O Bar do Alcides é o ponto de encontro de todos aqueles que estão insatisfeitos com o atual "ESTADO DA NAÇÃO PORTUGUESA" e que querem desabafar enquanto bebem um copo. O Bar do Alcides é editado por portugueses não-maçons que estão exilados no Rio de Janeiro e São Paulo no Brasil. Aqui a MAÇONARIA não é de todo benvinda!
Bem-Vindos a "O Bar do Alcides"!
* O Bar do Alcides não faz favores a ninguém!
* É apolítico e imparcial!
* Todos os portugueses são vítimas da MAÇONARIA, que continua destruindo a nossa Nação!
* É apolítico e imparcial!
* Todos os portugueses são vítimas da MAÇONARIA, que continua destruindo a nossa Nação!
sábado, 28 de abril de 2012
Revistas e Blogs no Brasil.
Vejam algumas das referências a O Bar do Alcides aqui no Brasil.
http://vejabrasil.org/?p=2875
http://revistavejabrasil.com/?p=1249
quinta-feira, 26 de abril de 2012
SIC, uma televisão ao serviço da MAÇONARIA!
Realmente não dá para duvidar...
Ontem na programação da SIC, dois programas com MAÇONS!
O arquiteto de "ELITE" da Maçonaria, o Troufa Real.
E no outro, dois MAÇONS de diferentes Lojas...
O João Soares da máfia maçônica do PS, o GOL e o Luís Montenegro da GLLP, a máfia maçônica do PPD-PSD.
Depois do dia 25 de Abril de 1974, esta "CAMORRA" apoderou-se dos desígnios da Nação e vive à custa dela, ou seja, à custa do ERÁRIO PÚBLICO...o dinheiro dos contribuintes!
Defendemos a tese de que desde há vários anos, NÃO existe nem "esquerda" nem "direita" em Portugal.
Existem os que vivem à custa do Erário Público (A MAÇONARIA) e os "outros", que somos todos nós, aqueles que pagam os seus impostos.
Temos a Nação no estado em que está, na BANCAROTA, porque esses crápulas ROUBARAM E CONTINUAM A ROUBAR A NAÇÃO PORTUGUESA!!!
A SIC é, sem dúvida alguma, uma estação de televisão ao serviço da Máfia Maçônica!
Com este post, queremos alertar os Portugueses que a SIC do Francisco Pinto Balsemão é uma cadeia de televisão ao SERVIÇO DA MAÇONARIA PORTUGUESA!
VEJAM AQUI A VISÃO QUE ELES TÊM DE PORTUGAL:
Continuam a pensar que a Nação Portuguesa é uma "COUTADA" deles...
Blogs Amigos!
AQUI ESTÁ UMA LISTA DE BLOGS AMIGOS D' O BAR DO ALCIDES.
http://extrafisico.blogspot.com/
http://ex-dgemn.blogspot.com/
http://im-parcial.blogspot.com/
http://insustentavelbelezadosseres.blogspot.com/
http://elucubrativo.blogspot.com/
http://ramirolopesandrade.blogspot.com/
quarta-feira, 25 de abril de 2012
O Bar do Alcides é considerado uma "espinha na garganta" da Maçonaria Portuguesa!
É verdade!
Fomos considerados uma "ESPINHA NA GARGANTA DA MAÇONARIA PORTUGUESA"!
Portugal tem de se ver LIVRE desta gente que está RICA À CUSTA DO ERÁRIO PÚBLICO PORTUGUÊS!
Corrupção, tráfico de influências, de armas e de drogas é com a MAÇONARIA!
Eles DOMINAM TUDO em Portugal.
Governo, empresas públicas, empresas privadas, empresas público-privadas, banca, seguros, "utilities", etc., etc.
Eles DOMINAM A JUSTIÇA!
Não há um único "irmão" que não seja protegido por eles.
Enquanto Portugal NÃO EXPULSAR esta gente, nunca mais se reencontrará como Nação Independente!!!
A TRAIÇÃO A PORTUGAL (5ª E ÚLTIMA PARTE).
TODO O
PLANO PARA O ASSASSÍNIO DO DR. FRANCISCO SÁ CARNEIRO E DO ENGº. ADELINO AMARO DA COSTA
(5ª E ÚLTIMA PARTE)
Entre as
empresas Portuguesas que realizavam as vendas de armas atrás referidas, entre
os anos 1974 e 1980, estavam referidas neste Dossier:
- Fundição de Oeiras (morteiros, obuses e
granadas)
- Cometna (engenhos explosivos e bombas)
- OGMA (Oficinas Gerais Militares de
Fardamento e OGFE (Oficinas de Fardamento do Exercito)
- Browning Viana S.A.
- A. Paukner Lda, que existe desde 1966
- Explosivos da trafaria
- SPEL (Explosivos)
- INDEP (armamento ligeiro e monições)
- Montagrex Lda, que actuava desde 1977,
com Canto e Castro e António José Avelar.
Só foi
contudo oficialmente constituida em 1984, deixando, nessa altura, Canto e
Castro de fora, para não o comprometer com a operação de Camarate.
A
Montagrex Lda operava no Campo Pequeno, e era liderada por António Avelar que
era o braço direito de Canto e Castro e também sócio dessa empresa.
O
escritório dessa empresa no Campo Pequeno é um autentico “bunker", com
portas blindadas, sensores, alarmes, códigos nas portas, etc.
Canto e
Castro e António Avelar são também sócios da empresa inglesa BAE - Systems, sediada
no Reino Unido.
Esta empresa vende sistemas de defesa, artilharia, mísseis, munições,
armas submarinas, minas e sobretudo sistemas de defesa anti-mísseis para
barcos.
Todos
estes negócios eram feitos, na sua maior parte, por ajuste directo, através de
brokers - intermediarios, que recebiam as suas comissões, pagas por oficiais do
Exército, Marinha, Aeronáutica, etc.
Nestes
documentos era referido que, como consequência desta vendas de armas, gerava-se
um fluxo considerável de dinheiro, a partir destas exportações, legais e
ilegais.
