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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estado do Sítio: Offshore socialista!


Estado do Sítio

Offshore Socialista

A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis.

Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino ex-TGV e ex-aeroportos da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três operadores para obterem as licenças dos Telemóveis de terceira geração.

É privada, tem um conselho geral com três membros nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino (e era este gajo comuna), devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade para ser ministro.

Chegados aqui vamos à massa.

Os três operadores meteram até agora na querida fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais licenças.

O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore socialista 61 milhões de euros.

E pronto.

De uma penada temos uma entidade privada, que até agora sacou 461milhões de euros, gerida por três fiéis do ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho.

É evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor presidente do Conselho.

Chegados aqui tudo é possível.

Chegados aqui é legítimo considerar que as Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.

Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida fundação, para além de ter comprado a uma empresa uma batelada de computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado generosamente lhe colocou nos cofres.

Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das autoridades, particularmente do senhor procurador-geral da República, justiceiro que tem toda a gente sob suspeita.

Chegados aqui é legítimo pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática.

António Ribeiro Ferreira, Jornalista

1 comentário:

  1. Caros amigos

    O final de ano justificava uma sintese de alguns factos relevantes e uma proposta.
    Foi isso que fizemos no nosso Blogue e que aqui anexamos.

    O ANO DO GRANDE VIGARISTA
    Ao chegarmos ao final deste ano é imperioso colocarem-se algumas questões:
    Estamos ou não a ser enganados por políticos incompetentes e corruptos ?
    Somos ou não um povo de gente inculta e de mentalidade retrógrada ?
    É ou não o nosso País o mais atrasado da U.E.?
    Estamos ou não com o mais baixo nível de crescimento económico na década que passou ?
    A taxa de desemprego real está ou não próxima dos 15% ?
    Prevê-se ou não capacidade de implementação de novas politicas de desenvolvimento ?
    O País vai ou não continuar a atrasar-se em relação aos restantes membros da U.E. ?
    Consideramos ou não que estamos a ser enganados através de compromissos não cumpridos ?
    As perguntas poderiam continuar neste ritmo se não tivéssemos de parar de vez em quando para pensar em coisas que nos são apresentadas e em que de imediato dizemos. Como é que isto é possível ?
    É o caso noticiado hoje. As policias estão sem viaturas para poderem cumprir a sua missão. Por vezes têm que utilizar as viaturas particulares para responderem a solicitações que lhes são feitas.
    Neste mesmo País os detentores de cargos políticos dispõem de viaturas topo de gama.
    Estendem mesmo essa generosidade aos Juízes do Tribunal Constitucional. Que eles nomeiam e de quem esperam como é evidente a devida compreensão. Mais uma frota de BMWs não é certamente ofensivo para um País próspero e desenvolvido como o nosso.
    Assim e aos poucos fomos permitindo que se criasse uma estrutura social em que a maioria das pessoas foram relegadas para a mera situação de contribuintes passivos dum Estado Imoral e Vergonhosamente apresentado com o rótulo de Estado de Direito Democrático.
    Esta construção tem vários responsáveis, alguns já bem identificados e outros ainda envoltos por um manto de algum secretismo. A verdade é que a maior parte dos políticos conhecidos poderiam ser apresentados com o rosto marcado pelas situações escandalosas em que têm estado envolvidos. Alguns já o vêm ostentando de forma perfeitamente consciente e totalmente seguros de que nada poderemos fazer para os por em causa, para lá das pequenas vergonhas por que vão passando quando a comunicação social trás a conhecimento publico as "habilidades" em que vão estando envolvidos.
    A consciência de que a corrupção estava generalizada, permitiu a alguns dos novos detentores do Poder enquadrar a vigarice dentro daquilo a que chamam os segredos de Estado. O Sistema de Encobrimento de Políticos Corruptos estava assim montado. E funciona perfeitamente tal como foi comprovado no ano que termina agora.
    Há quem lhe chame o ano do Grande Vigarista, talvez inspirado na canção emblemática "the great pretender". Por muito que puxem pela cabeça não será fácil descortinarem o nome deste grande obreiro do descalabro a que chegou o País.
    Temos intenção de voltar a este assunto e caso a vida nos possa correr melhor no próximo ano, poderemos desta vez sermos nós a oferecer um BMW.
    Será um concurso simples em que se farão apenas duas perguntas.
    Como é evidente a primeira será sobre quem foi o grande vigarista da primeira década do ano 2.000 e será de fácil resposta.
    A nossa intenção será dificultar ao máximo a segunda. Talvez possamos pedir que nos indiquem 10 nomes de gente impoluta que possa ter estado nesse período ligada á gestão política do País.
    Se sentirmos que não é fácil chegar-se a esse numero poderemos considerar uma redução do mesmo.
    Mesmo assim, o mais certo é o prémio não ser atribuído. Estamos conscientes da dificuldade na resposta.

    Esperamos a breve prazo enviar as regras de participação.

    Um ano melhor para todos, se possível.

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