 1995);
Os assistentes reclamaram para o Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa e para a Procuradoria-Geral da República, sendo as reclamações desatendidas;
Em 17 de Novembro de 1995, os assistentes deduziram acusação particular contra quatro indivíduos, como lhes era expressamente consentido pelo Decreto-Lei nº 377/77, de 6 de Setembro;
O juiz de instrução criminal abriu a instrução contraditória, em 23 de Novembro de 1995, esclarecendo que o tinha feito por imperativo legal e não por considerar que existissem quaisquer indícios de crime e indeferiu grande parte das diligências requeridas pelos assistentes;
Em 9 de Janeiro de 1996, o juiz de instrução criminal, divergindo do parecer do Ministério Público, considerou prescrito o procedimento criminal contra três arguidos;
O Ministério Público recorreu deste despacho, em 22 de Janeiro de 1996, tendo o Tribunal da Relação negado provimento ao recurso;
Do acórdão do Tribunal da Relação, o Ministério Público recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça que não conheceu do recurso (10 de Julho de 1997);

Encerrada a instrução contraditória (15 de Novembro de 1996), o Ministério Público, manteve a posição anterior, no sentido de que os autos deveriam aguardar a produção de melhor prova;
Em 13 de Dezembro de 1996, os assistentes deduziram acusação definitiva;
Remetido o processo ao juiz competente para a pronúncia, este, em despacho circunstanciado (mais de 700 páginas), rejeitou a acusação dos assistentes, por considerar não haver nenhum indício de crime, e ordenou o arquivamento do processo (16 de Abril de 1998);
Os assistentes interpuseram recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa, para onde os autos subiram em 28 de Setembro de 1998.

Sendo estes os factos, é de sublinhar que:

O Ministério Público não tem poderes de investigação, no processo em causa, desde 15 de Julho de 1983, competindo exclusivamente ao juiz de instrução criminal, oficiosamente ou a requerimento do Ministério Público ou da parte acusadora, determinar a realização de diligências;

Desde a mesma data, a Polícia Judiciária tem actuado sob a dependência do juiz de instrução criminal;

O processo encontra-se em fase de pronúncia desde Abril de 1997;

O Ministério Público requereu as diligências que lhe pareceram convenientes e observou, no decurso dos actos, as regras do processo;

O Ministério Público analisou e valorou as provas obtidas pelo juiz de instrução criminal, com a devida atenção e objectividade. No essencial, mereceram-lhe concordância as decisões do tribunal. Nos pontos em que dissentiu das posições do juiz ou dos assistentes, exprimiu a sua discordância em termos jurídicos e sempre respeitosos.

O direito de crítica é livre.

Mas ninguém, nenhum grupo, nenhuma autoridade, nenhum poder pode obrigar os magistrados a sustentarem outros interesses que não os que os factos e a lei (analisados à luz das leges artis e da sua consciência) legitimam.

É lamentável que, por ignorância da lei, má fé ou desconhecimento dos factos, se produzam afirmações que, atingindo o Ministério Público, mais não visam, consciente ou inconscientemente, que exercer uma intolerável pressão sobre os tribunais;

Este esclarecimento é emitido nesta data, por terem chegado ao fim os trabalhos da 6ª comissão parlamentar de inquérito sem que, todavia, os resultados sejam ainda conhecidos pelo Ministério Público.

Não foi emitido antes, pelo respeito devido à Assembleia da República. Não aguardou o recebimento das conclusões do inquérito parlamentar, para que nenhum equívoco exista sobre a sua natureza e objectivos.

O protesto que lhe está imanente tem a mesma veemência que será posta:

na apreciação exaustiva e rigorosa do material obtido pela 6ª comissão parlamentar de inquérito;
na adopção das iniciativas processuais que os factos justifiquem;
na observância estrita das disposições legais;
na serenidade indispensável a uma apreciação isenta, objectiva e distanciada de falsidades e afrontas;
no respeito pela independência dos tribunais e na solidariedade devida aos juizes, por formas de pressão que, por hábeis e dissimuladas que sejam, lhes são efectivamente dirigidas;
em evitar que a discussão sobre a relevância criminal dos factos seja deslocada do seu lugar próprio – os tribunais.