Estes
documentos referiam também a quem eram vendidas estas armas, sobretudo a países
em guerra, ou ligados ao terrorismo internacional.
Era
também referido que todas estas vendas de armas eram feitas com a conivência da
autoridade da época, nomeadamente
militares como o General Costa Gomes, o General Rosa Coutinho (venda de
armas a Angola) e o próprio Major Otelo Saraiva de Carvalho (venda de armas a
Moçambique).
Vi
várias vezes o nome de Rosa Coutinho nestes documentos, que nas vendas de armas
para Angola utilizava como intermediário o general reformado angolano, José Pedro
Castro, bastante ligado ao MPLA, que hoje dispõe de uma fortuna avaliada em
mais de 500 milhões de USD, e que dividia o seu tempo entre Angola, Portugal e
Paris.
O seu filho, Bruno Castro é
director adjunto do Banco BIC em Angola.
No
referido dossier estavam também referidos outros militares envolvidos neste
negócio de armas, nomeadamente o Capitão Dinis de Almeida, o Coronel Corvacho,
o Varela Gomes e Carlos Fabião.
Todas
estas pessoas obtinham lucros fabulosos com estes negócios, muitas vezes mesmo
antes do 25 de Abril de 1974 e até 1980.
Era
referido que estas pessoas, nomeadamente militares, que ajudavam nesta venda de
armas, beneficiavam através de comissões que recebiam.
Estavam
referidos neste Dossier os nomes de "off-shores", que eram usadas
para pagar comissões às pessoas atrás referidas e a outros estrangeiros, por
Oliver North ou por outros enviados da CIA.
Estas
"off-shores" detinham contas bancárias, sempre numeradas.
Esta
referência batia certo com o que Oliver North sempre me contou, de que o
negócio das armas se proporciona através de "off-shores" e bancos
controlados para a lavagem de dinheiro.
Vale a
pena a este respeito referir que no negócio das armas, empresas do sector das
obras públicas aparecem frequentemente associadas, como a Haliburton, a
Carlyle, ou a Blackwater (empresa de armas, construção e mercenários), entre
outras.
Esta
relação está referida, há anos, em vários relatórios, nomeadamente nos
relatórios do Bribe Payer Index (indice internacional dos pagadores de
subornos), que é uma agencia americana.
A
indicação deste tipo de práticas foi desenvolvida mais tarde, pela Transparency
International e pelo Comité Norte Americanos de Coordenação e Promoção do
Comercio do Senado Americano, que referem que há muitos anos, mais de 50% do
negócio e comercio de armas em Portugal, é feito através de subornos.
Os
americanos sempre usaram Portugal para o tráfico de armas, fazendo também
funcionar a Base das Lajes, nos Açores, para este efeito, nomeadamente depois
de 1973, aquando da guerra do Yom Kippur, entre Israel e os países árabes.
Este
tráfico de armas deu origem a várias contrapartidas financeiras, nomeadamente
através da FLAD, que foi usada pela CIA para este efeito.
A FLAD
recebeu diversos fundos específicos para a requalificação de recursos humanos.
Não ví
contudo neste Dossier observações referindo que estas vendas de armas
eram condenáveis ou que tinham efeitos negativos.
Havia contudo uma pequena
nota, em que algumas folhas de que se devia tomar cuidade com tudo o que aí
estava escrito, e que portanto se devia actuar.
Havia
também na primeira página um carimbo que dizia "confidentical and
restricted".
Estas
vendas de armas continuaram contudo depois de 1980.
Tanto
quanto eu sei, estas vendas de armas continuaram a ser realizadas até 2004, embora
com um abrandamento importante a partir de 1984, a partir do escandalo das
fardas vendidas à Polónia.
No
referido Dossier estavam também referidas personalidades americanas envolvidas
no negócio de armas, nomeadamente Bush (Pai), Dick Cheney, Frank Carlucci,
Donald Gregg, vários militares, bem como a empresas como a Blackwater.
São
ainda referidas empresas ligadas aos EUA, como a Carlyle, Haliburton, Black
Eagle Enterprise, etc, que estavam a usar Portugal para os seus fins, tanto
pela passagem de armas através de portos portugueses, como pelo fornecimento de
armas a partir de empresas portuguesas.
Tirei
apontamentos desses documentos, que ainda hoje tenho em meu poder.
A
empresa atrás referida, denominada "Supermarket", foi criada em Portugal em 1978,
e operava através da Empresa-Mãe, de nome "Black-Eagle", dirigida por William
Casey, membro do CFR (Counceil for Foreign Affairs and Relations),
ex-embaixador dos EUA nas Honduras e também com ligações à CIA.
A
empresa "Supermarket" organizava a compra de armas de fabrico soviético, através
de Portugal, bem como a compra de armas e munições portuguesas, referidas
anteriormente, com toda a cumplicidade de Oliver North.
Estas
armas iam para entrepostos nas Honduras, antes de serem enviadas para os seus
destinos finais.
Oliver
North pagou muitas facturas destas compras em Portugal, através de uma empresa
chamada Gretsh World, que servia de fachada à "Supermarket".
Mais
tarde, cerca de 1985, quando se começou a falar muito de Camarate, Oliver North
cancelou a operação "Supermarket" e fechou todas as contas bancárias.
Devo
ainda referir que William Hasselberg e outros americanos da embaixada dos EUA,
em Lisboa, comentaram comigo, várias vezes o que estava escrito neste Dossier.
Relativamente
a Hasselberg isso era lógico, pois foi ele que me deu o Dossier a ler.
Posteriormente
comentei também o que estava escrito neste Dossier com Frank Carlucci, que
obviamente já tinha conhecimento da informação nele contida.
Tanto
William Hasselberg, como membro da CIA, como outros elementos da CIA atrás
referidos e outros, comentaram várias vezes comigo o envolvimento da CIA na
operação de Camarate e neste negócio de armas.
Lembro-me
nomeadamente que quando alguém da CIA, me apresentava a outro elemento da Cia,
dizia frequentemente "this is the portuguese guy, the one from Camarate,
the case in Portugal with the plane!".
