O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defende que os sacrifícios que vão ser pedidos aos portugueses terão de ser repartidos por todos, incluindo a banca e os políticos, e que o Estado deve dar o exemplo.
“Não pode ficar de fora o Estado central, as regiões autónomas, as câmaras municipais, as empresas públicas e todas as actividades – da banca a qualquer empresa”, disse o líder do maior partido da oposição, à saída de uma reunião da bancada parlamentar do PSD.
Relembrando que Espanha já encontrou um caminho para cortar o défice, Passos Coelho afirmou que “Portugal tem de andar depressa”: "Espero que os portugueses tenham uma noção clara do sentido de emergência da situação. O caso espanhol, que apresentou hoje um conjunto de medidas, dá uma noção aos portugueses".
O líder do partido apresentou aos conselheiros nacionais do PSD um conjunto de iniciativas, entre as quais a proposta de cortar 2,9% dos salários dos políticos e gestores, o aumento fixado o ano passado, referindo que se forem pedidos sacrifícios aos portugueses “a classe política deve dar o exemplo”.
Passos Coelho garantiu que “até ao final da semana o país estará em condições de transmitir aos mercados e aos portugueses as medidas a adoptar”.
O líder do PSD admitiu que tem estado em contacto com o primeiro-ministro, José Sócrates, por telefone nos últimos dias “justamente para ver se conseguimos preparar um quadro de medidas que o Governo nos possa apresentar e que possam merecer o nosso acolhimento".
Questionado sobre um possível aumento nos impostos e outras medidas de austeridade, Passos Coelho afirmou que não compete ao PSD “nesta altura adiantar medidas em concreto”: "Não seria possível, em primeiro lugar, porque o Governo ainda não transmitiu um quadro definido, estabilizado e quantificado dessas medidas e, em segundo lugar, porque não me competiria estar unilateralmente a fazê-lo, seria uma deselegância para com o Governo", argumentou.
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