Lisboa, 6 de Julho de 1999
O Procurador-Geral da República
Cunha Rodrigues

O Caso Camarate - O Caso JFK Português.
Em 4 de Dezembro de 1980 o avião Cessna onde seguiam o primeiro-ministro da altura, Francisco Sá Carneiro; Snu Abecassis (companheira de Sá Carneiro), o ministro da defesa, Adelino Amaro da Costa, Maria Manuel Amaro da Costa (esposa do ministro da defesa) o chefe de gabinete do ministro da defesa António Patrício Gouveia e os pilotos Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa que ia para a cidade do Porto para o comício incluído na campanha eleitoral do general Soares Carneiro para as eleições presidenciais a qual a força que Sá Carneiro liderava, a AD-Aliança Democrática [coligação entre partido social democrata (PSD), partido do centro democrático social de ideologia democrata-cristã (CDS) e o partido popular monárquico (PPM)] se despenhou na vila de Camarate que na altura era mais um bairro do que uma vila ligada a cidade de Loures (como ainda está) logo a seguir de ter levantado em voo em circunstâncias misteriosas matando todos os ocupantes do avião.
Se fizeram 8 comissões parlamentares de investigação que conforme os ventos que sopravam do poder fossem de direita ou de esquerda se inclinavam ou para a tese de atentado ou de acidente respectivamente com a ajuda do ex-procurador geral da república Cunha Rodrigues que tinha especial prazer em arquivar casos com gente poderosa ou casos polémicos sendo um desses um dos que estava sujeitos a sanha arquivadora de Cunha Rodrigues e graças ao advogado das famílias desses crime que se pode classificar de nojento esse processo ainda foi salvo das mãos do Arquivador-geral da república ou arquivador-mor da nação como era conhecido Cunha Rodrigues nos programas de sátira.
O mais curioso e que ainda estávamos com a 7ª comissão a supostamente a investigar o atentado quando um jornalista da TVI, Miguel Ganhão Pereira faz uma reportagem de investigação onde descobre ligações perigosíssimas entre uma investigação do ministro de defesa sobre um fundo de defesa do ultramar e vendas de armas para o Irão que ministro da defesa não queria que se fizesse embora houvesse alguém que Amaro da costa estava quase a caçar que queria que se vendessem essas armas e estava ligado a este fundo do ultramar acontece que em 2000 este jornalista se suicidou ou teve que se suicidar para que a sua família não sofresse nada em circunstâncias misteriosas, tão misteriosas como o próprio caso Camarate cuja comissão parlamentar estava inclinada para a tese de acidente graças a não só ao governo ser socialista como a impossibilidade de extraditar de França o enigmático Sinan Lee Rodrigues pequeno traficante de droga e que foi visto à volta do Cessna de Sá Carneiro nas vésperas do atentado e um dos principais suspeitos materiais do atentado e pelos deputados se terem deixado levar pelas declarações não muito fiáveis de José Esteves ex-membro do grupo terrorista de direita – o MDLP agora astrólogo e curandeiro conhecido no meio apenas por Sô Zé e graças ao advogado das famílias Ricardo Sá Fernandes, o Caso não ficou arquivado mas tudo acalmou até Dezembro 2004.
Por que agora passados 24 anos do magnicídio que na altura não teve apenas consequências físicas apenas para os ocupantes do avião como teve consequências para a AD que deixou de ter coesão para formar governo porque a argamassa que a segurava (Sá Carneiro e Amaro da Costa tinham desaparecido em Camarate e nem Balsemão ou Freitas tinha o traquejo ou carisma ou coragem política dos assassinados) e a AD acabou por se esfumear e o general Soares Carneiro perdeu as eleições presidenciais para o também general Ramalho Eanes.
As origens ou causas do magnicídio pelo que se sabe reside numa investigação que na Altura estava a ser realizada por Amaro da Costa sobre o desaparecimento de 40 milhões de euros (equivalência a valores de 1980 a valores actuais) do Fundo de Defesa do Ultramar Português, que foi um fundo criado pelo ministério da defesa para suprir as necessidades de armamento das forças armadas portuguesas que combatiam na guerra colonial e que era gerido pelo Ministério da Defesa até à revolução de 25 de Abril de 1974, depois daí passou a ser gerido pelo Conselho da Revolução e pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e apesar da Guerra Colonial ter acabado pouco tempo depois do 25 de Abril o Fundo de Defesa do Ultramar estranhamente continuou a existir mesmo sem razão de existir, entretanto a constituição é revista e o Conselho da Revolução é extinto e Amaro da Costa chama ao Ministério da Defesa o poder para a venda de armas para o Exterior do Território Nacional e aí desaparecem os tais 40 milhões de euros por que com a extinção do CR o Fundo de Defesa do Ultramar é automaticamente extinto.
Só se soube agora dessa fuga de 40 milhões de euros graças à abertura dos arquivos do dito Fundo de Defesa do Ultramar os quais foram investigados pela Inspecção-Geral de Finanças, os 40 milhões de euros desapareceram através de contas paralelas sem existir registo contabilístico das mesmas.
Outra das causas apontadas seja a venda de armas para o Irão que Amaro da Costa proibiu categoricamente na véspera do seu assassinato e que misteriosamente no dia 6 de Dezembro de 1980, ou seja, dois dias de depois do crime de Camarate a venda foi feita apesar da proibição do malogrado Amaro da Costa.
As 8 comissões como nós dissemos acima se dividiram em duas teses: acidente e atentado dependendo dos governos e das provas periciais e respectivas interpretações das mesmas e as causas da queda do avião segundo estas mesmas perícias varriam desde falha dos pilotos até falha mecânica diziam defensores da tese acidente como cortes de tubos de óleo hidráulico pequenos engenhos explosivos ou sabotagens subtis como diziam os defensores da tese do atentado mas o que a 8ª e última comissão parlamentar de investigação apurou foi que foi um engenho explosivo dentro do Cessena que provocou a queda do mesmo portanto sendo um atentado e nunca na vida um acidente agora só resta saber por onde e por quem foi feita a fuga dos 40 milhões de euros do Fundo de Defesa do Ultramar e porque razão se venderam as armas mesmo existindo a dita proibição por outro lado também se vai tentar saber quem colocou o engenho explosivo dentro do Cessna e qual o verdadeiro móbil do atentado que dizia muita gente pensativa o por que de serem precisos 24 anos e 8 comissões de investigação para se concluir o que a população já suspeitava e não o afirmava claramente ou por medo ou por falta de provas que o acidente de Camarate não foi acidente mas sim atentado conspirativo não sabendo quem engendrou havendo muitos suspeitos e muitas teorias da conspiração mais ou menos fiáveis tal qual o atentado de Dallas em Novembro de 1963 contra Kennedy que também teve uma vitima colateral o governador do Texas da altura John Connally que no atentado de Dallas ficou ferido gravemente mas em Camarate seja quem tenha sido a vitima colateral morreu com o alvo do atentado.
Deixamos as nossas perguntas sem resposta ou que ninguém quer responder num post ou entrada que promete ser um dos mais polémicos de sempre.
Por que Cunha Rodrigues queria arquivar o processo Camarate e qual o seu interesse no arquivamento?
Por que foram precisos 8 comissões parlamentares e 24 anos para concluir o que toda gente sabia?
Quem fez e com que objectivo fez o atentado de Camarate?

É interessante ler a entrevista do antigo segurança José Esteves onde confessa, em declarações à revista Focus, ter preparado um engenho que terá feito explodir o avião que matou Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa no dia 4 de Dezembro de 1980.

Noticia publicada em 28.11.2006 no publico online (publico.pt)
A edição de amanhã da revista Focus, que entrevistou José Esteves, refere, segundo a Lusa, que o antigo segurança do CDS assume agora que foi o autor da bomba incendiária que provocou a queda do avião, mas que o seu plano era apenas pregar um "susto" ao general Soares Carneiro - candidato presidencial pela Aliança Democrática (AD) - e que o engenho foi alterado por forma a provocar a morte dos passageiros do Cessna.