As
vendas de armas, a partir e através de portugal, foram realizadas ao longo
desses anos, pois era do interesse politico dos EUA.
A CIA
organizou e implementou estas vendas de armas em Portugal, à semelhança do que
sucedeu noutros países, pois era crucial para os EUA que certas armas chegassem
aos países referidos, de forma não oficial, tendo para isso utilizados
militares e empresários Portugueses, que acabaram também por beneficiar dessas vendas.
Como
anteriormente referi, William Casei e Oliver North estavam, nas décadas de 70 e 80 conluiados com o presidente Manuel
Noriega, no escandalo Irão - contras (Irangate).
Foi
sempre Oliver North que se ocupou da questão dos reféns americanos no Irão, bem
como da situação da America Central.
Recebeu
pessoalmente por isso uma carta de agradecimentos de George Bush Pai, Vice
Presidente à época de Ronald Reagan.
Devo
dizer a este respeiro que John Bush, filho de Bush Pai, então com 35 anos, a viver
na Flórida, pertencia em 1979 e 1980 ao “Condado de Dade", que era e é uma
organização republicana, situada em South Florida, destinada a angariar fundos
para as campanhas eleitorais republicanas.
John
Bush era um dos organizadores de apoios financeiros para os "contra"
da Nicarágua.
Conheci
também Monzer Al Kasser um grande traficante de armas que tinha uma casa em Puerto
Banus em Marbella, e que me foi apresentado, em Paris, por Oliver North, em
1979.
Era um
dos grandes vendedores de armas para os “Contra” na Nicarágua, trabalhando simultaneamente
para os serviços secretos sírios, búlgaros e polacos.
Na sua
casa em Marbella, referiu-me também que, por vezes, o tráfico de armas era
feito através de África, para que no Iraque não se apercebessem da sua
proveniência, pois também vendiam ao mesmo tempo ao Irão e mesmo a Portugal.
Este
tráfico de armas, que estava em curso, desde há vários anos, em 1980, e no
começo do caso Camarate.
Através
de Al Kasser conheci, em Marbella, no final de 1981, outro famoso traficante de
armas, numa festa em casa de Monzer, que se chamava Adrian Kashogi.
Kashogi,
como pude testemunhar em sua casa, tinha relações com políticos e empresários
europeus, árabes e africanos, por regra ligados ao tráfico de armas e drogas.
Sou
preso em 1986, acusado de tráfico de drogas.
Esta
prisão foi uma armadilha montada pela DEA, por elementos que nessa organização
não gostavam de mim, por eu ter levado à detenção de alguns deles, como referi
anteriormente.
Fui
então levado para a prisão de Sintra.
Estou na
prisão com o Victor Pereira, que aí também estava preso.
Sei, em
1986, que estavam a preparar para me eliminar na prisão, pelo que peço à minha
mulher Elza, para ir falar, logo que possível com Frank Carlucci.
Em
consequência disso recebo na prisão a visita de um agente da CIA, chamado
Carlston, juntamente com outro americano.
Estes, depois de terem corrompido a
direcção da prisão, incluindo o director, sub-director e chefe da guarda, bem
como um elemento que se reformou muito recentemente, da Direcção Geral dos
serviços Prisionais, chamada Maria José de Matos, conseguem a minha fuga da
prisão.
Contribui
ainda para esta minha fuga, mediante o recebimento de uma verba elevada, paga
pelos referidos agentes americanos esta directora-adjunta da Direcção Geral dos Serviços Prisionais.
Estes
agentes americanos obtêm depois um
helicóptero, que me transporta para a Lousã, onde fico cerca de 20 dias.
Vou
depois para Madrid, com a ajuda dos americanos, e depois daí para o Brasil.
As
despesas com a minha fuga da prisão custaram € 25.000 Euros, o que na época era
uma quantia elevada.
Só mais
tarde no Brasil, depois de 1986, é que referi a José Esteves que sabia que Sá
Carneiro ia no avião, contando-lhe a história toda.
José
esteves, responde então, que nesse caso, tínhamos corrido um grande risco.
Eu
tranquilizei-o, referindo que sempre o apoiei e protegi neste atentado.
Dei-lhe
apoio no Brasil no que pude.
Assegurei-lhe
também o transporte para o Brasil, obtendo-lhe um passaporte no Governo Civil
de Lisboa, entreguei-lhe 750 contos que me foram dados para esse efeito pela
embaixada dos EUA, em Lisboa, e
arranjei-lhe o bilhete de avião de Madrid para o Rio de Janeiro .
Na
viagem de Lisboa para Madrid, José Esteves foi levado por Victor Moura, um
amigo comum.
No Rio
de Janeiro ajudei-o a montar uma loja, numa roulote.
Como
trabalhava ainda para a embaixada dos
EUA, em Lisboa, estas despesas foram suportadas pela Embaixada.
Ficou no
Brasil cerca de dois anos.
Eu,
contudo andava constantemente em viagem.
José
Esteves recebe depois um telefonema de Francisco Pessoa de Portugal, onde
Francisco Pessoa o aconselha a voltar a Portugal, e a pedir protecção, a troco
de ir depor na Comissão de Inquerito Parlamentar sobre Camarate.
Esse
telefonema foi gravado, mas José Esteves nunca chegou a obter uma protecção
formal.
Telefono
a Frank Carlucci, em 1987, pedindo-lhe para falar com ele pessoalmente.
Ele aceita,
pelo que viajo do Brasil, via Miami, para Washington.
Pergunto-lhe
então, em face do que se tinha falado de Camarate, qual seria a minha situação,
se corria perigo por causa de Camarate, e se continuarei, ou não a trabalhar
para a CIA.
Frank Carlucci responde-me que sim, que continuarei a trabalhar
para a CIA, tendo efectivamente continuado a ser pago pela CIA até 1989.
Frank
Carlucci confirma nessa reunião que puderam contar com a colaboração de
Penaguião na operação de Camarate, e que ele, Frank Carlucci, esteve a par
dessa participação.
