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* É apolítico e imparcial!
* Todos os portugueses são vítimas da MAÇONARIA, que continua destruindo a nossa Nação!

sábado, 31 de outubro de 2009

IOL de 31.10.09: A «queda» de Cavaco.


A popularidade do presidente da república nunca esteve tão baixa.

Segundo um barómetro da Marktest, realizado para a TSF e o Diário Económico, a popularidade do Presidente da República atingiu o valor mais baixo do ano.

As primeiras análises indicam que a queda pode ter sido provocada pelo impacto negativo da polémica sobre as alegadas escutas a Belém.

Cavaco Silva, perdeu mais de nove pontos registando o valor mais baixo deste ano no barómetro, com 58,7 por cento de opiniões positivas.

No entanto, de acordo com o mesmo barómetro, é Manuela Ferreira Leite que tem a queda mais acentuada, com menos 13 pontos.

É o pior valor desde que assumiu a liderança do PSD: 50 por cento chumbam a sua actuação.

Mas a queda também chega à esquerda e Francisco Louçã cai 7,5 pontos.

Apenas Paulo Portas e José Sócrates parecem escapar.

O líder do CDS-PP chega aos 50 por cento de opiniões positivas e Sócrates «encontra» de 20 por cento de aprovação junto dos que dizem votar no PSD.

Em relação às intenções de voto pouco ou nada muda.

Um mês depois das eleições o PS surge em primeiro, com 42,9 por cento; depois o PSD com 23,7 por cento, o CDS-PP chega aos 12,5 por cento, depois o BE 8,8 por cento e, por fim, a CDU com seis por cento.

Sol de 31.10.09: Gestores do PS implicados.


Manuel Godinho, presidente da empresa de tratamentos de resíduos envolvida no processo ‘Face Oculta’, beneficiou de uma extensa rede de gestores ligados ao PS para conseguir os melhores negócios em várias empresas participadas pelo Estado.

O DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Baixo Vouga e a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro entendem ter provas de que Armando Vara, vice-presidente do Banco Comercial Português (BCP), juntamente com os gestores Lopes Barreira (Consulgal), (EDP Imobiliária), Paiva NunesPaulo Costa (Galp) e António Contradanças (Empoderf), Carlos Vasconcellos (Refer), José Penedos (presidente da Rede Eléctrica Nacional) e Paulo Penedos (assessor da Comissão Executiva da PT) ajudaram de forma ilegítima Manuel Godinho e o seu grupo O2 a ganharem concursos públicos naquelas e noutras empresas.

A PJ entende que Armando Vara, Paulo Penedos, Paiva Nunes, Paulo Costa e Carlos Vasconcellos receberam avultadas contrapartidas financeiras e patrimoniais para ‘abrirem as portas’ daquelas empresas participadas pelo Estado às empresas de Manuel Godinho.

Vara e Lopes Barreira: figuras centrais

Armando Vara e Lopes Barreira são nomes centrais dessa «rede tentacular», segundo as palavras do DIAP do Baixo Vouga. Amigo de Vara e um dos fundadores da Fundação para a Prevenção e Segurança (polémica entidade que Vara criou enquanto secretário de Estado de António Guterres), Lopes Barreira tem um passado de ligação ao Partido Socialista, ‘mexendo-se’ muito bem nos corredores do poder.

Em 1999 foi acusado pelo general Garcia dos Santos, então presidente da JAE (Junta Autónoma de Estradas), de o ter tentado pressionar para contratar militantes socialistas para os quadros daquela empresa pública.

Anos antes, a Consulgal, de Lopes Barreira, tinha estado ‘debaixo de fogo’ por ter sido a autora do projecto de renovação da Linha do Norte – obra que, devido a vários erros de vários projectistas, teve um desvio financeiro de mais de 200 milhões de euros.

No processo ‘Face Oculta’, Lopes Barreira é dado como membro de uma «rede tentacular», que, «a troco de vantagens patrimoniais e/ou não patrimoniais» terá exercido a «sua influência junto de titulares de cargos governativos e políticos, titulares de cargos de direcção com capacidade de decisão ou com acesso a informação privilegiada, no sentido de favorecerem» as empresas de Manuel Godinho.

Contactos com governantes

Um mês depois, Lopes Barreira manifestou-se disponível a Godinho para falar com Jorge Coelho, presidente da Mota-Engil e ex-ministro de António Guterres, no sentido de lhe arranjarem trabalho para as suas empresas.

Só em 2008, o grupo O2 facturou mais de 50 milhões de euros, quando no ano anterior não tinham ido além dos 24 milhões de euros.

Além de Coelho, Lopes Barreira afirmou a Godinho que possuía boas relações com o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino (peça fundamental para desbloquear o conflito que a REFER tinha com Godinho) e com João Mira Gomes, secretário da Estado da Defesa.

O empresário disponibilizou-se para falar com Gomes, seu amigo pessoal, para «espoletar o favorecimento do universo empresarial» do grupo O2 junto das empresas tuteladas pelo Ministério da Defesa, nomeadamente com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo – empresa com a qual Godinho se queixava não ter relações comerciais.

Vara apresenta a Godinho administrador da EDP

Armando Vara, por seu lado, apresentou a Godinho um administrador da EDP Imobiliário, chamado Paiva Nunes – tendo alegadamente solicitado cerca de 10 mil euros em numerário como contrapartida que lhe foram entregues no seu gabinete do BCP, na Av. José Malhoa, em Lisboa.

Paiva Nunes, segundo a PJ de Aveiro, terá favorecido as empresas de Godinho em diversos concursos lançados por aquela empresa.

Paiva Nunes chegou a pedir a Manuel Godinho que lhe indicasse três empresas para uma consulta ao mercado que o grupo EDP iria realizar, ao que o líder da O2 indicou duas sociedades por si lideradas e um empreiteiro da sua confiança.

O objectivo era claro: o grupo de Godinho ganharia o concurso.

Através do gestor da EDP (que chegou a ser candidato do PS à Câmara de Sintra), ‘chegou’ a GodinhoPaulo Costa, director de Relações Institucionais da Galp.

Costa, que é dado por Paulo Penedos como «amigo de Armando Vara», ligou a Manuel Godinho no dia 3 de Junho de 2009 e discutiu com o gestor da O2 «pormenores capazes de possibilitar o favorecimento» da FRACON – Construção e Reparação Naval, Lda – uma das empresas do grupo O2.

Paiva Nunes e Paulo Costa receberam de Manuel Godinho dois veículos topo gama, tendo o primeiro recebido um Mercedes SL 500 (avaliado em 161 mil euros) e o quadro superior da Galp um Mercedes CL 65 (avaliado em mais de 280 mil euros).

A PJ de Aveiro entende que os dois veículos são uma contrapartida pelas decisões dos dois gestores.

Gestor do PS apresenta ‘colega’ a Godinho

Paulo Costa apresentou a Godinho mais um gestor ligado ao PS: José António Contradanças.

Ex-dirigente do PS e ex-administrador do Porto de Sines no tempo de Jorge Coelho como ministro das Obras Públicas, Contradanças é agora administrador de uma empresa do grupo EMPORDEF – holding estatal controlada pelo Estado através do Ministério da Defesa.

Contradanças ligou a Manuel Godinho no dia 5 de Junho de 2009, «dando-lhe conta que Paulo Costa lhe havia transmitido que estaria interessado em ser favorecido nos concursos e nas consultas públicas» na área dos resíduos industriais lançados pela empresa IDD – Indústria de Desmilitarização e Defesa, SA., lê-se no mandado de busca a que o SOL teve acesso.

A principal fonte na REFER

Carlos Vasconcellos, ex-administrador do grupo Refer, é mais um gestor público que alegadamente terá sido subornado por Manuel Godinho.

Segundo a PJ, Vasconcelos terá recebido de Godinho cerca de 2.500 euros em numerário para que lhe «continuasse a fornecer informação privilegiada sobre o posicionamento, o pensar e o sentir da administração da Refer», segundo se pode ler no mandado das buscas realizadas na passada quarta-feira.

Vasconcellos foi uma peça importante na tentativa de afastamento da administração liderada por Luís Pardal.

O ex-administrador do grupo REFER, hoje simples funcionário, tinha sido afastado por Pardal depois de a empresa ter descoberto, através de um inquérito interno, o seu envolvimento nos alegados favorecimentos às empresas de Godinho nas adjudicações da gestora da rede ferroviária.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Expresso de 28.10.09: Face Oculta: Armando Vara garante estar inocente.


Armando Vara, vice-presidente do Millennium BCP e um dos 13 arguidos no âmbito da operação Face Oculta da Polícia Judiciária, garante estar inocente numa nota interna que enviou hoje aos colaboradores do banco.

"Fui ontem [quarta-feira] notificado ter sido constituído arguido em processo já tornado público através da comunicação social. Afirmo que estou inocente, pelo que aguardo com o maior interesse as provas que as autoridades venham a exibir relativas ao meu envolvimento no processo, o que por certo será efectuado em sede própria e não através da comunicação social", lê-se na nota assinada por Armando Vara, à qual a agência Lusa teve acesso.

A operação foi desencadeada pela PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, em articulação com o Ministério Público, no Departamento e Investigação e Acção Penal (DIAP) do Baixo Vouga.

A investigação está relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar, que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais e que, através de um esquema organizado, terá sido beneficiado na adjudicação de concursos e consultas públicas, na área de recolha e gestão de resíduos industriais. Até agora, foi detido o empresário Manuel Godinho, de Ovar, e constituídos mais 12 arguidos.

Confiança na conduta ética

"Esclareço ainda que estou absolutamente convicto de que as actuações que desenvolvi, enquanto titular de cargos públicos e gestor de empresas, se pautaram por rigorosos critérios de ética quer na conduta pessoal quer na conduta profissional, pelo que, estou seguro que a investigação em curso confirmará que as suspeitas levantadas carecem de qualquer fundamento", sublinha Armando Vara, ex-ministro da Administração Interna do Governo de António Guterres, na mesma nota.

Para além de Armando Vara, foi também constituído arguido Paulo Penedos, filho do presidente da REN, José Penedos, e advogado da empresa SCI - Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel Godinho.

Público de 29.10.09: Armando Vara é um dos 12 arguidos ontem constituídos no âmbito da operação Face Oculta.


Armando Vara é um dos 12 arguidos ontem constituídos no âmbito da operação Face Oculta desencadeada pelo Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Polícia Judiciária. O vice-presidente do Millennium BCP “não faz comentários”, disse ao PÚBLICO uma fonte oficial do banco, tendo o PÚBLICO apurado que Vara não está a ser alvo de investigação por actos praticados na sua qualidade de gestor daquela instituição financeira.

Ontem à noite, a RTPN revelou que Vara terá sido surpreendido pelos investigadores a pedir ao empresário José Godinho cerca de dez mil euros.

O ex-ministro da Administração Interna do Governo de António Guterres e presidente da Fundação para a Prevenção e Segurança, que ontem se remeteu ao silêncio, deverá agora prestar esclarecimentos ao juiz de instrução criminal de Aveiro, quando este magistrado o questionar durante o primeiro interrogatório de arguido que deverá realizar-se no próximo mês de Novembro e se destina a definir as medidas de coacção a que os suspeitos ficarão submetidos.


Vara, recorde-se, exerceu vários cargos dirigentes no Partido Socialista e, antes de ingressar na administração do BCP, foi vogal do conselho de administração da Caixa Geral dos Depósitos, sendo actualmente responsável pelo pelouro das operações do BCP em África.

O empresário José Godinho foi o único arguido ontem detido durante a operação, que mobilizou cerca de uma centena de investigadores da Polícia Judiciária, devendo agora ser presente ao juiz de instrução criminal para este confirmar ou não a detenção, na origem da qual estaria o risco de ele se ausentar para o estrangeiro. O risco de fuga é hoje um dos pressupostos determinantes para a detenção de arguidos fora de flagrante delito.