A explosão da aeronave Cessna, no bairro de Camarate, a 4 de Dezembro de 1980, provocou a morte do então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, da sua mulher, Snu Abecassis, do ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, do chefe de gabinete do primeiro-ministro António Patrício Gouveia, assim como dos dois pilotos do aparelho.

Para uns foi um acidente, para outros um atentado. Depois de muitos anos em investigações, o caso nunca chegou à barra dos tribunais.

Questionado pela revista Focus sobre o alvo do atentado, José Esteves explica que "era um engodo destinado a Soares Carneiro" e que "o circo mediático estava todo montado".

Segundo conta José Esteves, a bomba era para "fazer incendiar o avião no fim da pista, sem levantar, e pregar um susto".

Adelino Amaro da Costa tinha o avião disponível para viajar para o Porto, onde ia assistir ao encerramento da campanha de Soares Carneiro, mas este foi para Setúbal nessa noite, acompanhado de Freitas do Amaral.

O primeiro-ministro Sá Carneiro, que também ia para o Porto, acabou por desmarcar os dois bilhetes que tinha reservado na TAP e, juntamente com o ministro da Defesa, embarcou no Cessna.

O antigo segurança afirmou também à Focus que foi ele quem "fabricou a faca, mas não deu a facada".
"Eu fabrico a faca, mas não dou a facada. As armas não matam. Quem mata são os homens. Em Camarate, tudo o que eu fiz foi dizer 'sim, senhor patrão'", pode ler-se na mesma entrevista."Montei um engenho incendiário para pregar um susto. Foi entregue na Rua Augusta, numa loja, debaixo de um 'puff'.
Já sabia que era para um indivíduo de tez escura...", disse José Esteves à revista.

José Esteves explicou que o engenho era uma mistura: "Se juntarmos clorato de potássio com açúcar e ácido sulfúrico temos uma bomba incendiária.
Basta depois ter um tubo - e um cabo de reboque ser levantado - para o engenho ser accionado".

José Esteves assumiu a autoria do engenho para "pregar um susto", mas recusou ser considerado o assassino dos dois políticos portugueses e confessa que, ainda hoje, o caso Camarate lhe provoca sofrimento.

"Não é medo. É sofrer. É a filha não me convidar para o casamento por o pai ser o assassino de Camarate. É o meu pai morrer e dizer: 'Eu vou morrer filho e tu és o assassino de sete pessoas'", confessou igualmente José Esteves à revista Focus.

"O avião era para incendiar no fim da pista. Depois, todos os que foram avisados, ao engano, aparecem na porta com o cinto de amianto desapertado. E o amianto não queima. E os corpos estão todos à saída do avião, verdade? Ora, em 30 e tal segundos não dá tempo para desapertar os cintos quando se apercebem que alguma coisa vai correr mal depois do avião bater nos cabos de alta tensão e antes de se despenhar no bairro de Camarate", pormenorizou ainda José Esteves, acrescentando que "no fim da pista o avião ia efectivamente a arder".

O Cessna, já a arder e deixando um rasto de detritos, acaba por embater em cabos de alta tensão, junto ao bairro das Fontainhas, e, perdendo velocidade, acaba por se despenhar numa bola de fogo, sobre Camarate, perto de Lisboa.

Em termos judiciais, o caso prescreveu em Setembro deste ano e, apesar da confissão, o antigo segurança nunca poderá ser julgado.

"Como alguém conhecido uma vez me disse, não tem solução: Peca por excesso de provas", concluiu José Esteves.

A Entrevista dada pelo Dr. Francisco Sá Carneiro que levou à decisão de o assassinar.
LA VANGUARDIA • JUEVES, 4 DE DICIEMBRE DE 1980
La masonería
En la realidad sin embargo —y esta es la suprema paradoja—, Eanes y la «Alianza Democrática», discordan absolutamente en todo.
El primer ministro Sá Carneiro dijo ayer en tono apocalítico que si Ramaiho Eanes volviese a ser elegido, Portugal volvería a caracterizarse por una política exterior dubitativa y ambigua, renacerían les inclinaciones tercer-mundistas, la “diplomacia paraleta” del comandante Melo Antunes, se retrasaría voluntariamente el ingreso en el Mercado Común, nuestros colegas de la OTAN empezarían de nuevo a se preocupare, seríamos incapaces de condenar al imperielismo soviético, etc.
-Según Sá Carneiro, el actual presidente firmó con los comunistas un«pacto secreto» por el que en caso de victora dimitiría al Gobierno y convocaría nuevas elecciones, y ésta sería lo señal para que la inseguridad ciudadana. las huelgas salvajes, las ocupaciones de empresas y fincas, se reprodujeran como en el pasado para abrir el camino a un «frente popular’, seguramente dirigida por una militante católica (?), la señora Pintasilgo.
De modo que, según Sá Carneiro, si Eanes ganase, haría exactamente lo contrario de lo que dice.
Le obligarían a hacerlo sus pactos secretos con los comunistas, y las consignas del «Gran Oriente Lusitano».
La hipótesis de que el General Eanes y su devota esposa, ‘donha’ Manuela son simples instrumentos de la masonería portuguesa (que es lo mismo que decir de La Masonería Internacional), no la defiende naturalmente el sagaz e inteligente Sá Carneiro, si no algunos conservadores «del ancien regime’. que —como sucedía en España hace años explican el proceso histórico portugués y mundial através de los designios secretos de la masonería, y del comunismó internacional, habiendo renunciado recientementé a echarlo la culpe al sionismo, convertido hoy en «baluarte de a civilización occidental en Oriente Medio“.
Que la masonería portuguesa añda detrás de Ramalho Eanes lo prueba, puede leerse en algunos periódicos conservadores, que el ex primer ministro Adelino da Palma Carlos y el ex presidente de la Assemblea de la República, Vasco da Gama Fernandes, notorios masones próximos al grado 33, apoyan abiertamente su candidatura y que también lo hace el ex ministro de Asuntos Exteriores y profesor de la Universidad Católica de Lisboa (siguen las paradojas), Medeiros Ferreira que, según las mismas.fuentes, es ahora la estrella ascendente de la muy secreta sociedad.
Tan insólitas revejaciones han oprado, sin embargo, un eco seguido en ciertas latitudes.
Así, el bispo de Funchal, monseñór ‘Francisco Santana (isla de Madeira) acaba de hacer publica una nota pastoral en a que se advierte que «no podemos dar si voto a los candidatos que se ápoyen fundamentalmente en grupos de expressión marxista o de inspiración masónica..”
----------------------------------- ” “ -----------------------------------
Os Maçons tentaram SEMPRE desviar as atenções!
Após “trocentos” inquéritos na Assembleia da República Portuguesa, que tem sido ao longo dos anos sempre dominada pela Maçonaria, nunca se chegou a conclusão nenhuma.
E isso é mais do que óbvio! Parece impossível, mas é a realidade.
A Maçonaria “TRAVOU” sempre qualquer investigação feita, fosse por quem fosse.
Eles sabem bem o que podem vir a perder.
A Maçonaria domina igualmente a JUSTIÇA em Portugal.
Eles são como uma FAMÍLIA, independentemente da sua filiação partidária, protegendo-se uns aos outros.
Na sua grande maioria eles pertencem ao PS, PPD-PSD e CDS-PP.
Mas temos conhecimento que existem vários que são do MDP-CDE, portanto ligados aos comunistas.
PORTUGAL TEM FORÇOSAMENTE QUE SE VER LIVRE DESTA CAMORRA, DESTA MÁFIA, QUE TEM VINDO AO LONGO DOS ANOS A ENRIQUECER À CUSTA DOS DINHEIROS PÚBLICOS. (era isto que o Dr. Francisco Sá Carneiro queria evitar!!).