Em 1994,
foi-me novamente montada uma armadilha em Portugal, por agentes da DEA que não
gostavam de mim, por causa da referida prisão de agentes seus, denunciados por
mim.
Nesta
armadilha participam também três agentes da DCITE - Portuguesa, os hoje Inspectores Tomé, Sintra e Teófilo Santiago.
Depois
desta detenção, recebo a visita na prisão de Caxias de dois procuradores do
Ministério Público, um deles, se não estou em erro, chamado Femando Ventura,
enviados por Cunha Rodrigues, então Procurador Geral da República.
Estes
procuradores referem-me que me podem ajudar no processo de droga de que sou
acusado, desde que eu me mantenha calado sobre o caso Camarate.
Por ser
verdade. e por entender que chegou o momento de contar todo o meu envolvimento na
operação de Camarate, em 4 de Dezembro de 1980, decidi realizar a presente
Declaração, por livre vontade.
Não
podendo já alterar a minha participação nesta operação, que na altura estava
longe de poder imaginar as trágicas consequências que teria para os familiares
das vítimas e para o País, pude agora, ao menos, contar toda a verdade, para
que fique
para a História, e para que nomeadamente os portugueses possam dela ter pleno conhecimento.
Não
quero, por ultimo, deixar de agradecer à minha mãe, à minha mulher Elza Simões,
que ao longo destes mais de 35 anos, tanto nos bons como nos maus monmentos,
sempre esteve a meu lado, suportando de forma extraordinária, todas as
dificuldades, ausências, e faltas de didicaçâo à familia que a minha profissão
impliava.
Só uma grande mulher e um grande amor a mim tornaram possível este
comportamento.
Quero também agradecer à minha filha Eliana, que sempre soube
aceitar as consequêncais que para si representavam a minha vida profissional, nunca
tendo deixado de ser carinhosa comigo.
Finalmente quero agradecer à minha mãe
que, ao longo de toda a minha vida me acarinhou e encorajou, apesar de nem sempre
concordar com as minhas opções de vida.
A natureza da sua ajuda e apoio, tiveram
para mim uma importância excepcional, sem, as quais não teria conseguido
prosseguir, em muitos momentos da minha vida.
Posso assim afirmar que tive
sempre o apoio de uma família excepcional, que foi para mim decisiva nos bons e
maus momentos da minha vida.
Lisboa, 26
de Março de 2012
Fernando Farinha Simões
B.I. n.º
7540306
terça-feira, 24 de abril de 2012
A TRAIÇÃO A PORTUGAL (3ª PARTE).
TODO O
PLANO PARA O ASSASSÍNIO DO DR. FRANCISCO SÁ CARNEIRO E DO ENGº. ADELINO AMARO DA COSTA
(3ª PARTE)
Tenho
depois reuniões em Lisboa, com o agente da CIA, Frank Sturgies, que conheço
pela primeira vez.
Frank Sturgies é uma pessoa de aspecto sinistro e com grande
frieza, e é organizador das forças anti-castristas, sediadas em Miami, e é elo
de ligação com os "contra" da Nicarágua.
Frank Sturgies refere-me
então, que está em
marcha um plano para afastar, definitivamente, (entenda-se eliminar) uma pessoa
importante, ligada ao Governo Português de então, sem dizer contudo ainda
nomes.
Algum
tempo depois, possívelmente em Setembro ou Outubro de 1980, jogo ténis com Frank
Carlucci quase toda a tarde, na antiga residência do embaixador dos EUA, na
Lapa.
Janto
depois com ele, onde Frank Cartucci refere novamente que existem problemas em Portugal
para a venda e transporte de armas, e que Francisco Sá Carneiro não era uma
pessoa querida dos EUA.
Depois
já na sobremesa, juntam-se a nós o Gen. Diogo Neto, o Cor. Vinhas, o Cor.
Robocho Vaz e Paulo Cardoso, onde se refere novamente a necessidade de se
afastarem alguns obstáculos existentes ao negócio de armas.
Todos estes elementos
referem a Frank Caducci que eu sou a pessoa indicada para a preparação e
implementação desta operação.
Em
Outubro de 1980, num juntar no Hotel Sharaton onde participo eu, Frank Sturgies
(CIA), Vilfred Navarro (CIA), o General Diogo Neto e o Coronel Vinhas (já
falecidos), onde se refere que há entraves ao tráfico de armas que têm de ser
removidos.
Depois
há um outro jantar também no Hotel Sharaton, onde participam, entre outros, eu
e o Cor. Oliver North, onde este diz claramentete que "é preciso limar
algumas arestas" e "se houver necessidade de se tirar aguém do
caminho, tira-se", dando portanto a entender que haverá que eliminar
pessoas que criam problemas aos negócios de venda de armas.
Oliver North diz-me também que está a ter problemas com a sua
própria organização, e que teme que o possam querer afastar e "deixar
cair", o que acabou por acontecer.
Há
também Portugueses que estavam a beneficiar com o tráfico de armas, como o
Major Canto e Castro, o Gen. Pezarat Correia, Franco Charais e o empresário
Zoio.
Sabe-se
também já nessa altura que Adelino Amaro da Costa estava a tentar acabar com o
tráfico de armas, a investigar o fundo de desenvolvimento do Ultramar, e a
tentar acabar acabar com lobbies instalados.
Afastar
essas duas pessoas pela via política era impossível, pois a AD tinha ganho as
eleições.
Restava portanto a via de um atentado.
Passados
alguns dias, recebo um telefonema do Major Canto e Castro (pertencente ao
conselho da revolução), que eu já conhecia de Angola, pedindo para eu me encontrar
com ele no Hotel Altis.
Nessa
reunião está também Frank Sturgies, e fala-se pela primeira vez em
"atentado", sem se referirem ainda quem é o alvo.
Referem que contam
comigo para esta operação.
O Major
Canto e Castro diz que é preciso recrutar alguém capaz de realizar esta
operação.
