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terça-feira, 27 de abril de 2010

MANIFESTO PELA OPOSIÇÃO NACIONAL.

A «dinâmica» política nacional é apenas aparente.

Na realidade há muito que estagnou sob o domínio permanente dos cinco partidos que têm exercido o monopólio da Representação Política Nacional, o «arco constitucional» que garante a permanência ou a alternância de Governos.

Mais crise menos crise têm-se sucedido sempre dentro do «arco», homens e políticas.

Porém, as «grandes decisões» e as «alternativas», têm resultado sempre de maiorias obtidas por via de campanhas eleitorais convergentes na demagogia e num optimismo absolutamente irrealista face às mais fundamentadas análises dos recursos nacionais.

Que sempre indicaram uma grande disparidade entre as possibilidades materiais e as exigências impostas pelas promessas com que foi, em boa verdade, comprada a adesão dos portugueses.

Não adianta dizer basta!

Temos que encontar alternativas num Portugal à beira da ruptura.

E modos convenientes de enfrentar e de despedir os responsáveis.

Vamos ter que mudar a sério, mudar quase tudo.

Formulado para os portugueses independentes´que amam Portugal e não vendem a dignidade, este é um testemunho de quem antecipa as opções radicais, nacionais e sociais que devem ser levantadas– porque é melhor encarar a realidade de frente e sublimá-la, antes que ela se imponha de uma forma descontrolada, violenta e muito menos produtiva.

Em Portugal, Hoje o Estado está contra a Nação.

Tornou-se canceroso e temos de lhe retirar o vírus que é esta (des)classe política voraz, incompetente e medíocre que dele fez um ‘condomínio’ permanente de cinco partidos.

Tudo o que pode ser dito, pode ser dito claramente.

E com verdade.

Não há outro outro caminho: a Nação tem que libertar o Estado.

Se um poder só pode ser derrubado por outro poder e não por um «princípio ideológico», a activa dissidência nacional tem que ser um poder movido pelo Sangue e pelo Espírito - pela Vida, a única verdadeira força alternativa ao poder do dinheiro e da morte anunciada.

Uma vez identificado o Inimigo, a organização e mobilização da vida singular e social para uma Oposição política decidida ao ‘Estado a que isto chegou’ tem que ser realizada com inteligência e respeito pelas autonomias e singularidades portuguesas, pois delas viverá.

É uma Oposição que pode e deve ser reforçada ou estimulada por partidos patrióticos ou nacionalistas emergentes, mas são esses partidos que tem de ir ao seu encontro, porque ninguém nasce nem vive nos partidos. Para ser vitoriosa não será «partidária» nem «classista», porque nunca caberá num partido e é transversal às classes.

Profundamente ligada ao país real e às suas comunidades naturais – famílias, Municípios e Associações locais ou profissionais - afirma-se nas suas causas directas sem obediências centrais que não sejam as da solidariedade portuguesa.

É orgânica, não é «eleitoral», é específica, não é recenseada, é qualidade e não quantidade.

Muito mais que «democrática», é um ser.

No seu conjunto, é uma expressão plural da Nação, uma oposição portuguesa à Situação anti-nacional dominante.

Pela sua origem, natureza e finalidades últimas é a Oposição Nacional.

Os portugueses começam a despertar.

Portugal não pode continuar refém dos «cinco partidos».

Politicamente, nasce uma palavra de ordem firme e justa para todo o país: levantar a Oposição Nacional a este sistema, organizada, orientada ou apoiada por activistas independentes, patriotas ou nacionalistas, politicamente conscientes, na primeira linha das iniciativas.

Além de um programa político nacional, pela Justiça e pela Cultura, pelo Desenvolvimento equilibrado e por um Estado Social eficaz, há entretanto que renovar as comunidades, afirmar as identidades e solidariedades locais, defender a qualidade de vida das populações, resistir aos ‘grandes projectos’ desnecessários, ruinosos e desfiguradores – autênticos «elefantes brancos» para alimentação exclusiva da (des)classe política.

E defender os serviços, neutralizar as ameaças ecológicas, preparar candidaturas autárquicas nacionais e independentes, realizar a autodefesa política e social contra a pilhagem de Portugal pelos abutres que ocupam S. Bento.

Há que avançar e mobilizar a Nação. Não é apenas de um ‘combate de ideias’ – O lançamento de iniciativas de legítima autodefesa política e social, no quadro da legalidade, pelos grupos de portugueses independentes que queiram enfrentar politicamente esta situação, organizados fora dos partidos e devidamente apoiados, permitirá pressionar deputados, autarcas e funcionários a cumprirem os seus deveres, neutralizar localmente tentativas de extorsão fiscal do sistema contra os pequenos empresários, assalariados ou independentes, obstar às reduções nos serviços e todo o tipo de imposições arbitrárias que já se desenham no horizonte.

É um combate político fundamental e concreto realizado na vida real, razão de ser da fidelidade a Portugal expressa num testemunho diário e numa relação próxima com os portugueses.

«Tanto a fazer por tão poucos»...Dizem-me. É verdade – e foi sempre assim.

Porém, sabemos que no início não é a quantidade que conta.

O ponto de onde brotam as águas que depois hão-de ser um rio vigoroso e temível, é sempre uma nascente' humilde e simples.

A Qualidade humana, essa sim é que importa - e ela é o sentido de Verdade e da Legitimidade das coisas e da Seriedade da vida pessoal e pública, a Coragem aliada à Inteligência sob um Espírito de Combate e um Carácter íntegro e forte, absolutamente indomável e inacessível ao desalento.

A Qualidade é não errar, e é ela que gera a Quantidade e a verdadeira força!

Finalmente, onde existir o domínio da inteligência vive sempre, em conjunto, um grande sentido de humor.

Os dois vão fazer a diferença- e são indispensáveis para enfrentar e vencer os inimigos de Portugal.

Pela Vitória!

Por Portugal – e mais nada.

Vítor Luís (Jornal O DIABO).

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