Resumindo e concluindo, existem provas que foi a Franco-Maçonaria Portuguesa que deu as instruções para o assassínio do Dr. Francisco Sá Carneiro e da restante tripulação do Cessna.

Eles sabiam que assassinando Francisco Sá Carneiro, MATAVAM a AD!
A Franco-Maçonaria Portuguesa está e sempre esteve ligada ao TRÁFICO, seja de influências, seja de armas ou de drogas, o chamado “DINHEIRO FÁCIL”!
Eles sempre quiseram enriquecer rápido e depressa
É por essa razão que tomaram de assalto o Erário Público, após o assassínio.
PERGUNTAS:
1ª) Quem é a personagem que pertence à Maçonaria Portuguesa e é de “tez escura”?
2ª) Quem eram os “Irmãos-Maiores” da Maçonaria Portuguesa à altura dos acontecimentos?
3ª) A quem aproveitou políticamente, dentro da Maçonaria Portuguesa, a morte de Francisco Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa?
4ª) Onde e por quem, foi decidido o assassínio?
5ª) Quais eram as principais Lojas da Maçonaria Portuguesa à época?

RESPOSTAS:
1ª) António Costa.
2ª) ANÍBAL CAVACO SILVA, António Ramalho Eanes, Manuela Ramalho Eanes, Vasco da Gama Fernandes, Melo Antunes, Adelino da Palma Carlos, António Medeiros Ferreira, Mário Soares, Vítor Ramalho, Torres Couto, António Veludo, Abel Pinheiro, Isaltino de Morais, Armando Vara, Alberto Martins, Sousa Lara, Almiro Gaspar Marques, António Reis, António Costa, Troufa Real, Cunha Rodrigues, Noronha do Nascimento, Arons de Carvalho, Almeida Santos, Daniel Proença de Carvalho, Fernando Teixeira, Carlos Melancia, Germano de Sousa, Jaime Gama, João Proença, João Soares, Mário Lino, Rui Gomes da Silva, Ricardo Sá Fernandes, Vasco Franco, Vera Jardim, , Vasco Lourenço*, entre muitos outros.

* Vasco Lourenço é maçon e estava LIGADO ao FDMUP (Fundo de Defesa Militar do Ultramar Português). Nem a PJ Civil, nem a PJ Militar, nem a PGR (Procuradoria-Geral da República), nem o SIS, nem o SIRPE, nem NADA, NEM NINGUÉM investigou o que quer que seja das Contas Bancárias dos suspeitos. Foram "rapinados" cerca de 40 (QUARENTA) MILHÕES DE EUROS, ou sejam, 200 (DUZENTOS) MIL CONTOS, sem deixar qualquer rasto. Ora como é possível desaparecer TANTO DINHEIRO de dentro do Ministério da Defesa? Quem encobriu quem, que também ganhou com isso? Querem saber? Pois nós, hoje dia 21 de Janeiro de 2012, acabámos de saber MAISPORMENORES BOMBÁSTICOS!
3ª) A Mário Soares e seus correlegionários.
4ª) O assassínio foi decidido em reunião secreta da Maçonaria na Sede do Grande Oriente Lusitano, na Rua do Grémio Lusitano, 25 / 1200-211 LISBOA, onde estiveram presentes os “Irmãos - Maiores” da Maçonaria do Grande Oriente Lusitano.
5ª) GOL (Grande Oriente Lusitano) e GLLP (Grande Loja Legal de Portugal).
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ÚLTIMA HORA: Descobertas novas informações “BOMBÁSTICAS”!!!
O actual Presidente da República é considerado SUSPEITO no assassínio do Dr. Francisco Sá Carneiro e do Engº. Adelino Amaro da Costa e terceiros, na queda da aeronave em Camarate / Sacavém / Loures.

«Na última reunião "tripartida" entre o Primeiro-Ministro da época, Dr. Francisco Sá Carneiro, o Ministro da Defesa, Engº. Adelino Amaro da Costa e o Ministro das Finanças, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, foram dadas ORDENS a este último, como Ministro das Finanças, de INVESTIGAR o desvio de 200.000.000$00 (DUZENTOS MIL CONTOS - UM MILHÃO DE EUROS) do FUNDO DE DEFESA MILITAR DO ULTRAMAR PORTUGUÊS!»

Aníbal Cavaco Silva NUNCA OBECEDEU A ESSAS ORDENS!