Tenho
depois uma segunda reunião no Hotel Altis com Frank Sturgies e Philip Snell,
onde Frank Sturgies me encarrega de preparar e arranjar alguns operacionais
para uma possível operação dentro de pouco tempo, possívelmente dentro de 2 ou
3 meses.
Perguntam-me se já recrutei a pessoa certa para realizar este
atentado, e se eu conheço algum perito na fabricação de bombas e em armas de
fogo.
Respondo que em Espanha arranjaria alguém da ETA para vir cá fazer o
atentado, se tal fosse necessário.
Quem paga a operação e a preparação do
atentado é a CIA e o Major Canto e Castro.
Canto e
Castro colabora na altura com os serviços Secretos Franceses, para onde entrou
através do sogro na época.
O sogro era de nacionalidade Belga, que trabalhava
para a SDEC, os serviços de inteligência franceses, em 1979 e 1980.
Canto e
Castro casou com uma das suas filhas, quando estava em Luanda, em Angola, ao
serviço da Força Aérea Portuguesa.
Em
Luanda, Canto e Castro vivia perto de mim.
Tendo
que organizar esta operação, falo então com José Esteves e mais tarde com Lee
Rodrigues (que na altura ainda não conhecia).
O elo de
ligação de Lee Rodrigues em Lisboa era Evo Fernandes, que estava ligado à
resistância moçambicana, a Renamo.
Falo nessa altura também com duas pessoas
ligadas à ETA militar, para caso do atentado ser realizado através de armas de
fogo.
Depois,
noutro jantar em casa de Frank Carlucci, na Lapa, na mansarda, no último andar,
onde jantamos os dois sozinhos, Frank Carlucci diz abertamente e pela primeira
vez, o que eu tinha de fazer, qual era a operação em curso e que esta visava
Adelino Amaro da Costa, que estava a dificultar o transporte e venda de armas a
partir de Portugal ou que passavam em Portugal, e que havia luz verde dada por
Henry Kissinger e Oliver North.
Cumprimento
ambos, referindo que sou "o homem deles em Lisboa".
Três
semanas antes dos atentado, Canto e Castro e Frank Sturgies, referem pela primeira
vez, que o alvo do atentado é Adelino Amaro da Costa.
O Major
Canto e Castro afirma que irá viajar para Londres.
Frank
Sturgies pede-me que obtenha um cartão de acesso ao aeroporto para um tal Lee
Rodrigues, que é referido como sendo a pessoa que levará e colocará a bomba no
avião.
Recebo
depois um telefonema de Canto e Castro, referindo que está em Londres e para eu
ir ter lá com ele.
Refere-me
que o meu bilhete está numa agência de viagens situada na Av. da Republica ,
junto à pastelaria Ceuta.
Chegado a Londres fico no Hotel Grosvenor, ao pé de
Victoria Station.
Canto e Castro vai buscar-me e leva-me a uma casa perto do
Hotel, onde me mostra pela primeira vez, o material, incluindo explosivos, que
servirão para confeccionar a "bomba" nesta operação.
Essa casa em
Londres, era ao mesmo tempo residência e consultório de um dentista indiano,
amigo de Canto e Castro, Canto e Castro refere-me que esse material será levado
para Portugal pela sua companheira Juanita Valderrama.
O Major Canto e Castro
pede-me então que vá ao Hotel Altis recolher o material.
Vou então ao Hotel
acompanhado de José esteves, e recebemos uma mala e uma carta da senhora
Juanita, José Esteves prepara então uma bomba destinada a um avião, com esses
materiais, com a ajuda de Carlos Miranda.
O Major
Canto e Castro volta depois de Londres, encontra-se comigo, e digo-lhe que a
bomba está montada.
Lee
Rodrigues é-me apresentado pelo Major Canto e Castro.
Alguns
dias depois Lee Rodrigues telefona-me e encontramo-nos para jantar no
restaurante Galeto, junto ao Saldanha, juntamente com Canto e Castro, onde
aparece também Evo Fernandes, que era o contacto de Lee Rodrigues em Lisboa.
Fora Evo
Fernandes que apresentara Lee Rodrigues a Canto e Castro.
Lee Rodrigues era
moçambicano e tinha ligações à Renamo.
Nesse
jantar alinham-se pormenores sobre o atentado.
Canto e
Castro refere contudo nesse jantar que o atentado será realizado em Angola.
Perante
esta afirmação, pergunto se ele está a falar a sério ou a brincar, e se me acha
com “cara de palhaço"- fazendo intenção de me levantar.
Refiro
que, através de Frank Carlucci, já estava a par de tudo.
Lee
Rodrigues pede calma, referindo depois Canto e Castro que desconhecia que eu já
estava a par de tudo, mas que sendo assim nada mais havia a esconder.
Possivelmente
em Novembro, é-me solicitado por Philip Snell que participe numa reunião em
Cascais, num iate junto á antiga marina (na altura não existia a actual
marina).
Vou e levo
comigo José Esteves.
Essa reunião tem lugar entre as 20 e as 23 horas, nela participando
Philips Snell, Oliver North, Frank Sturgies, Sydral e Lee Rodrigues e mais cerca
de 2 ou 3 estrangeiros, que julgo serem americanos.
Nesta
reunião é referido que há que preparar com cuidado a operação que será para
breve, e falam-se de pormenores a ter em atenção.
É
referido também os cuidados que devem
ser realizados depois da operação, e o que
fazer se algo correr mal.
A língua
utilizada na reunião é o inglês.
José
Esteves recebeu então USD 200.000 pelo seu futuro trabalho.
Eu não
recebi nada pois já era pago normalmente pela CIA.
Eu nessa
altura recebia da CIA o equivalente a cinco mil US Dólares, dispondo também de
dois cartões de crédito Diner's Club e Visa Gold, ambos com plafonds de 10.000
US Dólares.
Lee
Rodrigues pede-me então que arranje um cartão para José Esteves entrar no
aeroporto.
Para
este efeito, obtenho um cartão forjado, na Mouraria, em Lisboa, numa tipografia
que hoje já não existe.
