O SOL calculou as taxas de desemprego concelhias, com base em projecções da população activa local e nos desempregados inscritos nos centros de emprego. Há 35 concelhos com mais de 15% de desemprego.
Nunca como hoje o desemprego esteve tão alto em Portugal. A taxa oficial, calculada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), atingiu 10,1% no último trimestre de 2009, o valor mais alto de que há registo nas séries do organismo.
Mas o impacto em cada região não está a ser uniforme.
Segundo cálculos do SOL, há 35 concelhos em que a taxa de desemprego é superior a 15%.
E há quatro casos no Norte – Mesão Frio, Baião, Espinho e Castelo de Paiva – em que o número de desempregados é superior a 20% da população activa.
José Costa, director da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, especializado em Economia Regional, frisa que os dois concelhos estão numa região «tradicionalmente problemática».
A baixa qualificação da mão-de-obra e o relativo afastamento de grandes pólos industriais tornam a «estrutura económica muito débil», assente sobretudo na actividade agrícola e na construção civil.
Com a crise da construção em Espanha – para onde muitos trabalhadores haviam emigrado –, é natural que a taxa de desemprego esteja a um nível elevado, conclui.
Quanto a Espinho, o académico manifesta-se «algo surpreso», admitindo que a elevada taxa de desemprego naquela cidade possa dever-se à quebra de actividade económica nos concelhos limítrofes.
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