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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Gémeos do Mal.




Gémeos do Mal

Em apenas dez anos, José Sócrates e Passos Coelho destruíram as finanças públicas e desbarataram o património do estado.



Em apenas dez anos, Sócrates e Passos destruíram as finanças públicas e desbarataram o património do estado.

Podem ter nascido em partidos diferentes, mas são gémeos na maldade e no dano que provocaram ao país.

Em primeiro lugar, temos José Sócrates a levar o estado à bancarrota, com os negócios ruinosos que celebrou.

Foi no seu consulado que se contratou a maioria das parcerias público-privadas.

Neste modelo de negócio, o estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos.



Vimos assim construtoras como a Mota-Engil a acumular ganhos obscenos e a ascensão meteórica do Grupo Lena.



Foi ainda da sua responsabilidade a nacionalização do BPN do grupo SLN (Sociedade Lusa de Negócios), com o estado a assumir prejuízos de cerca de sete mil milhões, enquanto os acionistas da SLN mantiveram intacto até hoje o seu património milionário.

Com as finanças públicas de rastos, chegou Passos que usou a bancarrota como pretexto para dividir os despojos pelos abutres.



Passos privatizou tudo que restava, desde a EDP, num processo manchado pela promiscuidade entre decisores públicos que vendem e os adquirentes privados – aos CTT, pondo assim fim à única rede territorial de contacto do estado com os cidadãos.



Com a venda ao desbarato da REN aos chineses, o estado perdeu o controlo sobre a rede elétrica, um recurso estratégico vital.

O governo chegou ao ponto de entregar os aeroportos ao grupo Vinci, que controla também a Lusoponte e, desta forma, os principais acessos a Lisboa.



Em fim de mandato, privatiza a TAP, com o argumento de que é deficitária.

Mais uma mentira, mais uma pechincha.

Entre 2005 e 2015, as PPP de Sócrates e as privatizações de Passos lesaram talvez irremediavelmente o estado português.

Esta dupla de malfeitores provocou prejuízos que, se não arrepiarmos caminho, iremos pagar por toda uma geração.

O que se impõe pois é a criação urgente de uma unidade de missão que reavalie todos os grandes negócios do estado realizados nos últimos dez anos.

E, em cada caso, proponha a solução que mais interessa ao povo.
 
Paulo Teixeira de Morais, Correio da Manhã, 20 de Junho de 2015

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