Lee Rodrigues
diz-me também que irá obter uma farda de piloto numa loja ao pé do Coliseu, na
Rua das Portas de Santo Antão.
A meu
pedido, João Pedro Dias, que era carteirista, arranja também um cartão para Lee
Rodrigues.
Este
cartão foi obtido por João Pedro Dias, roubando o cartão de Miguel Wahnon, que
era funcionário da TAP.
Apenas
foi necessário mudar-se a fotografia desse cartão, colocando a fotografia de
Lee Rodrigues.
José
Esteves prepara então na sua casa no Cacém, um engenho para o atentado.
Conta com a colaboração de outro operacional chamado Carlos Miranda, especialista em
explosivos, que é recrutado por mim, e que eu já conhecia de Angola, quando
Carlos Miranda era comandante da FNLA e depois CODECO em Portugal.
José
Esteves foi também um dos principais comandantes da FNLA, indo muitas vezes a
Kinshasa.
Depois
do artefacto estar pronto, vou novamente a Paris.
No Hotel
Ritz, à tarde, tenho um encontro com Oliver North, o cor. Wilkison e Philip
Snell, onde se refere que o alvo a abater era Adelino Amaro da Costa, Ministro
da Defesa.
Volto a
Portugal, cerca de 5 ou 6 dias antes do atentado.
É
marcado por Oliver North um jantar no hotel Sheraton.
Nesse
jantar aparece e participa um indivíduo que não conhecia e que me é apresentado
por Oliver North , chamado Penaguião.
Penaguião
afirma ser segurança pessoal de Sá Carneiro.
Oliver
North refere que Penaguião faz parte da segurança pessoal de Sá Carneiro e que
é o homem que conseguirá meter Sá Carneiro no Avião.
Penaguião
afirma, de forma fria e directa que Sá Carneiro também iria no avião,
"pois dessa forma matavam dois coelhos de uma cajadada!"
Afirma que
a sua eliminação era necessária, uma vez que Sá Carneiro era anti-americano, e apoiava incondicionalmente
Adelino Amaro da Costa na denúncia do tráfico de armas, e na descoberta do
chamado saco azul do Fundo de Defesa do Ultramar, pelo que tudo estava, desde o
início, preparado para incluir as duas pessoas.
Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da
Costa.
Fico
muito receoso, pois só nesse momento fiquei a conhecer a inclusão de Sá Carneiro
no atentado.
Pergunto
a Penaguião como é que ele pode ter a certeza de que Sá Carneiro irá no avião,
ao que Penaguião responde de que eu não me preocupasse pois que ele, com
mais alguém, se encarregaria de colocar Sá Carneiro naquele avião naquele dia e
naquela hora, pois ele coordenava a segurança e a sua palavra era sempre
escutada.
No final
do jantar, juntam-se a nós três o Gen. Diogo Neto e o Cor. Vinhas.
Fico
estarrecido com esta nova informação sobre Sá Carneiro, e decido ir, nessa
mesma noite, à residência do embaixador dos EUA, na Lapa, onde estava Frank
Carlucci, a quem conto o que ouvi.
Frank
Carlucci responde que não me preocupasse, pois este plano já estava determinado
há muito tempo.
Disse-me
que o homem dos EUA era Mário Soares, e que Sá Carneiro, devido à sua maneira
de ser, teimoso e anti-americano, não servia os interesses estratégicos dos
EUA.
Mário
Soares seria o futuro apoio da política americana em Portugal, junto com outros
lideres do PSD e do PS.
Aceito
então esta situação, uma vez que Frank Carlucci já me havia dito antes que tudo
estava assegurado, inclusivamente se algo corresse mal, como a minha saída de
Portugal, a cobertura total para mim e para mais alguém que eu indicasse, e que
pudesse vir a estar em perigo.
Isto e a
usual “realpolitik" dos Estados Unidos, e suspeito que sempre será.
Três
dias antes do atentado há uma nova reunião, na Rua das Pretas no Palácio
Roquete, onde participam Canto e Castro, Farinha Simões, Lee Rodrigues, José Esteves
e Carlos Miranda
Carlos
Miranda colaborou na montagem do engenho explosivo com José Esteves, tendo ido
várias vezes a casa de José Esteves.
Nessa
reunião são acertados os últimos pormenores do atentado.
Nessa
reunião, Lee Rodrigues diz que ele está preparado para a operação e Canto e
Castro diz que o atentado será a 3 ou 4
de Dezembro.
Nessa
reunião é dito que o alvo é Adelino Amaro da Costa.
No dia
seguinte encontramo-nos com Canto e Castro no Hotel Sheraton, e vamos jantar ao
restaurante " O Polícia".
No dia 4
de Dezembro, telefono de um telefone no Areeiro, para o Sr. William Hasselberg,
na Embaixada dos EUA, para confirmar que o atentado é para realizar, tendo-me
este referido que sim.
Desse
modo, à tarde, José Esteves traz uma mala a minha casa, e vamos os dois para o
aeroporto.
Conduzo
José Esteves ao aeroporto, num BMW do José Esteves.
Já no
aeroporto, José Esteves e eu entramos no aeroporto, por uma porta lateral,
junto a um posto da Guarda Fiscal, utilizando o cartão forjado, anteriormente
referido.
Depois
José Esteves desloca-se e entrega a mala, com o engenho, a Lee Rodrigues, que
aparece com uma farda de piloto e é também visto por mim.
Depois
de cerca de 15 minutos, sai já sem a mala, e sai comigo do aeroporto.
Separamo-nos,
mas mais tarde José esteves encontra-se novamente comigo no cabeleireiro
Bacta, no centro comercial Alvalade.
Depois
José esteves aparece em minha casa com a companheira da época, de nome Gina, e
com um saco de roupa para lá ficar por precaução.
Ouvimos
depois o noticiário das 20 horas na televisão, e José Esteves fica muito
surpreendido, pois não sabia que Sá Carneiro também ia no avião.
(CONTINUA...)
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ainda sobre o ASSASSINATO de Camarate.