José Godinho é arguido num outro inquérito relacionado com uma presumível fraude fiscal estimada em 11,6 milhões de euros, que se terá consumado através da emissão de facturas falsas, entre 2005 e 2007. A investigação decorreu também no DIC da PJ de Aveiro que, em 24 de Junho passado, desencadeou uma acção em colaboração com a Direcção dos Serviços de Investigação da Fraude e Acções Especiais (DSIFAE) da administração fiscal, através de 13 buscas em empresas e domicílios.

Viciação de concursos
Segundo o gabinete de imprensa da PJ, a investigação no âmbito da qual foi accionada a operação Face Oculta visa esclarecer a actividade do grupo empresarial de José Godinho que, “através de um esquema organizado, terá sido beneficiado na adjudicação de concursos e consultas públicas, na área da recolha e gestão de resíduos industriais”. Os eventuais cúmplices na trama seriam quadros médios e superiores de grande empresas públicas e participadas pelo Estado, nomeadamente a REN – Redes Energéticas Nacionais, a Galp e a Refer – Rede Ferroviária Nacional, como insistentemente sublinharam fontes oficiais da PJ, que desmentiram o eventual envolvimento destas empresas. “As buscas visaram domicílios e os locais de trabalho dos suspeitos”, foi dito ao PÚBLICO.

Esta separação de águas seria, aliás, reiterada por informadores oficiais daquelas empresas. A Galp, por exemplo, admitiu que elementos da PJ realizaram buscas no local de trabalho de um quadro que trabalha na Refinaria de Sines. A REN, por seu turno, revelou que foi notificada a esclarecer a Polícia Judiciária “sobre eventuais contratos celebrados pela REN com algumas das 11 empresas identificadas na notificação”, que foi exibida no início da busca à sede da empresa.

“Até ao presente momento”, acrescenta o comunicado da REN, “a REN apenas identificou uma empresa à qual foram adjudicados, com base em procedimento concursal, trabalhos de gestão de resíduos”. Em Madrid, onde participa num encontro da Cotec, José Penedos, antigo secretário de Estado no Governo de Guterres, não se mostrou preocupado com a diligência da PJ, garantindo: “A REN é uma casa transparente.”

Um estado de espírito diverso tinha ontem o advogado Paulo Penedos, filho do presidente da REN, que admitiu publicamente ter sido constituído arguido. “Sou advogado de uma das empresas de Aveiro, a SCI [sociedade que pertence ao universo empresarial de José Godinho].” Paulo Penedos tem um particular gosto por viaturas de topo de gama, apesar da sua curta carreira como causídico. Esta afeição às viaturas de gama alta foi denunciada pelos adversários de Paulo Penedos, quando se candidatou a uma câmara municipal do distrito de Coimbra numa lista do PS.

Os locais de trabalho de alguns quadros da Refer também foram ontem alvo de busca pelos investigadores da Polícia Judiciária, que apreenderam documentos. Num caso, apurou o PÚBLICO, os investigadores apreenderam um computador usado por um ex-responsável pela área de abastecimentos da empresa, que também foi constituído arguido.

As investigações prosseguem e o universo sob suspeita tem âmbito nacional, como se infere dos pontos do país onde decorreram as três dezenas de buscas da operação Face Oculta: Aveiro, Ovar, Santa Maria da Feira, Lisboa, Oeiras, Sines, Alcochete, Faro, Ponte de Sor e Viseu.

Teófilo Santiago é o responsável pela operação Face Oculta, mais uma a juntar ao seu currículo cheio de investigações de grande impacto. Teófilo Santiago foi um dos responsáveis pelo Apito Dourado, que desvendou situações de corrupção no futebol e que “lhe custou” o afastamento da directoria do Porto da PJ. Santiago também dirigiu o Aveiro Connection, cujos líderes foram condenados, no anos 90 do século XX.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tens o 9º Ano de Escolaridade e queres ser Administrador?


Tens o 9º Ano de Escolaridade e queres ser Administrador?

Administrador de um Banco, por exemplo?

Temos uma Solução para ti!

Faz como o Armando Vara, entra para a Maçonaria e vais ver que passado pouco tempo estarás como Administrador de um Banco, duma Empresa participada pelo Estado ou noutra qualquer em que a Maçonaria esteja enfiada...

É GARANTIDO!

Experimenta e verás...

Agência Financeira de 26.10.09: Mais 93 mil pessoas recebem subsídio de desemprego.


348 mil portugueses têm apoio do Estado.

Com o desemprego a aumentar, há já 348 mil portugueses a receber subsídio de desemprego, até Setembro.

Na prática isto significa que existem mais 93 mil cidadãos a receber apoio da Segurança Social do que em 2008, avança o «Diário de Notícias».

Ainda assim, do total de inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), 32% não recebem qualquer tipo de apoio do Estado.

Ao todo e em termos médios, cada beneficiário arrecadou em Setembro 462 euros, valor inferior ao registado no mesmo mês de 2008, que foi de 466,21 euros.

Face a Agosto, o montante atribuído também recuou, já que eram atribuídos 462,57 euros.

O Porto é a cidade que reúne o maior número de beneficiários, com 23%, ou seja, mais de 80 mil pessoas.

Segue-se Lisboa que, com 64 mil indivíduos apoiados pela Segurança Social, tem 18,4% do total.

Braga está em terceiro lugar nas cidades que reúnem mais beneficiados, com 10,7% (mais de 37 mil pessoas).


domingo, 25 de outubro de 2009

Correio da Manhã de 25.10.09: Terminal à medida da Mota-Engil.


O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa suspeita (???) que as condições da prorrogação do contrato de exploração do Terminal de Contentores de Alcântara tenham sido desenhadas à medida das necessidades da Liscont, empresa do Grupo Mota Engil, que é presidido pelo socialista Jorge Coelho desde Maio de 2008.

Os investigadores têm vindo a ouvir decisores e técnicos ligados ao processo e já recolheram muita documentação.

Ao que o CM apurou, as condições em que o projecto foi negociado, com a introdução de alterações favoráveis à Liscont entre a data da assinatura do memorando de entendimento, em Abril, e a assinatura do contrato – Outubro de 2008 , estão a ser encaradas com muitas reservas.

Por isso, já foram ouvidas pessoas que participaram no processo da prorrogação do contrato de exploração, concedida por ajuste directo por 27 anos.

A própria auditoria do Tribunal de Contas (TC) deixa claro que "entre a data do Memorando de Entendimento, situada no mês de Abril de 2008, e a data da assinatura, em Outubro de 2008, do aditamento ao contrato celebrado entre a APL [Administração do Porto de Lisboa] e a concessionária [Liscont], no espaço de seis meses, foram introduzidas várias alterações e ajustamentos no modelo financeiro, inicialmente apresentado por aquela ao concedente público".

O TC frisa que, "sendo tal prática normal, já não se pode deixar de questionar o facto de todos os ajustamentos e alterações introduzidos no Caso Base, durante aquele período de seis meses, terem sido sempre desfavoráveis para o concedente público".

Por isso, não tem dúvidas de que este "não é um bom negócio para o Estado".

A averiguação preventiva, iniciada em Julho, será concluída até ao final do ano.

O ex-ministro das Obras Públicas, Mário Lino, não aceitou as críticas do TC e garantiu, assim como a Liscont, que o processo foi transparente.


PORMENORES

LUCRO DA LISCONT

Na semana anterior à assinatura do aditamento ao contrato, o lucro líquido da Liscont subiu 77%, para 7,4 milhões.


RISCO DO NEGÓCIO

O TC diz que o "risco do negócio" foi transferido para o Estado.

Sempre que o tráfego de navios for inferior ao previsto, a Liscont recebe compensações do Estado.


AMBIENTE EM CAUSA

O TC diz que a APL não acautelou o risco ambiental, ao aceitar encargos com contingências ambientais.

Expresso de 25.10.09: Director do "Público": "Sócrates tentou impedir artigos sobre a licenciatura".



Já há conclusões do inquérito ao caso do e-mail divulgado pelo DN?
Não sei de nada. Sou uma das oito pessoas que recebeu o email e como tal fui ouvida.

Acha importante ver este assunto esclarecido antes de sair?
Não faço questão disso. Confio no inquérito que está a ser conduzido pelo departamento jurídico da Sonae.com.

E continuam a investigar o caso das escutas a Belém?
É um tema que se mantém na agenda. Há muito por clarificar e sabe-se muito mais do que se sabia na altura, nomeadamente sobre o papel do assessor Rui Paulo Figueiredo.

Mantém a convicção de que houve uma vigilância...
Não mantenho convicção nenhuma! O que foi escrito no "Público" é que na Casa Civil do Presidente havia suspeitas de vigilância. Dito por mais do que uma fonte. Há ainda coisas que não estão esclarecidas e que não consegui compreender com a intervenção do Presidente. Mantenho vontade de saber mais.

Reconhece erros na forma como a informação foi produzida?
Dizer que tudo foi escrito sem uma falha seria, no mínimo, audacioso. Alguns dos textos deveriam ter sido feitos com mais cuidado e com mais tempo.

O Provedor do "Público" fala de uma agenda política escondida...
Fala nisso num texto. No seguinte, não. Diz que o "Público" poderá ter ficado refém de fontes. O que é uma coisa que, por vezes, acontece, mesmo involuntariamente. O Provedor reconheceu sempre que o primeiro texto devia ter saído. Só no segundo reconhece erros...

... grosseiros, diz ele
Erros de mal-entendidos, de late-night. É uma notícia que tem pontos fracos.

Não sente necessidade de reconhecer que "o 'Público' errou"?
Já foram feitos vários editoriais e dito o essencial. Houve um erro logo assumido: uma tentativa de contacto com Rui Paulo Figueiredo para o local errado. Houve ainda um mal entendido sobre o trabalho feito pelo correspondente da Madeira, que confirmou a presença do assessor na comitiva presidencial, quando não era esse o ponto. Isso estava confirmado, importava verificar a estranheza do seu comportamento.

O vosso livro de estilo exige que se seja "tão rigoroso quanto possível"!
Com distância, acho que se podia ter sido mais rigoroso no segundo texto. Mas as circunstâncias em que acabou por ser finalizado - somos um jornal diário - a impossibilidade de recolher uma resposta do Presidente...

Mas voltando à agenda política.
Não há agenda política nenhuma!

Nem sequer é uma questão nova...
É completamente nova quando é assumida por jornalistas!

Mas a ideia de que é cavaquista...
Nunca ouvi isso, confesso.

Como contra-ponto à má relação com o Governo e o primeiro-ministro...
Peço desculpa: a má relação é do primeiro-ministro em relação a mim. Não de mim para ele. Não tenho uma má relação pessoal com ninguém. Não tenho razão para isso.

Essa má relação começou quando?
Não consigo situar, mas é anterior à sua chegada a primeiro-ministro. Enquanto ministro do Ambiente almocei com ele algumas vezes para esclarecer assuntos que saíam no jornal e que ele considerava serem campanhas contra ele. Por exemplo, uma das queixas dizia respeito a um cartoon que foi publicado sobre a co-incineração. Ele não tinha sequer reparado que era uma edição especial onde só existiam ilustrações dos cartoonistas! O cartoon fora encomendado de véspera e acompanhava um texto que até, se quiser, era favorável ao Governo. Mas ele estava convencido que era uma maldade propositada contra ele. Conhecem a personalidade do primeiro-ministro e sabem que estas coisas não passam facilmente. As coisas tornaram-se muito complicadas quando ele quis que não se publicasse a investigação sobre a licenciatura na Universidade Independente.

Acha ilegítimo que o primeiro-ministro tente impedir a publicação de uma notícia?
Não digo isso. É normal que os agentes do poder político protestem sobre o que foi publicado. É muito mais raro que tentem impedir a sua publicação.