Aníbal Cavaco Silva NEGOU-SE a cumprir as ORDENS EXPRESSAS do Dr. Francisco Sá Carneiro, Primeiro-Ministro!

Daqui ACUSAMOS o Sr. Aníbal Cavaco Silva de ter PARTICIPADO no “COMPLÔ” que deu origem ao ASSASSINATO do Dr. Francisco Sá Carneiro, do Engº. Adelino Amaro da Costa e de terceiros!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cavaco Silva o AMIGO de Duarte Lima.







Domingos Duarte Lima, "O Grande Amigalhaço" do actual Presidente da República - Aníbal Cavaco Silva, veio aqui ao Brasil ASSASSINAR a Dona Rosalina Ribeiro por causa de dinheiro!!!



Mas o que é que estes maçons não fazem por dinheiro?

Fazem TUDO, até ASSASSINAM!



Nem tudo estava contado sobre a investigação da morte de Rosalina Ribeiro.

Aqui divulgamos o relatório final da polícia brasileira sobre o crime e o que faltava saber sobre os erros, suspeições e segredos das suas 79 páginas

A 22 de dezembro de 2009, por volta das 11 horas, amigos de Rosalina Ribeiro rumaram ao cemitério São João Batista, no bairro Botafogo, do Rio de Janeiro. Era pouca gente, mas, mesmo assim, gente a mais.

Ao velório da mulher de 74 anos, assassinada dias antes em Saquarema, compareceram, também, dois investigadores da equipa Saturno 46, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os enlutados foram filmados e as conversas gravadas através de uma microcâmara oculta num exemplar da Bíblia.

Foi a primeira diligência da investigação do assassínio de Rosalina, antiga secretária do milionário Lúcio Feteira, no Brasil. As conclusões do inquérito, conduzido ao longo de quase dois anos, atribuem a Duarte Lima, advogado e ex-deputado do PSD, a autoria do homicídio. As 79 páginas do relato da investigação e do relatório final incluem pormenores até agora desconhecidos.

Revelamos o filme completo dos acontecimentos, na versão da polícia brasileira.


O desaparecimento.

Rosalina deixou o seu apartamento, no bairro do Flamengo, no Rio, às 19 e 59 do dia 7 de dezembro de 2009, para se encontrar com Duarte Lima. A conversa estaria marcada para o restaurante de luxo Alcaparras, a 350 metros da residência de Rosalina, conforme ela própria comentara com amigas, na tarde desse dia. Porém, as câmaras de videovigilância da zona não registaram a sua chegada ao local combinado. Segundo a polícia, Duarte Lima abordou-a antes, à saída da residência, pouco depois das 20 horas. Rosalina nunca mais foi vista.

No dia seguinte, amigas da vítima contactaram com Normando Marques, advogado de Rosalina no Brasil. Os porteiros do prédio não a viram regressar, na noite anterior, e "a sua ausência, sem se comunicar com as amigas, fugia completamente ao seu modo de proceder".

Normando tentou falar com o colega português. Sem sucesso. Ligou, então, a Valentim Rodrigues, o advogado que "efetivamente atuava nos processos de interesse da vítima em Portugal". Lima estaria na Tunísia, regressando dali a alguns dias, assegurou Valentim. Quando Normando conseguiu, finalmente, chegar à fala com Duarte Lima, percebeu que, na verdade, este se encontrava em Hong Kong.

Durante esse breve diálogo, o ex-deputado contou que tinha levado Rosalina a Maricá para um encontro com uma tal Gisele, junto do Hotel Jangada, a pedido da cliente. Os assuntos estariam relacionados com a venda da parte dela da herança Feteira.

Após três dias sem notícias e buscas infrutíferas em hospitais e esquadras, Normando Marques comunicou oficialmente o desaparecimento de Rosalina. Amigos distribuíram um cartaz com a fotografia dela pelo local de residência e arredores. Ao mesmo tempo, Duarte Lima enviava aos investigadores, por fax, a sua versão do encontro com Rosalina.

O cadáver, o enterro e as conversas.

Enquanto Normando e os amigos procuravam Rosalina, populares encontraram o corpo, na manhã do dia seguinte ao do desaparecimento. Estava numa vala, na "rodovia" RJ-118, em Saquarema, distrito de Sampaio Correia, a pouco mais de uma hora do Rio. A estrada - à época de terra batida - fica numa região erma, de mato, com poucos residentes, sem passeios nem luz elétrica e apontada como zona privilegiada para a prática de crimes e "desova" de corpos e carros incendiados.

A mais de 160 metros, camponeses ouviram tiros e um carro arrancando logo de seguida, mas faltou quem identificasse a vítima. "Mulher ignorada", podia ler-se numa folha junto do corpo de Rosalina, durante os dias em que esperou reconhecimento de familiares, no Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio.

Rosalina fora assassinada com dois tiros. Um na cabeça, outro no tórax, do lado direito. O cadáver tinha ainda os brincos, óculos e um relógio de marca Certina. A roupa estava alinhada, mas o casaco apareceu rasgado. A arma do crime desaparecera. A bolsa e a pasta que Rosalina levava quando saiu de casa também. Arlindo Guedes, empresário que mantinha negociações com Rosalina para a compra do seu quinhão da herança, reconheceu o cadáver. A polícia situa a morte no final da noite de 7 de dezembro, mas a certidão de óbito diz que Rosalina faleceu no dia seguinte.

No funeral, as conversas à volta das desavenças da herança Feteira despertaram a atenção dos investigadores. "O crime deveria estar ligado a essa disputa", admitiram. O encontro com Duarte Lima também gerara estranheza. "A desconfiança dos presentes era unânime". Se Rosalina relatara as tentativas de negócio com Arlindo Guedes, por que não falara da tal Gisele, desconhecida até dos mais íntimos?

Uma semana depois, a 28 de dezembro de 2009, os investigadores filmaram, secretamente, a missa do 7.º dia, na Igreja Santa Teresinha, também no Botafogo. As conversas e desconfianças repetiram-se.

Os comprimidos e o rascunho.

Sendo a disputa de heranças "uma das principais motivações envolvendo homicídios", os investigadores concentraram-se nas pessoas que pudessem ter interesse financeiro na morte de Rosalina. Ao mesmo tempo, tentaram recolher dados para avaliar a versão de Lima.