Estamos a publicar diáriamente as declarações do Sr. Fernando Farinha Simões sobre o que realmente aconteceu no dia 4 de Dezembro de 1980.
Este crime NÃO PRESCREVEU, pois tratou-se de um CRIME CONTRA A HUMANIDADE que está abrangido pelo Acordo assinado por Portugal com a Côrte Penal Internacional, a CPI.
Trata-se de um CRIME abrangido pela imprescritibilidade.
O corpo editorial d' O Bar do Alcides RECLAMA JUSTIÇA IMEDIATA perante estes novos fatos.
Está-se a preparar uma QUEIXA-CRIME, a ser entregue na PGR, no MP e na PJ em Portugal, contra os "operacionais e os mandantes" deste ASSASSINATO!
Em breve postaremos as FOTOGRAFIAS DE TODOS (operacionais e mandantes do crime).
A TRAIÇÃO A PORTUGAL (2ª PARTE).
TODO O
PLANO PARA O ASSASSÍNIO DO DR. FRANCISCO SÁ CARNEIRO E DO ENGº. ADELINO AMARO DA COSTA
(2ª PARTE)
Trabalhei
em serviços de infiltração pela CIA e pela DEA (Drug Enforcement Agency), em
diferentes países, como Portugal, El Salvador, Bolívia, Colômbia,Venezuela,
Peru, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Chile, Líbano, Síria, Egipto, Argélia,
Marrocos, Filipinas.
A minha
colaboração com a DEA, iniciou-se em 1981, através de Richard Lee Armitage.
Em 1980,
Richard Armitage viria também a estar comigo e com o Henry Kissinger em Paris,
Richard Lee Armitage era membro do CFR (Counceil for Foreign Affairs and
Relations) e da Organização e Cooperação para a Segurança da Europa (OSCE),
criada pela CIA, Richard Armitage era também membro, na altura, do Grupo
Carlyle, do qual o CEO era Frank Carlucci.
O Grupo Carlyle dedica-se à
construcção civil, imobiliário e é uma dos maiores grupos de tráfico de armas
no Mundo, junto com o Grupo Haliburton,
chefiado por Richard "Dick" Cheney.
O Grupo Carlyle pertence a vários
investidores privados dos EUA, por regra do Partido Republicano.
Este grupo
promove nomeadamente vendas de armas, petróleo e cimento para países como o
Iraque, Afeganistão e agora para os países da primavera árabe.
A
lavagem do dinheiro do tráfico de armas e da droga, era feito, na altura, pelo
Banco BCCI, ligado à CIA e à NSA - National Security Agency.
O BCCI foi fundado
em 1972 e fechado no princípio dos anos 90, devido aos diversos escândalos em
que esteve envolvido.
Oliver
North pertencia ao Conselho Nacional de Segurança, às ordens de william walker,
ex-embaixador dos EUA em El Salvador.
Oliver North seguiu e segue sempre as
ordens da CIA, dependente de William
Casey.
Oliver
North está hoje retirado da CIA , e é CEO de vários grupos privados americanos,
tal como Frank Carlucci.
Da DEA
conheci Celerino Castilho e Mike Levine.
Anabelle Grimm e Brad Ayers, tendo trabalhado
para a DEA entre 1975 até 1989.
Da CIA trabalhei também com Tosh Plumbey, Ralph
Megehee - tenente coronel da NSA, actualmente reformado.
Da CIA trabalhei ainda
com Bo Gritz e Tatum.
Estes dois agentes tinham a sua base de operações em El
Salvador, (onde eu também estive durante os anos 80, durante o tráfico Irão -
Contras), desenvolvendo nomeadamente actividades com tráfico de armas.
Uma das
suas operações consistiu no transporte de armas dos EUA para El-Salvador, que
eram depois transportadas para o Irão e a Nicarágua.
Os aviões, normalmente
panamianos e colombianos regressavam depois para os EUA com droga, nomeadamente
cocaina, proveniente de países como a Colômbia, Bolivia e El Salvador, que
serviam para financiar a compra de armas.
Esta actividade desenvolveu-se
essencialmente desde os finais dos anos 70 até 1988.
A
cocaina vinha nomeadamente da Ilha Normans Cay, nas Bahamas, de que era
proprietário
Carlos Lheder Rivas.
Carlos Rivas era um dos chefes do Cartel de Medellin,
trabalhando para este cartel e para ele próprio.
Carlos Rivas era, neste
contexto um personagem importante, sendo o braço direito de Roberto Vesco, que
trabalhava para a CIA e para a NSA.
Roberto Vesco era proprietário de Bancos
nas Bahamas, nomeadamente o Colombus Trust.
Carlos rivas fazia toda a logística
de Roberto Vesco e forneciam armas a troco de cocaina, nomeadamente ao
movimento de guerrilha Colombiano M19.
Roberto Vesco está hoje refugiado em
Cuba.
O
dinheiro das operações de armas e de droga são lavadas no Banco BCCI e noutros bancos,
com o nome de código "Amadeus".
Há no entanto contas activas nas
Bahamas e em Norman's Cay, nas Ilhas Jersey, que gerem contas bancárias,
nomeadamente para o tráfico de armas para os “Contras” da Nicarágua, e para o
Irão.
Como
acima referi, muito desse dinheiro foi para bancos americanos e franceses, o
que em parte explicará porquê é que Manuel Noriega foi condenado a 60 anos de
prisão, tendo primeiro estado preso nos EUA, depois em França, e actualmente no
Panamá.
Foi preso porque era conveniente que estivesse calado, não referindo
nomeadamente que partilhava com a CIA, o dinheiro proveniente da venda de armas
e da venda de drogas.
Noriega movimentava contas bancárias em mais de 120
bancos, com conhecimento da CIA.
Noriega fazia também parte da operação "Black
Eagle", dedicada ao tráfico de armas e de droga, que em 1982 se transformou numa
empresa chamada Enterprise, com a colaboração de Oliver North e
de Donald Gregg da CIA.
Em face
do grau de informações e de conhecimento que tinha, é fácil de perceber porquê
se verificou o derrube e a prisão de Noriega.