O patamar de José Sócrates é diferente dos outros agentes políticos?
É e não pode ser. Os políticos têm de se habituar a ser criticados. Não podem tomar tudo a peito. Nunca o primeiro-ministro deu uma entrevista ao "Público", teve dezenas de pedidos. No caso da licenciatura, só falou comigo por minha insistência. E foi a única vez, em quatro anos e meio como primeiro-ministro. Nesse telefonema, marcamos um encontro, que desmarcou mal a notícia saiu. José Sócrates é o único primeiro-ministro - com excepção de Santana Lopes, que nem deu tempo - com quem não tive nenhum encontro.

O bloqueio arrastou-se para os Ministérios?
Teve altos e baixos. Mas nunca tinha conhecido uma situação com este tipo de dificuldade e de intensidade.

José Sócrates tem um lado totalitário na relação com os media?
O termo é demasiado forte e próprio de um regime que não é o nosso. Tolera mal as críticas e vive mal com elas.

O "Público" não se transformou numa espécie de oposição ao Governo?
Não me sinto nada líder da oposição, fiz imensos elogios a medidas deste Governo. Fiquei surpreendido quando o primeiro-ministro disse que eu era o seu melhor inimigo.

Essa guerra aberta não condicionou a forma de fazer jornalismo do "Público"?
Não é verdade. É normal que os Governos no início tenham um estado de graça, que com a passagem do tempo se vai desgastando. Os jornais reflectem isso, há mais noticiário negativo.

Nunca tivemos um primeiro-ministro tão escrutinado como este...
Se calhar também nunca tivemos um primeiro-ministro com tantos assuntos no seu passado que merecessem ser escrutinados. Motivos que a própria Justiça considerou deverem ser escrutinados, abrindo inquéritos, averiguações. Mesmo quando nenhum jornal disse haver crime. Como no caso da licenciatura, não se falou irregularidades. Eram procedimentos estranhos, pouco habituais para quem faz uma licenciatura...

Sente que há uma desconfiança pessoal de José Sócrates em relação a si?
Não lhe sei dizer. Não compreendo e não acho saudável uma relação de um primeiro-ministro com a imprensa que é determinada por ele gostar, ou não, das críticas que lhe são feitas.

O país é menos livre do que era há quatro,cinco anos?
Sim, por várias leis limitativas da liberdade de expressão: estatuto dos jornalistas, a forma como a ERC exerceu o seu mandato, o facto de durante muito tempo se sentir que os principais grupos de Comunicação Social estavam condicionados pela expectativa do que iria suceder com o quinto canal. Felizmente, não foi para a frente a pior dessas leis: a da concentração de meios. O que é objectivo é que descemos no ranking da liberdade de imprensa e isso não contando com o que se passou na TVI.

Não foi também a cultura jornalística que mudou? Há menos profundidade, menos investigação e reportagem...
De uma forma genérica os órgãos de Comunicação Social dispõem de menos meios do que no passado. Há a pressão de colocar as coisas no online. Reconheço isso no "Público". Reconheço que todos os dias cometemos erros. Há algumas características do jornalismo que, de uma forma genérica, se tornaram mais superficiais. Temos procurado contrariar isso, mas há uma tendência para alguma superficialidade e para muito sound byte. Não só por culpa dos políticos. Muitas vezes porque aquilo que se persegue é a reacção imediata. E isto não é um fenómeno só português.

O "Público é, hoje, um jornal pior do que era quando entrou?
É diferente. Tem mais espaço do que tinha para a opinião. Tem o P2 que nos obriga, diariamente, a aprofundar assuntos. Há dez anos, a média dos textos era maior. Mas os tempos mudaram. Há muitos mais canais de televisão, há a Internet, é um ambiente de comunicação completamente diferente. Temos um suplemento cultural muito mais forte. Damos menos importância à política do que quando cheguei. Mas o certo é que, se o jornal não tivesse influência nesta área, o primeiro-ministro não teria de dizer o que disse sobre nós.

O "Público" não está a acabar, então? Falava-se na hipótese da edição de papel se fazer apenas aos fins de semana...
Este ano toda a gente discutiu tudo abertamente. Não é um cenário que se coloque, seria suicidário.

E o "Público" pode mudar de mãos?
Nunca tive essa indicação por parte do accionista

A sua saída pode facilitar negócios?
Não sei. O que sei da intenção do accionista é o de que quer manter o "Público" fiel à sua matriz original de independência e com este tipo de jornalismo.

Acha que é uma coincidência o facto do dois jornalistas nomeados pelo primeiro-ministro no Congresso do PS - Manuela Moura Guedes e José Manuel Fernandes - saírem este ano dos seus lugares?
No meu caso é completamente coincidência. Tomei a decisão de sair, na minha cabeça, em Maio.

Não sente que pode ter esta leitura?
Não. Dizer que o "Público" lutou contra o primeiro-ministro é injusto, como é injusto dizer que esteve colado à agenda do Presidente. Tive muitas posições críticas em relação ao actual primeiro-ministro.

Não acha que foi imprudente ao aparecer no meio de uma iniciativa da campanha eleitoral do PSD?
Fui sempre assistir a comícios ou iniciativas de campanhas eleitorais. Esta foi a única em que fui eu o centro da notícia. Nalgumas das intervenções a que assisti até foram dadas notícias relevantes, mas só ligaram ao facto de eu lá estar.

Vai continuar na administração do Público?
Não sou administrador, sou jornalista. E vou continuar ligado ao jornal. Vou escrever opinião, numa coluna semanal, e a direcção quer que me encarregue da parte dos livros de não-ficção, escrevendo e pedindo a pessoas para escrever sobre isso. Se calhar não fico no quadro do "Público", mas isso ainda não está fechado. Fico ligado ao jornal e colaborarei com a direcção no que for preciso. Mas não fico, fisicamente, na redacção. Mas não vou ficar numa prateleira dourada. Nem sequer numa prateleira.

Sai porquê?
Por motivos pessoais e profissionais. Tenho nos últimos 20 anos sido sempre membro da direcção e 11 anos estive como director, e até mesmo administrador. E há muitas coisas no jornalismo que ainda gostaria de poder fazer. Gosto muito de ser jornalista. Vou ter mais disponibilidade para fazer coisas que, num trabalho de 16 horas por dia não posso. Como escrever.

As suas memórias?
Quem é que escreve memórias aos 52 anos? Não. Gostava de escrever, regressando a sítios onde fiz reportagens. Desenvolver e aprofundar matérias. E isto tem a ver com a saturação de um tempo que foi muito exigente. Em 20 anos nunca consegui fazer férias completas.

Parece a descrição de quem vai calçar as pantufas e ter uma vida calma.
Não sou capaz de ter uma vida calma. Senti que, ao fim destes anos todos, era possível uma substituição sem turbulência. Senti, também, que essa substituição era necessária. Os tempos exigem pessoas de uma geração mais nova. E eu não gostaria de ter de sair um dia por me dizerem que eu já não estava a dar. Preferi ser eu próprio a antecipar quando estava começar a não ter capacidade de mobilizar uma equipa a 120%. E foi uma decisão totalmente minha.

Pensa ter alguma actividade cívica ou política?
Política, não. Cívica, já tenho. Ajudo a minha mulher que é presidente dos Bombeiros de Almoçageme. O presidente da Assembleia Geral é o Correia de Campos. E não vou deixar de intervir no espaço público, vou continuar a dar aulas e conferências. O meu sonho não é ser presidente da Junta.


A nova directora

A partir do dia 1 de Novembro, o "Público" terá um novo nome no cabeçalho: Bárbara Reis, 41 anos, licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa é a nova directora. Jornalista do "Público" desde o seu começo - saiu do Expresso em 1989 - foi correspondente em Nova Iorque.

A convite das Nações Unidas foi para Timor-Leste como porta-voz do Alto Comissário da ONU, Sérgio Vieira de Mello, que acompanhou até à sua morte, em 2002, vítima de um atentado em Bagdad atribuído à Al-Qaeda.

Correio da Manhã de 25.10.09: Rangel hesita e Coelho acelera.


Paulo Rangel hesita em subir ao ringue para defrontar Pedro Passos Coelho num combate pela liderança do partido. Tudo porque as correntes mais influentes no PSD não o vêem como o candidato ideal e consideram que o tempo é de tréguas.

O eurodeputado encontrou-se quinta-feira à tarde, antes da reunião do Conselho Nacional, com líder do PSD e, segundo apurou o CM, saiu “sem saber o que fazer”. O problema, revelaram fontes do PSD ao CM, não está na falta de apoio de Ferreira Leite num duelo com Coelho, mas no facto de os sectores mais tradicionais do PSD, como os cavaquistas e barrosistas, não se reverem na candidatura de Coelho, que consideram de ancorada em ‘sound bites’, nem nutrirem grande simpatia por Rangel. Consideram, além disso, que é tempo de parar e pensar o partido. Isto é, definir o projecto e encontrar quem melhor o pode protagonizar.

Já Passos Coelho está a aquecer para a batalha. Fonte partidária revelou ao CM que ele e Ângelo Correia “já começaram a dar a volta pelo País” e terão contactado um dirigente distrital a pedir uma reunião. Um contacto desmentido por Miguel Relvas, apoiante de Passos Coelho: “Não é verdade! Não houve nenhum encontro em nome da candidatura.”

PORMENORES

PSD-PORTO ESPERA

O líder do PSD do Porto, Marco António Costa, revelou ao ‘CM’ que não fará qualquer declaração de apoio antes de Março ou Abril, pois em seis meses acontecem muitas coisas.

UNIDADE NO PARTIDO

Fernando Negrão diz que o futuro líder lutará pela "unidade do PSD e reunirá condições para resolver os problemas internos e do País.

CANDIDATO DE COIMBRA

O advogado Castanheira Barros está a reunir assinaturas para concorrer à liderança.

Correio da Manhã de 25.10.09: Entrevista a Narciso Miranda - "Ando com medo há muito tempo".


Narciso Miranda, socialista que se candidatou contra o PS em Matosinhos, diz que o processo de expulsão do partido é uma perseguição política, uma tentativa de o assassinarem politicamente, e que o ódio contra ele é tanto que anda com medo há muito tempo.

Correio da Manhã/Rádio Clube – Vai entregar o cartão de militante do PS ou deixa seguir o processo mesmo correndo o risco de ser expulso?

Narciso Miranda – Respondo-lhe a essa questão de uma forma extremamente pragmática. Eu não estou a atravessar um problema de qualquer dissidência. Eu não sou dissidente de nada. Eu sou de facto socialista. O que se passa é uma divergência política com vários contornos, designadamente contornos que no essencial assentam em questões de ordem política mas também em questões de ordem de método e em questões que têm a ver com uma coisa que é sagrada.

ARF- Qual?

- São os princípios constitucionalmente definidos aos quais toda a gente está obrigada, mesmo o PS. Portanto, não há aqui uma questão de dissidência, há aqui uma divergência que conduziu a uma condenação kafkiana e eu sou vítima de um processo kafkiano. Eu sou ameaçado de ser castigado por um delito de opinião e este processo é sustentado numa atitude inquisitória.

- Porquê?

- Repare. Eu não sei de nada. Eu só tenho conhecimento do que vem na Comunicação Social. Isto é uma questão absurda, chocante, perturbadora do ponto dos princípios, das regras, dos direitos mais elementares dos cidadãos.

ND – Não acha que violou os estatutos do PS ao candidatar-se contra o PS em Matosinhos?

- Eu volto a insistir. É um problema político de fundo. Eu não sou dissidente de nada. Mas se queremos falar dos estatutos vamos falar disso. Quem violou os estatutos em primeiro lugar não fui eu. Há uma violação grosseira dos estatutos em Matosinhos. Sabe que de acordo com os estatutos qualquer candidato a um cargo público tem de ser previamente decidido nos órgãos próprios do partido. E mais. Nos termos dos estatutos qualquer militante designado para um cargo, nos termos do artigo 19 ponto 1, tem de ser sujeito a um escrutínio secreto. E sabe uma coisa? Os candidatos à Câmara de Matosinhos pelo PS não passaram pela Comissão Política concelhia. Não houve debate, não houve votação, nem de braço no ar, muito menos secreta.