Na presença de Rosemary Espinola, amiga e procuradora de Rosalina no Brasil, e do advogado Normando Marques, a polícia efetuou três buscas ao apartamento da vítima.

Encontrou "diversas agendas, anotações, extratos bancários, contas telefónicas, documentos imobiliários, papéis diversos", além de três telemóveis portugueses e um telefone fixo.

Nas agendas, não havia referências a qualquer Gisele, apesar de Rosalina, segundo a polícia, ser, "a seu modo, uma pessoa metódica, anotando praticamente tudo sobre qualquer pessoa que conhecia". Nos últimos anos, ela reforçara o hábito de registar tudo, pois receava a perda de memória na velhice. Nas agendas, até escrevia a maneira de usar um telemóvel, "criando diagramas". Na lista de contactos, aparecem os telefones de figuras públicas, entre elas Leonel Brizola (antigo governador do Rio de Janeiro) e Sarah Kubitschek (mulher do Presidente Juscelino Kubitschek, falecida em 1996).

Os investigadores sugerem que as anotações seriam da autoria de Rosalina, mas ela, sabemos nós, usava várias agendas outrora pertencentes ao industrial Lúcio Feteira, com quem manteve um relacionamento profissional e amoroso, durante décadas. Lúcio, esse sim, foi próximo de Kubitschek (no exílio deste em Lisboa, foi o milionário quem lhe garantiu emprego e dinheiro). Os contactos com Brizola também foram frequentes, tendo Feteira cortado relações com o político brasileiro quando ele mandou embargar a cidade turística que o industrial português queria construir em Maricá, nos anos 70, atropelando várias disposições ambientais.

Uma dessas agendas comprova a mistura de contactos de Lúcio e Rosalina, mas a polícia do Rio a ela não teve acesso. Repousa nos anexos de um processo arquivado no Departamento de Investigação de Acção Penal (DIAP), em Lisboa. Aí se podem ler, entre outros, os números de telefone dos políticos portugueses Mário Soares e Salgado Zenha (amigos de Feteira), de antigos políticos e militares brasileiros e de uma desconhecida Giselda, residente em Copacabana.

No apartamento da falecida, uma das camas estava algo desalinhada, com roupas estendidas. Na outra, Rosalina deixara uma mala aberta, indiciando os preparativos para o regresso a Portugal. "Parto para Lisboa no dia 12 de Dez, se Deus quiser", lia-se num rascunho de carta manuscrita pela própria Rosalina, encontrado na casa pela polícia. A curiosidade foi também aguçada por dois comprimidos, um ao lado do outro, na mesa da sala. A tese policial é esta: ela contava regressar célere do seu encontro com Duarte Lima e tomar os medicamentos "em horário preestabelecido". Ou seja, "sem intenção de se deslocar até à cidade de Maricá", como afirmara o advogado.

Nessa altura, outra parte do relato de Duarte Lima soou inverosímil: como poderia Rosalina ter ligado do seu telemóvel para Gisele, já a caminho de Maricá, quando, na verdade, ela saiu à rua sem os telemóveis, convencida de que não demoraria?

Mesmo assim, a polícia seguiu a versão de Lima e entrevistou dezenas de residentes, nos arredores do Hotel Jangada, onde o antigo deputado jurou ter deixado Rosalina com Gisele. No hotel, nem vestígio das duas mulheres. Nos bancos de dados, nada também, após terem sido pesquisadas quase 150 "Giseles" com base na características descritas por Duarte Lima: "Branca, com idade entre 40 e 60 anos."

A fraude e a fazenda.

As desconfianças de Rosalina deixaram outras pistas. Ela comentara com amigos, no Brasil, alegadas fraudes envolvendo a Sociedade de Explorações Agrícolas e Comerciais (SEAI). A empresa do espólio de Feteira possui vasta extensão de terras na chamada Região dos Lagos, onde se destaca a Fazenda da Pedra Grande, em Maricá. Ela e o industrial foram os únicos sócios da SEAI até à morte daquele, em 2000, altura em que Olímpia Feteira, filha de Lúcio, afastou Rosalina e passou a administrar a empresa em nome da herança.

Apesar de não frequentar a região, Rosalina mantinha contactos com um antigo funcionário da SEAI, cujo nome surge nas suas agendas e anotações. Nos cartórios da região confirmou-se o "grande volume de imóveis negociados pela empresa". Fraudes, uma: em 2000, um lote foi vendido com documentação falsa, mas sem qualquer ligação com possíveis envolvidos no crime, assinala o relatório policial.

Os seguranças de Olímpia.

Filha de uma relação extraconjugal do milionário, cuja paternidade só seria reconhecida na idade adulta, Olímpia foi dos primeiros alvos da polícia brasileira, dado seu interesse na fortuna do pai e a relação turbulenta com Rosalina. Ódios que chegaram aos tribunais. Cedo, porém, a desconfiança se desvaneceu, transformando-se, até, numa relação profícua entre investigadores e investigada.

Olímpia descobrira as transferências efetuadas por Rosalina das contas conjuntas que mantinha com Lúcio Feteira no Brasil, Suíça e Portugal para algumas contas individuais em seu nome. Só no Brasil, o património do industrial deverá aproximar-se dos 41 milhões de euros. Ora, após tentativas frustradas, a representante legal do espólio confirmou, através da resposta a uma carta rogatória, enviada da Suíça, que Rosalina transferira quase 6 milhões de euros para Duarte Lima. Na sua opinião, de forma indevida, pois os valores pertencem à herança.

Os pormenores interessaram à polícia, claro, mas nem por isso as viagens de Olímpia ao Rio deixaram de ser escrutinadas. Descobriu-se que ela nomeara Joaquim Sousa Costa, um antigo motorista do pai, seu procurador e empregado no Brasil, e contratara seguranças.