Devo dizer que estou pessoalmente
admirado que não o tenham até agora “suicidado", pois deve ter muitos
documentos ainda guardados.
Noriega tinha a intenção de contar tudo o que sabia
sobre este tráfico, nomeadamente sobre os serviços prestados à CIA e a Bush
Pai, tendo por isso
sido preso.
Washington e a CIA são assim veículos importantes do tráfico de armas
e de droga, utilizando nomeadamente os pontos de apoio de South Flórida e do
Panamá.
No
início dos anos 80 conheci um traficante do cartel de Cali, de nome Ramon
Milian Rodriguez, que depois mais tarde perante uma comissão do Senado
Americano, onde falou do tráfico de armas e de droga, do branqueamento de
dinheiro, bem como das cumplicidades de Oliver North neste tráfico às ordens de
Bush Pai e do Donald Gregg.
Muito do
dinheiro gerado nessas vendas foi para bancos americanos e franceses.
Este
dinheiro servia também para compras de propriedades imobiliárias.
Por estar
ligado a estas operações, Noriega foi preso pelos EUA.
Foi numa
operação de droga que realizei na Colômbia
e nas Bahamas, em 1984, onde se deu a prisão de Carlos Lheder Rivas, do Cartel
de Medallin, em que eu não concordei com os agentes da DEA da estação de
Miami, pois eles queriam ficar com 10 milhões de dólars e com o avião
"lear-jet" provenientes do tráfico de droga.
Não
concordando, participei desses agentes ao chefe da estação da DEA de Maiami.
Este chefe mandou-lhes então levantar um inquerito, tendo sido presos pela
própria DEA.
A partir
de aí a minha vida tornou-se num verdadeiro inferno, nomeadamente com a
realização de armadilhas, e detenções, tendo acabado por sair da CIA em 1989, a conselho de Frank Carlucci.
O
principal culpado da minha saida da CIA e da DEA foi John C. Lawn, director
da estação da DEA e amigo de Noriega e de outros traficantes.
John Lawn
encobriu, ou tentou encobrir, todos os agentes da DEA que denunciei aquando da
prisão de Carlos Rivas.
Após a minha saida da CIA, Frank carlucci continuou
contudo a ajudar-me com dinheiro, com conselhos e com apoio logístico, sempre que
eu precisei até 1994.
Regressando
contudo à minha actividade em Portugal, anteriormente a Camarate e ao serviço
da CIA, devo referir que conheci Frank Carlucci, em 1975, através de duas
pessoas: um jornalista Português da RTP, já falecido, chamado Paulo Cardoso de
Oliveira, que conhecera em Angola, e que era agente da CIA, e Gary Van Dyk,
agente da BOSS (Sul Africana) que conheci também em Angola.
Mantive contatos
directos flequentes com Frank Carlucci, sobretudo entre 1975 e 1982, de quem
recebi instruções para varios trabalhos e operações.
Os meus contactos com
Frank Carlucci mantêm-se até hoje, com quem falo ainda ocasionalmente pelo
telefone.
A última vez que estive com ele foi em Madrid, em 2008, na escala de
uma viagem que Frank Carlucci realizou à Turquia.
Em
Lisboa, também lidei e recebi ordens de William Hasselberg - antena da CIA em Lisboa,
que além de recolher informacões em Lisboa actua como elo de ligação entre porugueses
e americanos.
Tive inclusivamente uma vida social com William Hasselberg, que
inclui uma vida nocturna em Lisboa, em diferentes bares, restaurantes, e locais públicos.
William Hasselberg gostava bastante da vida nocturna, onde tinha muito gosto em
aparecer com as suas diversas “conquistas” femininas.
Trabalhei também com
outros agentes da CIA, nomeadamente Philip Agee.
Neste ambito, trabalhei em
operações de tráfico de armas, e em infiltrações em organizações com o objectivo
de obter informações políticas e militares, “Billie” Hasselberg fala bem
português, e era grande amigo de Artur Albarran.
Hasselberg e Albarran
conheceram-se numa festa da embaixada da Colômbia ou Venezuela, tendo Albarran
casado nessa altura, nos anos 80, com a filha do embaixador, que foi
a sua primeira mulher.
Das
reuniões que tive com a embaixada
americana em Lisboa, a partir de 1978, conheci vários agentes da CIA.
O
Chefe da estação da CIA em Portugal, John Logan, oferece-me um livro seu
autografado.
Conheci também o segundo chefe da CIA, Sr. Philip Snell, Sr. James
Lowell, e o Sr. Arredondo.
Da parte militar da CIA conheci
o Coronel Wilkinson, a partir de quem conheci o coronel Oliver North e o Coronel
Peter Bleckley.
O coronel Oliver North, militar mas também agente da CIA e o
coronel Peter Bleckley, são os principais estrategas nos contactos
internacionais, com vista ao tráfico e venda de armas, nomeadamente com países
como Irão, Iraque, Nicarágua, e o El Salvador.
Na sequência do conhecimento que
fiz com Oliver North, tendo várias reuniões com ele e com agentes da CIA, por
causa do tráfico e negócio de armas.
Estas reuniões têm lugar em vários países,
como os EUA, o México, a Nicarágua, a Venezuela, o Panamá.
Neste último país contacto
com dois dos principais adjuntos de Noriega, José Bladon, chefe dos serviços
secretos do Panamá, que me disse que práticamente todos os embaixadores do Panamá em todo o Mundo estavam ao serviço
de Noriega.
Blandon
pediu-me na altura se eu arranjava um Rolls Royce Silver Spirits, para o
embaixador do Panamá em Lisboa, o que acabei por conseguir.
Em
meados de 1980, Frank Carlucci refere-me, por alto, e pela primeira vez, que eu
iria ser encarregue de fazer um "trabalho" de importância máxima e
prioritária em Portugal, com a ajuda dele, da CIA, e da Embaixada dos EUA em
Portugal, sendo-me dado, para esse efeito, todo o apoio necessário.
(CONTINUA)
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