ARF – Os seus problemas com o PS começaram em 2004 quando aconteceram os incidentes na lota de Matosinhos e a morte de Sousa Franco.

- Está enganado. Eu aconselho-o a ler o relatório do processo da lota que foi elaborado por Almeida Santos, Vera Jardim e Jorge Lacão.

ARF – Exacto.

- E nesse relatório estou completamente ilibado. E na parte final quase que me pedem desculpa por proporem que eu não tinha condições políticas para me candidatar em 2005 à Câmara de Matosinhos. Mas nesse relatório há condenações propostas. É proposta a expulsão de um militante do PS.

ARF – Não é Manuel Seabra, o seu opositor?

- Não é. E sabe o que lhe aconteceu depois? É dirigente distrital do PS, é dirigente nacional do PS pela mão dessas pessoas que estão hoje à frente do PS. Neste PS há dois pesos e duas medidas. Não façam julgamentos na praça pública.

ARF – Eu não estou a julgar nada. Só lhe estou a fazer perguntas..

- Eu sei que não.

ND- Não acha que, na prática, o que lhe está a acontecer no PS é o resultado desse incidente de 2004? Não foi desconsiderado desde então?

- Eu não posso ser condenado eternamente. Não me deram nenhuma pena. E se não fui candidato em 2005 isso é eterno, para toda a vida?

ND – Nessa altura achou isso razoável?

- Politicamente tomei uma decisão assumida. Nove meses antes das Autárquicas comuniquei ao secretário-geral, a sós, num almoço a sós, que não seria candidato a nada, pararia naquele momento e não queria nada. E fico-me por aqui sobre essa conversa.

ARF – Teve essa conversa com este secretário-geral, José Sócrates?

- Foi uma conversa entre mim e José Sócrates, secretário-geral e candidato a primeiro-ministro que se realizou no dia 3 de Janeiro de 2005. Repare. As eleições Autárquicas só se realizaram nove meses depois. Nessa altura transmiti ao secretário-geral, livremente, que não seria candidato a nada, estava sereno, tinha cumprido a minha missão e nessa altura eu sei o que é que me foi dito pelo secretário-geral. Como foi uma conversa a dois fico-me por aqui. Eu si bem o que me foi dito.

ARF – E não quer dizer o quer foi dito?

- Repito mais uma vez. É por isso que digo: não me espicacem, porque eu sei bem o que me foi dito. E como me foi dito depois em duas conversas no gabinete de Sua Excelência o senhor primeiro-ministro, em que o primeiro-ministro José Sócrates teve duas longas conversas comigo e sei bem aquilo que me transmitiu e sei muito bem, tenho bem presente o que lhe transmiti. E fico-me por aqui para lhe dizer também que esta questão é também uma questão de carácter.

ARF – De carácter?

- Repito. De carácter. Exactamente.

ND – Esta questão é levantada pela distrital do Porto e não pelo secretário-geral? É isso que está a dizer?

- Eu devo perguntar qual é a opinião do líder do PS sobre estas atitudes inquisitórias, sobre estas tentativas de condenação por delito de opinião, sobre este processo kafkiano, sobre esta condenação. Condenado à morte política. Como é que isto é possível num país democrático, num Estado de Direito? Isto são atitudes de gente muito pequenina, politicamente pequeníssima, sem estatura para perceber estas questões.

ARF – Falou nos estatutos. Mas quem foi o candidato do PS que foi designado de acordo com os estatutos?

- Nenhum.

ARF – É isso que lhe estou a perguntar. Nenhum?

- Nenhum. Repito. Nenhum. Desafio o secretário-geral e o presidente do PS para avaliarem bem o que estou a dizer. Não falo de cor. Os estatutos não foram cumpridos, foram grosseiramente violados na escolha de candidatos à Câmara de Matosinhos.

ARF – Não foi só à Câmara de Matosinhos. Pelos vistos em todo o País.

- É mentira. Diga-me uma Câmara em que a Comissão Política não tomou uma decisão.

ARF – Com voto secreto?

- Exactamente. Eu não conheço nenhuma.

ARF – Acha que em Lisboa o António Costa foi escolhido por voto secreto?

- Vamos imaginar, que eu não ando a fiscalizar os actos das concelhias, que há mais uma conhecia que não cumpriu os estatutos. Que relevante tem esse facto para o que lhe estou a dizer? Os estatutos não foram cumpridos.

ARF – Em Matosinhos.

- Vou-lhe repetir. Os estatutos do PS são claros. São claros quando dizem que nenhum militante se pode candidatar contra o PS como são claros quando dizem que as candidaturas às Câmaras têm de ser apresentadas na Comissão Política concelhia e votadas por voto secreto. E isso não aconteceu em Matosinhos.

ARF – Nos anos em que foi candidato foi sempre escolhido por voto secreto?

- Sempre votação em todos os órgãos da Comissão Política concelhia, excepto quando há consenso e se vota a lista do candidato designado a presidente de Câmara. Mas nem isso aconteceu agora. Mas este problema comigo é político, estou condenado à morte política, sem direito de defesa, numa atitude inquisitória, por delito de opinião, num processo kafkiano, que aponta para uma acção de purga, no sentido de criar as condições para pensamento único e agora o absurdo.

ARF – Qual absurdo?

- Até me apetece chorar quando digo isto. Isto acontece no PS, como é que isto é possível?

ND – Continua a ser militante socialista?

- Eu sou socialista de convicções e tomara eu que toda a gente que tem responsabilidades aos diversos níveis defendesse tão convictamente a declarações de princípios do PS e os seus valores. E agora estão a fazer alianças com o PSD para manter tachos. Que vergonha. Como é que isto é possível no meu partido? Peço ao secretário-geral do meu partido que diga uma palavra sobre isto. Uma palavra que seja.

ARF – Acredita que Sócrates vá dizer alguma coisa sobre isso?

- O que é que está subjacente à sua pergunta? Que a vida política em Portugal com uma carga de hipocrisia?

ARF – O Narciso Miranda conhece-o melhor do que eu. Há bocado referiu que teve três conversas com ele.

- Mas está a querer dizer que a vida política em Portugal se faz com uma carga de hipocrisia?

ARF – Mas é verdade ou não?

- Eu não quero acreditar que isso aconteça. Nem isso me fará desistir. Porque eu sou um combatente. Já muita gente me tentou enterrar politicamente vivo. Esta é a terceira tentativa. Não vão conseguir. Eu sou um resistente. E esta questão tem contornos de uma questão de carácter. Eu vou resistir a todas as perseguições pessoais e familiares.

ND – Vai cumprir o seu mandato de vereador em Matosinhos?

- As pessoas enganam-se muito a meu respeito. Eu nunca exerci o poder para ter poder. Nunca fiquei deslumbrado pelo poder. Eu sou contra estes ódios, estas tentativas de vingança. Desde as eleições só se fala em ódio, em vingança. Meu Deus. Tanta intolerância insustentável, insuportável.

ARF – Está a falar do PS.

- Não misturem o PS instituição com isto.

ND – Mas o PS são as pessoas que o dirigem neste momento.

- Pessoas? Está a falar da massa anónima?

ND – Estou a falar dos dirigentes.

- Ah sim, mas os dirigentes passam e o PS fica.

ARF – Mas é com esta direcção do PS que isto acontece.

- Espero que não pense que tudo é chafurdice na vida política.

ARF – O PS é dirigido por José Sócrates com quem falou três vezes e é agora que tudo acontece.

- Disse que tive conversas mas não disse qual foi o tema da discussão.

ARF – Eu sei. Mas as críticas que faz ao PS. Aos dirigentes do PS.

- Sim, aos dirigentes do PS. Eu tenho grande respeito pelos militantes.

ARF – Sim. Mas acha que a direcção do PS viola um conjunto de princípios. Viola a democracia, a liberdade.

- Mas eu não falo em conceitos. Nem em princípios. Eu apontei factos.

ARF – Como é que o Narciso Miranda olha para este PS? O PS de José Sócrates?

- Os partidos têm obrigação de dar o exemplo, respeitando os princípios estabelecidos.

ARF – Mas reconhece-se neste PS?

- Reconheço-me na declaração de princípios do PS.

ARF – Mas isso é outra coisa.

- Nos valores, nas regras.

ND – Há divergências entre a prática e os princípios?

- Está a ir à questão que eu quero. O que se passa em Matosinhos é uma divergência política. Por isso é que eu peço ao secretário-geral que fale sobre isso.

ARF – Não sei se é um homem de fé. Mas acredita nisso?

- Mais importante de ser um homem de fé sou um homem de honra. A honra é para mim sagrada. E isto tem muito a ver com carácter. Mas neste momento tenho de ser cauteloso.

ARF – Este PS tem caras, tem dirigentes nacionais.

- Hão-de passar. Se Deus quiser hão-de passar.

ARF – Hão-de passar?

- Hão-de passar.

ARF – Não ajudou Sócrates a ser eleito?

- Ajudei. E do ponto de vista político está a fazer um bom trabalho. Falta olhar um pouco para dentro do PS.-

ARF – O PS existe para além de José Sócrates neste momento?

- Claro que existe. Meu Deus.

ARF – O Narciso Miranda é uma vítima da asfixia democrática?

- Eu sou vítima de uma coisa muito mais grave. Vítima de ódios pessoais e vinganças. Nestes últimos quinze dias só foram transmitidas mensagens de ódio e intolerância.

ARF – Com este PS e com este secretário-geral o seu processo vai culminar com diálogo ou coma sua expulsão?

- Eu não tenho nada a apontar ao secretário-geral.

ARF – Mas é secretário-geral.

- O secretário-geral sabe bem as três conversas que teve comigo e sabe bem as respostas que eu lhe dei. E tenho a certeza que ele não tem uma pequeníssima coisa a apontar-me. Ele sabe que enfrentou um homem com carácter, com princípios. E nas três vezes disse-lhe que ele não me conhecia bem. Que eu era um homem de carácter.

ARF – Como é os cidadãos podem olhar para este PS depois de ouvir? Com algum medo?

- Eu Matosinhos há muito medo e em outros lados também. Exactamente. Tem razão. Há medo.

ARF – Há medo, não é?

- Medo. Eu tive medo se ser perseguido. Medo do que me fizeram há cinco anos. Eu ando com medo há muito tempo. Eu sou ameaçado. A minha família é perseguida.

ARF – Não acha que isso é muito grave?

- É muito grave.

Correio da Manhã de 25.10.09: Espionagem chinesa rouba dados pessoais.


A rede de espionagem Ghostnet, instalada na China, copiou processos judiciais portugueses, roubou dados pessoais de identificação nos serviços de Registo e Notariado e transformou o programa informático da justiça, intitulado Citius, num verdadeiro queijo suíço.

São muitos milhares os documentos devassados.

O CM apurou que essa é a realidade que começa a emergir na investigação portuguesa à empresa Trusted Technologies e aos dois arguidos já constituídos, que copiaram a informação dos sites chineses da Ghostnet.

A análise à informação recolhida nas buscas de anteontem está a permitir à PJ reconstituir o puzzle da devassa informática levada a cabo.

O ataque dos piratas chineses, segundo apurou o CM, demonstra a grande vulnerabilidade da rede informática da Justiça (programa Citius) e põe em xeque o segredo de justiça.

Só o sistema da Polícia Judiciária de gestão dos inquéritos-crime terá escapado à intrusão dos piratas informáticos, que, no entanto, copiaram vários documentos de procedimentos internos. Nas magistraturas, porém, receia-se o pior, já que o Citius terá evidenciado uma enorme vulnerabilidade, segundo disseram as fontes contactadas pelo CM. Há mesmo quem tenha feito a comparação com um queijo suíço, permitindo aos piratas aceder a processos em segredo de justiça.