Nas suas últimas deslocações, antes da morte de Rosalina, Olímpia recorreu a três polícias militares e um bombeiro também com formação militar. Os quatro, "a fim de aumentar seus rendimentos", prestam serviços de segurança nas horas vagas a uma das maiores - e mais caras - sociedades de advogados do Brasil, pertença de Sérgio Bermudes. O poderoso e influente advogado é conhecido por pagar viagens a Buenos Aires e emprestar casas e automóveis de luxo a juízes do Supremo Tribunal Federal, entre outros mimos. O seu escritório - que defende, no Brasil, o interesse dos herdeiros de Feteira - aconselhou Olímpia a contratar os seguranças "em função das dúvidas que a cidadã portuguesa apresentou", relacionadas com "notícias vinculadas nos jornais europeus sobre os riscos contra estrangeiros no Rio de Janeiro".

A versão relatada aos investigadores difere, porém, da apresentada por Olímpia, em entrevista à RTP, em novembro último: "Normalmente, não uso guarda-costas. Dado que eu sabia que a Rosalina estava desesperada e a cabeça dela não era de fiar, eu pedi guarda-costas. Só naquela altura", justificou.

Os seguranças foram seguidos, escutados e interrogados. Ligações ao crime? Nenhuma. Descartada a suspeita, Olímpia forneceu documentos à polícia e admitiu ter posto uma empresa de investigação particular no encalço de Rosalina por desconfiar de que a notícia do seu falecimento fosse mais uma manobra para fugir às responsabilidades. Confirmada a morte, confessou-se "prejudicada", pois "praticamente inviabilizou a identificação de outros destinatários para os quais ela efetuou transferência de valores, bem como a localização atual dos valores desviados", lamentou-se, durante o interrogatório.

Na peugada de Arlindo.

Arlindo Guedes, empresário no ramo imobiliário, tinha, anos antes, procurado Olímpia para lhe propor a compra de uma fazenda do espólio Feteira e posterior venda a empresários estrangeiros associados no grupo Madrilisboa. A abordagem, segundo os documentos da polícia, resultou num contrato-promessa de compra e venda no valor de 40 milhões de reais (perto de 17 milhões de euros). A concretização do negócio ficou condicionada à resolução do inventário da herança.

No âmbito desse acordo entre a SEAI, administrada por Olímpia, e a Madridlisboa - cujos projetos imobiliários para a região geraram controvérsia e ações na Justiça movidas por instituições de Maricá - Arlindo, dono da Mineração Santa Joana, conseguiu ainda o direito de explorar a areia e aréola da Fazenda da Pedra Grande, antiga "menina dos olhos" de Lúcio Feteira.

Com o intuito de obter vantagens futuras com os terrenos do espólio, o empresário brasileiro fez a ponte para Rosalina através de um amigo comum, propondo a compra da parte dela na herança. Segundo o relato de Arlindo à polícia, Rosalina terá, de forma verbal, prometido fazer negócio assim que o processo relativo à herança estivesse concluído. Entusiasmado e apostado em acelerar os trâmites da disputa, o empresário ofereceu a Rosalina os serviços de sua filha Michelle. Advogada, ela ajudou-a no processo de inventário e numa audiência como observadora. Arlindo disse desconhecer outros interessados na parte da herança de Rosalina e, após várias diligências policiais, o seu nome foi também desligado de qualquer suspeita.

Consulado-geral... por engano.

Um dos métodos usados pela Divisão de Homicídios foi o do acesso sigiloso a telefonemas de eventuais suspeitos. No caso de Duarte Lima, isso permitiu explorar contradições na versão do advogado, mas nem sempre o método resultou em cheio. Num dos casos, a "vítima", inadvertida, foi o Consulado-geral de Portugal no Rio de Janeiro. "Ao se pedir a quebra do sigilo de dados, constatou-se que o cadastro verificado num primeiro momento não estava atualizado e que, verdadeiramente, o telefone pertence ao Consulado de Portugal". O Ministério dos Negócios Estrangeiros não se quis pronunciar.

O rastreio telefónico de Lima revelou pormenores decisivos. Ao contrário do afirmado pelo advogado, Rosalina não usou qualquer dos seus telemóveis conhecidos para marcar o encontro entre os dois. Mais: durante a estada no Rio, no Hotel Sofitel, em Copacabana, Lima, ele sim, terá ligado várias vezes para a vítima, embora o negasse. Uma das chamadas foi registada junto da residência de Rosalina, oito minutos antes de ela sair do prédio para ir ao encontro do advogado.

A polícia anotou três telemóveis pertencentes a Duarte Lima. Um, do qual foram efetuadas chamadas para a vítima, foi adquirido em Lisboa, na modalidade pré-pago e utilizado apenas no Brasil. "O assinante não pôde ser identificado", mas isso levantou mais suspeitas: "Por que utilizar um celular pré-pago, sem identificação, para contactar Rosalina, o qual, após o crime, foi desligado?", perguntam, respondendo, os investigadores.

A juntar ao número oficial de Duarte Lima, um outro terminal suíço em seu nome também terá sido usado. Alguns telefonemas foram para Wenderson de Oliveira, motorista privativo do advogado em algumas ocasiões, no Brasil, e de quem os investigadores desconfiam ter contado menos do que sabe. Lima aparece também ligado a Marlete, cidadã brasileira natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde o antigo deputado afirmou ter estado antes de viajar para o Rio. Segundo o pai, ela vive há vários anos em Lisboa, onde trabalha para Duarte Lima. A polícia afirma, preto no branco, existir um relacionamento mais íntimo entre ambos, mas não encontrou Marlete.

Pela análise das chamadas, afirmam os investigadores, o advogado mentiu também em relação à hora em que saiu de Belo Horizonte em direção ao Rio, na véspera do desaparecimento de Rosalina.

Duarte Lima: 'amnésia' e segredos.

A relação entre a polícia e Duarte Lima começou torta. E nunca se endireitou. Quarenta dias após o crime, o comissário Nascimento gravou uma conversa telefónica de cerca de uma hora com Duarte Lima para esclarecer dúvidas acerca do seu relato enviado por fax. Confrontado com perguntas sobre o percurso, contatos, encontros e aluguer do carro - de cuja empresa de rent a car e marca alegou não se lembrar - Duarte Lima mostrou-se "nervoso e arrogante", indagando o motivo das perguntas. Foi, de resto, pouco colaborante. A polícia nunca conseguiu arrancar-lhe pormenores sobre a sua estadia no Rio nem obter respostas através de carta rogatória. Mas os "surtos de amnésia", expressão do relatório, logo foram atalhados.