Na área dos Registos e Notariados terão sido copiados documentos relacionados com dados pessoais de identificação e a investigação está a apurar se foi atacada a base de dados do Cartão do Cidadão.

JUÍZES NÃO CONFIAM NO CITIUS

O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portuguesas, António Martins, reiterou ontem as conclusões de um estudo realizado em Julho, no qual a maioria dos juízes não confia no sistema informático Citius, alvo de espionagem por uma rede criminosa chinesa.

António Martins recusou comentar as vulnerabilidades demonstradas pela acção da Ghostnet, por ter sido aberto um inquérito judicial.

Em Julho, no estudo realizado pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses sobre os primeiros seis meses de Citius, o programa revelava sérias fragilidades: 60% dos juízes não confiaram na fiabilidade e na segurança do sistema, 75% disseram que era ineficaz e 79% afirmaram que demoravam mais do dobro do tempo no expediente diário nos processos em comparação com o trabalho realizado sem o Citius (de três minutos e meio para sete minutos e meio por processo).

O bloqueio do sistema foi outra das queixas.

DISCURSO DIRECTO

"INVESTIGAÇÃO EM PERIGO", Rui Cardoso, Sec. geral do Sind. Magistrados do MP

Correio da Manhã – Quais os riscos de espiões invadirem o programa informático do Ministério da Justiça?

Rui Cardoso – Confirmado que o sistema é vulnerável, está em risco o nosso trabalho. A investigação criminal fica em perigo e o segredo de justiça seriamente comprometido. Os processos contêm também dados da vida privada que devem ser protegidos.

– 0 vosso sindicato sempre foi crítico para com o programa informático Citius?

– Sim, por três razões: a questão da segurança que agora é colocada em causa; o próprio programa por si não satisfazer todas as necessidades do sistema; e por haver dados do Ministério Público e dos Tribunais geridos por institutos do Ministério da Justiça.

– Verificada a espionagem, o que deve ser feito?

– Suspender os programas para lhes garantir segurança. Mesmo que seja preciso parar um dia ou uma semana.

Sol de 23.10.09: Sindicato defende levantamento rigoroso de necessidades de magistrados.


João Palma falava no Funchal, no final de uma visita de trabalho que o SMMP efectuou sexta-feira à Região Autónoma da Madeira, da qual fez «um balanço muito positivo» dos encontros com o presidente do Governo Regional, Representante da República, responsável da secção regional do Tribunal de Contas e os magistrados em funções no arquipélago.

«É altura, quando se prepara novo curso do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), que a Procuradoria-Geral da República faça um levantamento rigoroso das necessidades de magistrados ao nível do país, e em particular da Madeira, para indicar ao CEJ e ao Ministério da Justiça qual o número de magistrados que precisamos no Ministério Público», disse.

João Palma acrescentou que como «vai ser aberto um curso extraordinário de formação de magistrados, se este não tiver vagas suficientes, os efeitos do curso serão anulados».

«Apelo ao Conselho Superior do MP e à Procuradoria-Geral da República que faça um levantamento rigoroso das necessidades do país e indique ao Ministério da Justiça para que esse curso tenha vagas necessárias», acrescentou.

O responsável do sindicato referiu que a Madeira tem algumas carências de quadros de magistrados do MP e funcionários, sendo «cada vez mais complicado e difícil, face à procura dos tribunais e ao aumento do número de inquéritos, o Ministério Público responder com eficácia à investigação criminal».

Segundo João Palma, esta região ainda tem de recorrer aos serviços de alguns representantes, pelo que precisava de ter mais três magistrados do MP.

O responsável apontou ainda que a área da Família e Menores «é muito sensível» também na Madeira, onde existe apenas um tribunal com competência especializada no arquipélago, no Funchal, defendendo que a Procuradoria-geral «deve ponderar a possibilidade de alargamento dessa competência a outras comarcas da região».

Outro dos problemas verificados na Madeira é o da rotatividade dos magistrados, sustentando o presidente do SMMP que devem ser criados incentivos e condições para que os magistrados se fixem na Madeira “a um ritmo menos acelerado”.

«É complicado fixarem-se, são na maioria oriundos do continente, há o problema da separação da família e é preciso criar incentivos ao nível do subsídio de insularidade, que é insuficiente», argumentou.

Para João Palma, é preciso «olhar para isso com muita atenção, se se quiser que a Madeira tenha o quadro necessário de magistrados para garantir a regularidade de trabalho que é necessário assegurar».

Segundo o responsável do sindicato, é importante desenvolver toda uma área de incentivos e condições «para evitar que os magistrados passem episodicamente pela região, com efeitos negativos ao nível do serviço».

Lusa / SOL

sábado, 24 de outubro de 2009

LISTA DE ALGUNS MAÇONS QUE ESTÃO A "SUGAR" PORTUGAL.




“OS PERSONAGENAGENS”

AS LIGAÇÕES PODEROSAS E PERIGOSAS DA ORGANIZAÇÃO
QUE NÃO QUER APARECER



“A MAÇONARIA POR DENTRO”


Estrutura dirigente da GLRP



Mário Martins Guia - Grão-mestre / Norton de Matos

José Moreno - Vice-grão-mestre / Mercúrio

Júlio Meirinhos - Vice-grão-mestre / Rigor

Paulo Noguês - Assistente de grão-mestre / Brasília

Luís Lopes - Assistente de grão-mestre / Marquês de Pombal

R. LeIé - Assistente vice-grão-mestre moreno I Mestre Afonso Domingues

A. Rente - Assistente vice-grão-mestre meirinhos / Egitânia

José Coelho Antunes - Grande secretário INorton de Matos

I. Fonseca - Vice-grande secretário / Norton de Matos

Manuel Martins da Costa - Assistente de / grande secretário / Marquês de Pombal

Mário Gil Damião da Silva - Assistente de grande secretário I Norton de Matos

J. A. Ferreira - Grande correio-mor / Estrela da Manhã

Alcides Guimarães - Primeiro grande vigilante / Rei Salomão

L. Homem - Segunda grande vigilante / Conímbriga

Augusto Castro - Vice-primeiro grande vigilante / Anderson

R. Cruz - Vice-segundo grande vigilante / Portus Calle

Francisco Queiroz - Grande capelão / Teixeira de Pascoaes

Benito Martinez - Vice-gronde capelão / Quinto Império

Mário Máximo - Grande orador / Nova Avalon

H. Veiga - Vice-grande orador / Bispo Alves Martins

Vítor Gabão Veiga - Grande hospitaleiro e esmoler / Soliditas

António Vicente - Grande arquivista e bibliotecário I Harmonia

Arnaldo Matos - Grande porta-estandarte / Miramar

Manuel Cabido Mota - Grande superintendente e guardião do templo / Harmonia

Luís Honrado Ramos - Grande mestre de cerimónias / Almeida Garrett

Miguel Cardina - Primeiro grande experto / Mestre Afonso Domingues

Luís Pombo - Segunda grande experto / Miramar

Esmeraldo Mateus Vivas - Segundo grande experto / Marquês de Pombal

Manuel Pinto - Grande organista / Porto do Graal

Nuno Jordão - Grande porta-espada I Nova luz

J. Ruah - Grande inspector I Mestre Afonso Domingues

João Oliveira e Silva - Grande inspector I Fernando Pessoa

Edgar Gencsi - Grande inspector I Miramar

Manuel Sacavém - Grande inspector / Lusitânia

Nuno Silva - Vice-grande inspector / Fernando Pessoa

José Fernando d’AIte - Vice-grande inspector / Almeida Garrett

G. Ribeiro - Vice-grande inspector I Aristides Sousa Mendes

Manuel Tavares Oliveira - Vice-grande inspector / Anderson

José Oliveira Costa - Assistente grande inspector / Bispo Alves Martins

Armando Anacleto - Assistente grande inspector / Egitânia

António Delfim Oliveira Marques - Assistente grande inspector / Egas Moniz

Jorge Vilela Carvalho - Assistente grande inspector I Astrolábio

Paulo Albuquerque - Assistente grande inspector / Lusitânia



Membros do Governo e Deputados

(Nomes que são da Maçonaria ou, em algum momento, foram Membros)


Rui Pereira (actual ministro da Administração Interna e ex-director dos serviços secretos)

António Castro Guerra (actual secretário de Estado adjunto, da Indústria e Inovação)

António Arnaut (ex-ministro socialista)

Jorge Coelho (ex-ministro socialista)

António Vitorino (ex-rninistro socialista, entretanto expulso do GOL)

Isaltino Morais (ex-ministro social-democrata e actual presidente da Câmara de Oeiras)

Almeida Santos (ex-ministro e ex-presidente do Parlamento)

João Cravinho (ex-ministro socialista)

Armando Vara (ex-ministro PS e actual administrador da CGD)

Rui Gomes da Silva (deputado e ex-ministro do PSD)

Carlos Zorrinho (ex-secretário de Estado PS e coordenador do Plano Tecnológico)

Fausto Correia (eurodeputado e ex-secretário de Estado socialista)



Juristas, Diplomatas e Espiões


António Lamego (advogado)

António Pinto Pereira (advogado)

José António Barreiras (advogado)

Diamantino Lopes (ex-vice-bastonário da Ordem dos Advogados)

Rodrigo Santiago (advogado)

Nuno Godinho Matos (advogado)

Guerra da Mata (advogado)

Miguel Cardina (advogado)

Manuel Pinto (advogado)

Luís Moitinho de Oliveira (advogado)

Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PS)

Ricardo da Velha (desembargador jubilado e exparticipante no programa televisivo O Juiz Decide)

Jorge Silva Carvalho (chefe de gabinete de Júlio Pereira, director do Serviço de Informações da República Portuguesa)

José Manuel Anes (director da revista Segurança e Defesa)

José Fernandes Fafe (diplomata)

Fernando Reino (diplomata jubilado)



Gestores, Médicos e Militares


Abel Pinheiro (administrador da Grão-Pará)

Maldonado Gonelha (administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde socialista)

Fernando Lima Valadas (gestor da construtora Abrantina)

Amadeu Paiva (administrador da Unicre)

Carlos Monjardino (presidente da Fundação Oriente)

José Miguel Boquinhas (médico, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e ex-secretário de Estado socialista)

Germano de Sousa (ex-bastonárioda Ordem dos Médicos)

Cipriano Justo (médico e sindicalista)

Jacinto Simões (médico e ex-director do Hospital de Santa Cruz)

Santinho Cunha (médico legista)

Vasco Lourenço (militar de Abril)

Palma lnácio (ex-resistente antifascista e LADRÃO)



Professores, Arquitectos, Escritores, Músicos e "Outros"


José Júlio Gonçalves (ex-reitor da Universidade Moderna)

António de Sousa Lara (professor e exsubsecretário de Estado da Cultura socialdemocrata)

Lemos de Sousa (professor catedrático)

Jorge de Sá (professor e director da empresa de sondagens Aximage)

Fernando Condesso (professor)

José Manuel Fava (arquitecto e ex-sogro de José Sócrates)

Troufa Real (arquitecto)

José Jorge Letria (escritor)

Mário Zambujal (escritor)

José Fanha (escritor)

Fausto (cantor)

Carlos Alberto Moniz (cantor)

José Nuno Martins (apresentador)

Nicolau Breyner (actor)

Moita Flores (argumentista e presidente da Câmara Municipal de Santarém)

Henrique Monteiro (director do jornal Expresso)

João Proença (secretário-geral da UGT)

Agência Financeira de 24.10.09: Pobreza estrutural em Portugal pode chegar aos 40%.


«Não aceito esta vergonha no nosso país», diz presidente da AMI

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) afirmou esta sexta-feira, no Funchal, que a taxa de pobreza poderá rondar os 40 por cento se incluir o número de pessoas com rendimento social de inserção e complemento social para idosos.

«Não aceito esta vergonha no nosso país», disse o médico, durante o 3º congresso nacional dos economistas, acrescentando que existe uma «pobreza estrutural no país».

«Combater a pobreza é uma causa nacional», frisou ainda Fernando Nobre, que considera que uma análise mais profunda à situação poderá indicar que a taxa da pobreza em Portugal poderá rondar os 40%, se fossem tidos em conta os números dos que usufruem do rendimento social de inserção e do complemento solidário para idosos.

Frasquilho defende poupanças no Estado para pagar políticas sociais

O economista Miguel Frasquilho, também presente no Congresso dos Economistas, defendeu que a redução das despesas de funcionamento do Estado e da dívida externa assim como o crescimento robusto da economia para Portugal enfrentar os desafios futuros na área das políticas sociais.

Ao intervir no painel das políticas sociais no Congresso dos Economistas, este economista apontou que, para enfrentar as despesas ligadas às pensões e à Saúde, «que vão aumentar», Portugal tem que «actuar em outras áreas, nomeadamente ao nível das despesas de funcionamento do Estado com pessoal e consumos internos porque senão teremos a despesa pública a aumentar de forma explosiva».

Miguel Frasquilho considerou ser «insuportável» para a economia portuguesa mais um amento de impostos para ultrapassar os défices da dívida pública e externo pelo que defendeu a criação de medidas de robustecimento da economia portuguesa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Facebook: Combate à Maçonaria. Discussão on-line no fórum do GAMP.

No Facebook foi criado um Grupo Anti-Maçonaria Português.

http://www.facebook.com/event.php?eid=181231270991&ref=nf

Investigação sobre a Maçonaria.