A polícia descobriu o Ford Focus alugado por ele, carro em relação ao qual havia sete multas por excesso de velocidade no percurso até à zona do crime: três na véspera e quatro na noite em que Rosalina terá sido morta. Mais: apesar da falta de memória, Lima entregara o carro sem o tapete do "lugar do morto" à empresa proprietária e até pediu fatura do aluguer para efeitos fiscais. Aos olhos dos investigadores, ele nem sequer conseguiu salvaguardar a versão de que teria levado Rosalina ao Hotel Jangada, em Maricá, e aí permanecido por breves instantes. Para a Divisão de Homicídios, ele esteve na zona o tempo suficiente para matar e mentiu para ocultar o crime. Da estada de Lima em Belo Horizonte sobra ainda um contacto para uma loja de caça e pesca, representante oficial do fabricante de armas de fogo Taurus. Mas a polícia não confirmou qualquer compra por parte do advogado.
Crime, suspeitas e motivações

O perfil traçado pela polícia à margem do crime dá de Duarte Lima, desde logo, uma imagem de suspeição. "Trata-se de um advogado e ex-político português integrante do Partido Social-Democrata - PSD. Foi banido da vida pública após a descoberta de seu envolvimento em uma série de escândalos financeiros."

À afirmação, contundente, juntam-se outros dados: Lima "foi apresentado a Rosalina pelo atualmente falecido Lúcio Thomé Feteira, o qual, através da sua fortuna, dava suporte a movimentos políticos". Se Lima era a porta de entrada dos financiamentos do milionário ao PSD, a polícia não diz, mas é uma das leituras possíveis. Nos anos 90, quando supostamente se conheceram, Duarte Lima foi dirigente nacional do partido, líder parlamentar (entre 1991 e 1994) e presidente da distrital de Lisboa (entre 1998 e 2000). Apesar dos desmentidos de Olímpia à RTP, o relatório confirma também a informação avançada pela VISÃO desde o início: foi Feteira quem apresentou o advogado a Rosalina.

Diante dos indícios e provas circunstanciais contra o advogado, faltava estabelecer a motivação do crime. E essa, assumem os investigadores, foi dada pelo depoimento de Olímpia Feteira, "a qual processava Rosalina por desvio de vultuosas quantias das contas de seu falecido pai". Duarte Lima nem sequer agiu no papel de advogado da vítima. "Teria sido", isso sim, "o orientador de Rosalina na manobra", ficando na posse "de grande parte das quantias", dados os "seus conhecimentos bancários".

O testemunho de Armando Carvalho, afilhado de Rosalina, revelou-se decisivo para sustentar a culpabilidade de Lima. É sua a versão, bebida junto das amigas da vítima, de que o advogado exigiu a Rosalina um documento "no qual ela teria que dizer que ele, Duarte Lima, nada lhe devia e nem era depositário de qualquer quantia". As amigas comentaram que a madrinha de Armando se negava "perentoriamente" a assinar tal papel. Diante da insistência de Lima, "ficava bastante nervosa, a ponto de não conseguir falar direito".

Rosalina regressaria do Rio - onde estava com autorização judicial - a 12 de dezembro, cinco dias após a data do seu desaparecimento. Na volta, deveria "prestar esclarecimentos" sobre "as milionárias transferências efetuadas para diversas contas", entre elas as pertencentes ao ex-dirigente do PSD, no âmbito de um inquérito em curso no DIAP. "Caso tivesse ocorrido tal depoimento, Domingos Duarte Lima teria sérios problemas". Naqueles últimos meses de 2009, foi, pois, segundo a polícia, "arquitetada uma manobra" para manter Rosalina no Brasil, estratégia pela qual seriam responsáveis Lima e o colega Valentim Rodrigues.

A consulta, no DIAP, do processo movido por Olímpia contra Rosalina por abuso de confiança - aberto em 2001 e extinto em finais de 2009 com a morte da visada - sugere que a antiga secretária de Lúcio iria, de facto, ser novamente ouvida, após um primeiro arquivamento por insuficiência de provas. Em março de 2009, sete meses antes do crime, a procuradora Ana Paula Vitorino determinara um novo interrogatório a Rosalina, mas também um outro a Olímpia, para que esclarecesse todos os processos judiciais instaurados contra a arguida. Solicitara também um exame do Laboratório de Polícia Científica às assinaturas de Lúcio Feteira, pois pendia sobre Rosalina a suspeita de falsificação de documentos.


Porém, nada disto foi feito em tempo útil.

Carece de prova a tese da Divisão Homicídios da Polícia Civil do Rio, segundo a qual Rosalina iria entalar Duarte Lima, caso voltasse à PJ. Uma suspeita desmentida pelos oito anos que durou o inquérito, durante os quais Rosalina nunca o fez, nem anotou sequer tal intenção nos seus apontamentos.

Com Rosalina morta, Olímpia Feteira virou-se para Duarte Lima. Enquanto cabeça de casal e à boleia dos novos desenvolvimentos, fez, no ano passado, uma queixa-crime contra Lima, agora suspeito de desvio de verbas da herança. O processo "corre termos em segredo de justiça" no DCIAP (um "CÓI" da MAÇONARIA PORTUGUESA, que não vai querer deixar o "irmão" cair em desgraça!!!).

A 11 de outubro último, após 22 meses de investigação e 23 inquiridos no processo brasileiro, Duarte Lima foi apontado provável homicida de Rosalina "em virtude de interesses financeiros". Uma raridade: no Rio, "no cenário mais otimista, em cada mil assassínios, a polícia descobre o criminoso em apenas 150 casos", assinala a revista Piauí, na edição deste mês, na qual dedica cinco páginas ao caso.

Se, como sugere a publicação, há algo de Dostoievski no crime de Saquarema, muitas páginas serão ainda precisas para juntar crime e castigo.