“INVESTIGAÇÃO” o universo secreto da maçonaria
AS LIGAÇÕES PODEROSAS DA ORGANIZAÇÃO QUE NÃO QUER APARECER
A MAÇONARIA POR DENTRO
São militantes do PS, do PSD e do CDS; são ministros, diplomatas e elementos dos serviços secretos.
De venda negra a cobrir os olhos, com a perna esquerda das calças arregaçada e uma parte do peito completamente à mostra, aquele que ainda hoje é um dos homens mais influentes de Portugal conseguia apenas distinguir sons, vozes e instruções dadas pelo venerável mestre da loja maçónica a que estava prestes a aderir como maçon aprendiz. Na derradeira prova antes de poder ser um membro de pleno direito do Grande Oriente Lusitano (GOL), fizeram-no dar três voltas completas, de olhos vendados, ao templo maçónico - todas elas com um significado simbólico. Sempre acompanhado pelo mestre de cerimónias, o homem que se certifica de que o ritual é escrupulosamente cumprido, superou o teste. Pelo caminho, teve de ouvir barulhos de espadas a bater no chão e mulheres a bater nas madeiras e teve de sentir o calor do fogo e a temperatura fria da água. Já com os percursos feitos sempre da esquerda para a direita da loja; que é como quem diz das trevas para a luz -, mas ainda de olhos vendados, foi conduzido ao altar. Estava na altura de finalmente ser iluminado pela figura do venerável. Ao cair da venda, veria a luz.
Viu mais do que isso: um conjunto de homens com aventais de cores e disposições variadas, alinhados como numa parada militar. À sua frente, o líder da loja levantou uma espada que atravessava o testamento maçónico que escrevera antes de entrar na loja, numa câmara escura e sombria, com caveiras humanas desenhadas nas paredes. Nesse pedaço de papel registara as suas últimas reflexões profanas, que começavam agora a ser despedaçadas pelas chamas. Jorge Coelho - um dos mais influentes militantes da história do Partido Socialista estava a entrar num mundo desconhecido da maior parte dos portugueses: - o universo secreto da maçonaria.
ANTES DELE - QUE CHEGOU ao GOL há pelo menos seis anos, durante o grãomestrado de Eugénio de Oliveira (1996 / 02) -, muitas outras figuras influentes da sociedade portuguesa passaram pelo ritual iniciático. Entre elas, Almeida Santos (ex-presidente da Assembleia da República), António Vitorino (antigo ministro socialista da Defesa e excomissário europeu), João Soares (ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa), João Cravinho (ex-ministro das Obras Públicas e actual administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento), Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), Maldonado Gonelha (administrador da Caixa Geral de Depósitos e exministro da Saúde), Isaltino Morais (presidente da Câmara Municipal de Oeiras) e António de Sousa Lara (ex-subsecretário de Estado da Cultura de um governo de Cavaco Silva e professor, que acabou envolvido no escândalo da Universidade Moderna). Esta é uma curta lista entre milhares de nomes, divididos por várias obediências - as mais representativas são o Grande Oriente Lusitano (GOL), liderado pelo ex-deputado sodalista António Reis, e a Grande Loja Regular de Portugal (GLRP), dirigida pelo escritor Mário Martin Guia - que se movem em todos os sectores de actividade. É a acção conjunta destes homens, que se reúnem entre as paredes discretas dos templos maçónicos, repletos de símbolos e artefactos, que forma o designado "lóbi maçónico".
O último episódio demonstrativo da proximidade entre a maçonaria e o poder surgiu na mais recente remodelação governamental. António Costa saiu para ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa e, para seu sucessor na pasta da Administração Interna, foi designado Rui Pereira, que hoje é visto como um dos nomes mais fortes do GOL. Fez parte da Loja Convergência, liderada por Luís Nunes de Almeida, o ex-presidente do Tribunal Constitucional (TC) falecido em 2004 e em cujo funeral maçons de várias lojas e obediências fizeram - sem o conhecimento do prior Horácio Correia, responsável pela Basílica da Estrela – uma cadeia de união (ritual maçónico em que todos dão as mãos e proferem as últimas palavras de homenagem ao morto). O acto decorreu discretamente na casa mortuária, longe dos olhos de elementos não maçons, os "profanos".
Frequentador assíduo destas e de outras reuniões maçónicas, Rui Pereira dividiu ultimamente tarefas entre a visível coordenação da Unidade de Missão para a Reforma Penal e a presidência-sombra do Supremo Tribunal Maçónico, que acabou por abandonar, segundo fontes do GOL, quando foi há poucos meses escolhido pelo PS para integrar o Tribunal Constitucional. Hoje faz parte da Loja Luís Nunes de Almeida - criada em homenagem ao jurista falecido após a cisão registada na Loja Convergência, que continuou a ter, entre outros membros, Luís Fontoura, social-democrata e ex-secretário de Estado da Cooperação dos governos de Balsemão, e Abel Pinheiro, administrador da Grão-Pará e o ex-homem-forte das finanças do CDS, arguido no processo judicial Portucale. Contactado pela SÁBADO, Abel Pinheiro assume uma ligação de mais de 20 anos à maçonaria, considerando que esta “não tem qualquer espécie de poder”.
SE NÃO TEM PODER oficialmente, pelo menos está "representado" em vários órgãos de poder. Rui Pereira, o actual ministro da Administração Interna, já foi director, entre 1997 e 2000, do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e mantém desde então relações próximas com o mundo da espionagem portuguesa. Rui Pereira - que não quis falar com a SÁBADO sobre a sua ligação à maçonaria - é também olhado como uma ponte entre o GOL e a GLRP [Grande Loja Regular de Portugal], através do seu grande amigo José Manuel Anes. Além de ser hoje grão-mestre honorário da GLRP, Anes é director da revista maçónica Aprendiz e da publicação Segurança e Defesa, lançada em Outubro de 2006 pela editora Diário de Bordo, e onde escrevem vários elementos ligados aos serviços secretos.
Os membros da maçonaria têm marcado presença na definição das opções do País, em especial junto de governos socialistas. Há áreas em que os maçons actuaram desde sempre, como a administração interna e os serviços de informações, e outras em que a sua influência é grande. Os governos de António Guterres são um exemplo claro. Jorge Coelho, enquanto ministro da Administração Interna, teve como secretário de Estado Armando Vara - outro maçom, que hoje é administrador da Caixa Geral de Depósitos, nomeado pelo Governo. No exercício das suas competências, Coelho nomeou em 1997, para dirigir o SIS, Rui Pereira, que acabou por sair três anos depois para ocupar o cargo de secretário de Estado da Administração Interna. Jorge Coelho - que não quis falar à SÁBADO de maçonaria ("Nunca falei disso com ninguém, mas vou ter muito gosto em ler o artigo") - já então tinha trocado a pasta da Administração Interna pela do Equipamento Social e Rui Pereira ficou sob a alçada de Alberto Costa, hoje ministro da Justiça e que desmentiu à SÁBADO qualquer ligação à maçonaria. NESSE MESMO GOVERNO, em 2000, Fausto Correia, outro histórico do Grande Oriente Lusitano, ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto do ministro de Estado, o seu amigo e "irmão" Jorge Coelho. Noutra área, a dos Assuntos Fiscais, estava o advogado de Carlos Cruz no processo Casa Pia, Ricardo Sá Fernandes, também ele membro do GOL. Mas a presença dos maçons no executivo de António Guterres não pára aqui.
Na área da Habitação estava Leonor Coutinho, há muito mestre na Grande Loja Feminina de Portugal. O secretário de Estado da Saúde era José Miguel Boquinhas (maçom e amigo de Jorge Coelho, de quem passou a ser sócio numa clínica de exames laboratoriais, a Fisiocontrol), que chegou a candidatar-se, há cerca de três anos, a bastonário da Ordem dos Médicos com fortes apoios de médicos (até sindicalistas) maçons. Acabou por perder para Pedro Nunes, o actual bastonário, que por sua vez sucedeu a Germano de Sousa, outro elemento do GOL. Também Rui Cunha, um maçom do GOL recentemente nomeado pelo Governo para provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi secretário de Estado adjunto do ministro do Trabalho e da Solidariedade. Ainda no mesmo Executivo, Armando Vara, depois de ter desempenhado as funções de secretário de Estado da Administração Interna, foi nomeado ministro da Juventude e do Desporto. Carlos Zorrinho, que era na altura secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, entrou há pouco para o GOL.
Segunda-feira, 18h30, Janeiro de 2007. Dois homens de fato escuro e gravata saem do n.º 17 da Rua João Saraiva, em Alvalade, e atravessam apressadamente a estrada neste fim de tarde já escuro. Dirigem-se a uma carrinha cinzenta Citroën C5. Abrem a mala, retiram aquilo que parecem roupas dobradas e uma maleta de cabedal preto, com pequenas rodas, que um deles arrasta pelo chão. Num instante, já estão a regressar ao edifício, mas ainda falta cerca de meia hora para a reunião da Loja Mercúrio, talvez a mais secreta da maçonaria regular portuguesa. À medida que o tempo vai passando, começam a chegar os carros. Um BMW 520i segue devagar, o motorista leva-o algumas dezenas de metros adiante, dobra a esquina e estaciona. Jorge Silva Carvalho, o chefe de gabinete que o secretário-geral do SIRP (Serviço de Informações da República Portuguesa) requisitou ao SIS, sai do banco traseiro, ajeita o fato azul-escuro e põe-se calmamente a caminho, deixando para trás o carro que é propriedade da secreta militar e que, desde 2002, foi cedido ao gabinete do director do SIRP, Júlio Pereira. Quase no mesmo instante, mas do outro lado da rua, o motorista de um BMW propriedade da Câmara Municipal de Oeiras estaciona e um homem sai apressado em direcção ao edifício degradado. É Isaltino Morais, que se junta a Emanuel Martins, líder do PS de Oeiras e um dos 17 maçons presentes na reunião de irmãos que se vai prolongar por mais de duas horas. Emanuel Martins tem sido o principal responsável pelo facto de Isaltino Morais ainda não ter caído da presidência da câmara: contra todas as expectativas, o líder da oposição tem vindo a manifestar solidariedade para com o autarca e seu "irmão", acusado pelo Ministério Público dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e abuso de poder. Questionado pela SÁBADO sobre o assunto, Isaltino Morais não quis falar. Por essa altura, já outros carros topo de gama procuram estacionamento. Alguns estão a coberto do anonimato assegurado pelos registos - uns são Mercedes em leasing, outros são Audis registados em nome de empresas. Outros nem tanto, como são o caso de um Citroën C5 azul guiado por Paulo Miranda, o homem que foi vice-presidente do Conselho Nacional do CDS, ou o Opel Vectra que é propriedade do ex-reitor da Universidade Moderna, Britaldo Rodrigues.
Hoje é dia de iniciações de aprendizes, gente que vai entrar nos segredos da maçonaria. Um homem de cerca de 50 anos parece perdido. Olha para os edifícios em redor, agarra no telemóvel e obtém a confirmação do número da porta. Lá dentro, no andar superior ao corredor dos Passos Perdidos (onde são afixados os nomes de quem está em vias de ser iniciado), José Moreno, o social-democrata subdirector do Gabinete de Planeamento do Ministério das Finanças, e Paulo Noguês, especialista em marketing político e institucional, estão a postos para iniciar os rituais secretos da Grande Loja Regular de Portugal, que serão inevitavelmente seguidos de um ágape, uma espécie de convívio de homenagem aos recém-admitidos.
OS NOVOS “IRMÃOS” terão aí a oportunidade de, pela primeira vez, tomar contacto com a linguagem codificada da instituição: obedecendo às instruções dos mestres (o grau máximo que se pode atingir numa loja maçónica), pegam num "canhão" (copo), "carregam-no" (enchem-no) de "pólvora forte branca" (vinho branco) ou, em alternativa, de "pólvora forte vermelha"ite (vinho tinto) ou de "pólvora explosiva" (champanhe); "alinham" (colocam os copos em linha) e "fazem fogo" (bebem). A bebida é frequentemente acompanhada de "materiais" (comida). Há quem opte por colocá-los na "telha" (prato), agarrando na "trolha" (colher) ou no "tridente" (garfo), para de seguida "demolir os materiais" (mastigar). Para que o ambiente permaneça descontraído, é possível experimentar "pólvora do Líbano" (tabaco) ou "fazer fogo" com "pólvora fulminante" (licor). Normalmente este ritual tem lugar na sede da própria obediência, mas o edifício degradado em que funciona a maçonaria regular, situado em Alvalade, não é propício a grandes convívios. Resultado: os "irmãos" preferem carregar a simbologia para o restaurante mais próximo, onde discretamente convivem ao jantar. Como aconteceu nessa noite.
A GLRP é uma verdadeira salada de frutas de políticos. Reúne socialistas e monárquicas, sociais-democratas e centristas. Todos se dizem homens bons à procura do aperfeiçoamento individual e da humanidade, mas poucos se questionam sobre alguns dos episódios polémicos daquela obediência em Portugal, como o da estratégia montada durante largos meses pela direcção da Grande Loja para conseguir uma nova sede - um palacete situado em pleno Príncipe Real, em Lisboa - cedida pelo ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues. Para "seduzir" o agora recandidato, a GLRP até lhe atribuiu uma importante condecoração maçónica, a grã-cruz da Ordem Honorífica Gomes Freire de Andrade. A divulgação do caso pela SÁBADO, em Abril, levou o vereador do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, a fazer um requerimento para saber exactamente o que tinha sido acordado. Nunca obteve resposta, mas, ao que tudo indica, o palacete vai mesmo chegar às mãos da GLRP. De resto, o universo da autarquia lisboeta é um autêntico caldeirão maçónico. A SÁBADO sabe que o antigo chefe de gabinete de Carmona Rodrigues, Cal Gonçalves, é maçom. O mesmo sucede com vários membros da oposição no PS Lisboa, como Rui Paulo Figueiredo, que pertence à Loja Mercúrio, ou Miguel Coelho, líder da distrital do partido, Dias Baptista, líder do PS na autarquia, ou ainda Rosa do Egipto (recém-nomeado administrador da EPUL), Arnaldo João (advogado e ex-EPUL) e Gonçalo Velho (PS de Carnide). Em declarações à SÁBADO, José Manuel Anes afirma que ainda não acredita que o negócio em causa estivesse em marcha: "Estou profundamente triste pelo que li na vossa revista. Fiquei de boca aberta. A minha sensibilidade maçónica ficou ofendida". Nandim de Carvalho, ex-grão-mestre da GLRP, não percebe Anes: "Isso não tem ponta por onde se lhe pegue. É uma declaração ininteligível." E Nandim de Carvalho não fica incomodado com o secretismo com que toda a operação estava a ser planeada.
SEGUNDO DOCUMENTOS a que a SÁBADO teve acesso, também já houve comendas atribuídas aos presidentes das Câmaras de Setúbal e Palmela, respectivamente, Carlos Sousa e Ana Teresa Vicente. As autarquias são outro dos sectores onde a maçonaria também tenta ter uma presença forte. Em Maio e Junho de 2001, o GOL organizou a exposição Maçonaria na Figueira, realizada no museu camarário. Em documentos internos da organização que a SÁBADO consultou, é destacado o "empenho e o profissionalismo" de diversas pessoas. Entre elas, o então vereador social-democrata Miguel Almeida. Melhor, o "irmão" Miguel Almeida, que seria braço-direito de Santana Lopes na Câmara de Lisboa, e que por diversas vezes o aconselhou a visitar o GOL e a subsidiar vários eventos da instituição. À SÁBADO, o actual deputado sublinha que não lhe repugna que os membros da instituição procurem ajudá-la. "Se for para defender os valores da casa, não acho mal, pelo contrário", afirma. Será apenas coincidência, mas os maçons estão sempre a encontrar-se nas autarquias. Ainda nas últimas eleições, depois de Manuel Maria Carrilho ter feito uma manobra de antecipação, anunciando a disponibilidade para ser candidato do PS a Lisboa, João Soares, expresidente da Câmara, resignou-se ao facto de ter de se candidatar à liderança de outra cidade. Acabou por conseguir ser a aposta do PS a Sintra. O coordenador autárquico do partido era o seu "irmão" Jorge Coelho. Uma curiosidade: João Soares é um maçom sui generis. Na sua loja recusa-se terminantemente a usar o tradicional avental, por considerar que é "abichanado". Em declarações à SÁBADO, João Soares confirma: "Uso avental em casa, não sou pessoa de grandes rituais. Estou lá pelo espírito republicano e laico da organização". Um espírito que é defendido intransigentemente pelo grão-mestre António Reis. "Não telecomandamos pessoas ou grupos. Faço uma distinção total entre a espiritualidade ética e laica e os grupos de pressão que não somos", diz. Vítor Ramalho, deputado do PS e maçom assumido, tem mais dúvidas. "Vejo com grande criticismo a entrada de certas pessoas e houve um período em que a maçonaria abriu as portas de forma menos avisada", refere.
Resumindo: todos terão a consciência de que para manter o espírito puro é necessário muito esforço interno. Se não, veja-se a declaração de princípios da lista encabeçada em 2002 por António Arnaut, na qual se mencionava a corrupção e o compadrio nos partidos políticos, defendendo-se até a existência de um "novo tipo de prática maçónica" que levasse os "irmãos" para longe das disputas partidárias, tanto mais que os partidos, "que deviam ser intérpretes do interesse nacional e escolas de civismo", se transformaram em "máquinas de conquista de poder e agendas de emprego". O diagnóstico era, portanto, desanimador. "A corrupção alastra, o compadrio substitui o mérito, o interesse material oblitera o dever de servir a comunidade", dizia o documento, apontando outros potenciais culpados: "São as multinacionais que inspiram certas leis e são os canais de televisão que ditam as regras, criam factos políticos e impõem a obscenidade."
EM 1998, Fernando Negrão, o actual candidato do PSD à Câmara de Lisboa, que era então director da Polícia Judiciária, afirmou ao jornal Expresso que a maçonaria "com certeza democratizará a sua visibilidade". Inquirido pelo mesmo jornal, Jorge Coelho, que era ministro da Administração Interna, disse que não faria sentido uma investigação sobre quem é quem na maçonaria portuguesa porque a época das perseguições já passara. O ponto de vista do exdirigente socialista parece ter vingado: na discussão que decorreu no ano passado no Parlamento, os deputados esclareceram muito bem quais seriam as novas regras do registo público de interesses a vigorar a partir de 2009. De fora ficaram, por proposta do PS e com a abstenção de toda a oposição, as ligações à maçonaria.
O desejo de secretismo sobre os membros da instituição vem de longe e mantém-se até hoje. Até para se reconhecerem em público os maçons utilizam códigos. Um exemplo: dois "irmãos" estão a falar em público sobre um qualquer assunto da loja a que pertencem. Um deles percebe que há um "profano" que se aproxima. Para avisar o interlocutor, diz a seguinte frase: "Está a chover." Outro ainda: um membro desconfia, mas não tem a certeza, de que uma pessoa que se prepara para conhecer é maçom. Para o confirmar, ao cumprimentá-la dá-lhe três toques com o polegar. Se houver resposta igual, é um "irmão". Outra forma de se reconhecerem: num jantar de grupo, um maçom pensa estar frente a outro maçom, embora não esteja certo disso. Para o saber, olha para ele enquanto coloca a pala da mão aberta sobre o próprio pescoço. Se a resposta for semelhante, o mistério está desfeito. ANTÓNIO ARNAUT - que, em 1978, enquanto ministro dos Assuntos Sociais, protagonizou um dos episódios mais sintomáticos da influência da maçonaria na sociedade civil, ao colocar em discussão o projecto de lei que criaria o Serviço Nacional de Saúde primeiro na sua loja maçónica e só depois no Parlamento - desempenhou um papel importante na relativa abertura da instituição. Ao contrário do que sucedeu com o seu antecessor - o coronel Eugénio de Oliveira, que usava o nome simbólico de Gandhi na Loja O Futuro, onde Afonso Costa (chefe de alguns Governos durante a I República) também esteve - o grão-mestre defendeu maior divulgação da natureza e dos princípios do GOL. Foi por isso que abriu as portas do palacete situado no Bairro Alto, em Lisboa, a personalidades como Jorge Sampaio, D. Duarte, Pedro Santana Lopes ou Jaime Gama, que na altura declarou que era o primeiro presidente da Assembleia da República não maçom de Portugal. Não era. O seu antecessor, Mota Amaral, pertence, de facto, a uma organização igualmente discreta, mas com outro nome - a católica Opus Dei. Em diversos documentos do GOL e da GLRP a que a SÁBADO teve acesso são feitas referências a encontros com o poder político e económico, muitos deles secretos: "Há que destacar também a recepção pelo grão-mestre do GOL de dirigentes de partidos políticos, embaixadores creditados em Portugal (...)", pode ler-se numa comunicação interna do GOL, que, ao contrário do que acontece com a GLRP, não revela nomes "profanos" nos seus documentos, optando, por uma questão de segurança, pela utilização de nomes simbólicos (todos os maçons têm um) ou, no caso de se tratar de representantes institucionais exteriores ao GOL, pela inscrição das iniciais dos seus nomes.
A maçonaria está por todo o lado. Para intervir activamente na sociedade civil, cria as chamadas instituições para-maçónicas. Entidades como a Academia das Ciências de Lisboa, a Universidade Livre, os Pupilos do Exército, a Voz do Operário, a editora Hugin ou o Montepio Geral foram pensadas primeiro em lojas maçónicas e só depois lançadas na sociedade civil, normalmente com maçons na sua direcção. Foi isso que aconteceu também com a Universidade Moderna. Um professor maçom que esteve ligado ao projecto desde o início garante que a ideia foi desenvolvida na maçonaria. "O José Júlio Gonçalves e o Oliveira Marques [historiador que morreu recentemente] estavam em conflito porque os dois queriam ser reitores", afirma. "Nessa altura, a ideia era chamar-lhe Europa, mas um dia o José Júlio, que era quem tinha arranjado forma de viabilizar o projecto, perdeu a paciência e disse ao Oliveira Marques para fazer a sua própria universidade. Foi quando criou a Moderna." A versão é contestada por Nandim de Carvalho, fundador e primeiro presidente da Assembleia Geral da Universidade, que garante que Oliveira Marques "não teve participação" na ideia. O projecto acabaria por dar origem a um dos maiores escândalos políticos dos últimos 20 anos, prejudicando a imagem da maçonaria, sobretudo da GLRP. E também a de alguns políticos, como Paulo Portas, que foi o primeiro gestor da empresa de sondagens da universidade, a Amostra, e que conduzia um Jaguar da Moderna, ou Santana Lopes, que também geriu a Amostra e que tinha ao serviço um Mercedes Classe A - carros disponibilizados por José Braga Gonçalves, administrador da universidade, filho de José Júlio Gonçalves e membro da maçonaria da Casa do Sino.

“OS PERSONAGENAGENS” AS LIGAÇÕES PODEROSAS DA ORGANIZAÇÃO QUE NÃO QUER APARECER
“A MAÇONARIA POR DENTRO” Estrutura dirigente da GLRP
Mário Martins Guia - Grão-mestre / Norton de Matos
José Moreno - Vice-grão-mestre / Mercúrio
Júlio Meirinhos - Vice-grão-mestre / Rigor
Paulo Noguês - Assistente de grão-mestre / Brasília
Luís Lopes - Assistente de grão-mestre / Marquês de Pombal
R. LeIé - Assistente vice-grão-mestre moreno I Mestre Afonso Domingues
A. Rente - Assistente vice-grão-mestre meirinhos / Egitânia
José Coelho Antunes - Grande secretário INorton de Matos
I. Fonseca Vice-grande secretário / Norton de Matos
Manuel Martins da Costa - Assistente de / grande secretário / Marquês de Pombal
Mário Gil Damião da Silva - Assistente de grande secretário I Norton de Matos
J. A. Ferreira - Grande correio-mor / Estrela da Manhã
Alcides Guimarães - Primeiro grande vigilante / Rei Salomão
L Homem - Segunda grande vigilante / Conímbriga
Augusto Castro - Vice-primeiro grande vigilante / Anderson
R. Cruz - Vice-segundo grande vigilante / Portus Calle
Francisco Queiroz - Grande capelão / Teixeira de Pascoaes
Benito Martinez - Vice-gronde capelão / Quinto Império
Mário Máximo - Grande orador / Nova Avalon
H. Veiga - Vice-grande orador / Bispo Alves Martins
Vítor Gabão Veiga - Grande hospitaleiro e esmoler / Soliditas
António Vicente - Grande arquivista e bibliotecário I Harmonia
Arnaldo Matos - Grande porta-estandarte / Miramar
Manuel Cabido Mota - Grande superintendente e guardião do templo / Harmonia
Luís Honrado Ramos - Grande mestre de cerimónias / Almeida Garrett
Miguel Cardina - Primeiro grande experto / Mestre Afonso Domingues
Luís Pombo - Segunda grande experto / Miramar
Esmeraldo Mateus Vivas - Segundo grande experto / Marquês de Pombal
Manuel Pinto - Grande organista / Porto do Graal
Nuno Jordão - Grande porta-espada I Nova luz
J. Ruah - Grande inspector I Mestre Afonso Domingues
João Oliveira e Silva - Grande inspector I Fernando Pessoa
Edgar Gencsi - Grande inspector I Miramar
Manuel Sacavém - Grande inspector / Lusitânia
Nuno Silva - Vice-grande inspector / Fernando Pessoa
José Fernando d’AIte - Vice-grande inspector / Almeida Garrett
G. Ribeiro - Vice-grande inspector I Aristides Sousa Mendes
Manuel Tavares Oliveira - Vice-grande inspector / Anderson
José Oliveira Costa - Assistente grande inspector / Bispo Alves Martins
Armando Anacleto - Assistente grande inspector / Egitânia
António Delfim Oliveira Marques - Assistente grande inspector / Egas Moniz
Jorge Vilela Carvalho - Assistente grande inspector I Astrolábio
Paulo Albuquerque - Assistente grande inspector / Lusitânia
Membros do governo e deputados
Nomes que são da maçonaria ou, em algum momento, foram membros:
Rui Pereira (actual ministro da Administração Interna e ex-director dos serviços secretos)
António Castro Guerra (actual secretário de Estado adjunto, da Indústria e Inovação)
António Arnaut (ex-ministro socialista)
Jorge Coelho (ex-ministro socialista)
António Vitorino (ex-rninistro socialista, entretanto expulso do GOL)
Isaltino Morais (ex-ministro social-democrata e actual presidente da Câmara de Oeiras)
Almeida Santos (ex-ministro e ex-presidente do Parlamento)
João Cravinho (ex-ministro socialista)
Armando Vara (ex-ministro PS e actual administrador da CGD)
Rui Gomes da Silva (deputado e ex-ministro do PSD)
Carlos Zorrinho (ex-secretário de Estado PS e coordenador do Plano Tecnológico)
Fausto Correia (eurodeputado e ex-secretário de Estado socialista)
Juristas, diplomatas e espiões
António Lamego (advogado)
António Pinto Pereira (advogado)
José António Barreiras (advogado)
Diamantino Lopes (ex-vice-bastonário da Ordem dos Advogados)
Rodrigo Santiago (advogado)
Nuno Godinho Matos (advogado)
Guerra da Mata (advogado)
Miguel Cardina (advogado)
Manuel Pinto (advogado)
Luís Moitinho de Oliveira (advogado)
Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PS)
Ricardo da Velha (desembargador jubilado e exparticipante no programa televisivo O Juiz Decide)
Jorge Silva Carvalho (chefe de gabinete de Júlio Pereira, director do Serviço de Informações da República Portuguesa)
José Manuel Anes (director da revista Segurança e Defesa)
José Fernandes Fafe (diplomata)
Fernando Reino (diplomata jubilado)
Gestores, médicos e militares
Abel Pinheiro (administrador da Grão-Pará)
Maldonado Gonelha (administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde socialista)
Fernando Lima Valadas (gestor da construtora Abrantina)
Amadeu Paiva (administrador da Unicre)
Carlos Monjardino (presidente da Fundação Oriente)
José Miguel Boquinhas (médico, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e ex-secretário de Estado socialista)
Germano de Sousa (ex-bastonárioda Ordem dos Médicos)
Cipriano Justo (médico e sindicalista)
Jacinto Simões (médico e ex-director do Hospital de Santa Cruz)
Santinho Cunha (médico legista)
Vasco Lourenço (militar de Abril)
Palma lnácio (ex-resistente antifascista)
Professores, arquitectos, escritores, músicos e outros
José Júlio Gonçalves (ex-reitor da Universidade Moderna)
António de Sousa Lara (professor e exsubsecretário de Estado da Cultura socialdemocrata)
Lemos de Sousa (professor catedrático)
Jorge de Sá (professor e director da empresa de sondagens Aximage)
Fernando Condesso (professor)
José Manuel Fava (arquitecto e ex-sogro de José Sócrates)
Troufa Real (arquitecto)
José Jorge Letria (escritor)
Mário Zambujal (escritor)
José Fanha (escritor)
Fausto (cantor)
Carlos Alberto Moniz (cantor)
José Nuno Martins (apresentador)
Nicolau Breyner (actor)
Moita Flores (argumentista e presidente da Câmara Municipal de Santarém)
Henrique Monteiro (director do jornal Expresso)
João Proença (secretário-geral da UGT)
POSIÇÃO DA IGREJA PERANTE A MAÇONARIA
Por vezes pergunta-se entre nós o que é a Maçonaria e o porquê do antagonismo entre religião cristã e maçonaria e o motivo por que um cristão, designadamente um católico, não pode pertencer a associações maçónicas sem trair a sua Fé. É preciso saber que, mesmo quando a associação maçónica (cuja adesão é vinculativa) não professa declarado ateísmo ou agnosticismo, a sua concepção de um “Supremo arquitecto do Universo” não é compatível com a concepção cristã do Deus pessoal dos ensinamentos de Jesus Cristo que nos são transmitidos pela Igreja. Daí o esclarecimento da S. Congregação da Doutrina da Fé, com data de 26 de Novembro de 1982: – «Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão». «Separar a fé da vida concreta não é bom, nem para a fé, nem para a vida, pois é exactamente a Vida verdadeira que celebram na Ceia do Senhor.» «Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser mação, e se o for convictamente, não pode celebrar a eucaristia». – Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, in Nota Pastoral da Quaresma de 2005.
Aliás, escreve o maçom Manuel Borges Grainha, na sua História da Maçonaria em Portugal, editada em 1913, reeditada em português da edição francesa em 1976 (Edit. Veja), na pág. 44: - «O Grande Arquitecto do Universo não é certamente o Jeová hebraico nem o Deus cristão: é a maneira filosófica de representar as forças criadoras e impulsivas da Natureza»
A. Rente - (GLRP) - Assistente vice-grão-mestre meirinhos / Egitânia Abel Pinheiro (administrador da Grão-Pará // e ex-homem forte das finanças do CDS “assume uma ligação de mais de 20 anos à maçonaria”) Arguido no processo judicial Portucale. Alcides Guimarães - (GLRP) - Primeiro grande vigilante / Rei Salomão Almeida Santos (ex-rninistro e ex-presidente do Parlamento) Amadeu Paiva (administrador da Unicre) António Arnaut, (PS) em 1978, ex-ministro dos Assuntos Sociais em 2002, assinava uma declaração de princípios que denunciava a corrupção e o compadrio nos partidos políticos, defendendo-se até a existência de um "novo tipo de prática maçónica". António Castro Guerra (actual secretário de Estado adjunto, da Indústria e Inovação) António de Sousa Lara (ex-subsecretário de Estado da Cultura de um governo de Cavaco Silva e professor e ex-subsecretário de Estado da Cultura, social-democrata, que acabou envolvido no escândalo da Universidade Moderna). António Delfim Oliveira Marques - (GLRP) - Assistente grande inspector / Egas Moniz António Lamego (advogado) António Pinto Pereira (advogado) António Reis, ex-deputado sodalista, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), António Vicente - (GLRP) - Grande arquivista e bibliotecário / Harmonia . António Vitorino (antigo ministro socialista da Defesa e excomissário europeu), entretanto expulso do GOL. Armando Anacleto - Assistente grande inspector / Egitânia Armando Vara, depois de ter desempenhado as funções de secretário de Estado da Administração Interna, foi nomeado ministro da Juventude e do Desporto. Hoje é administrador da Caixa Geral de Depósitos, nomeado pelo Governo. Arnaldo João (advogado da ex-EPUL). Arnaldo Matos - (GLRP)- Grande porta estandarte / Miramar Augusto Castro - (GLRP) - Vice-primeiro grande vigilante / Anderson Benito Martinez - (GLRP)- Vice-grande capelão / Quinto Império Cal Gonçalves, (GLRP),antigo chefe de gabinete de Carmona Rodrigues é maçon. O mesmo sucede com vários membros da oposição no PS Lisboa. Carlos Alberto Moniz (cantor) Carlos Monjardino (presidente da Fundação Oriente) Carlos Zorrinho, ex- secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna e coordenador do Plano Tecnológico, entrou há pouco para o GOL.
Cipriano Justo (médico e sindicalista) Diamantino Lopes (ex-vice-bastonário da Ordem dos Advogados) Dias Baptista (líder do PS na autarquia/Lisboa) Edgar Gencsi - (GLRP)- Grande inspector / Miramar Emanuel Martins (líder do PS de Oeiras, apoiante de Isaltino de Morais na Câmara) Esmeraldo Mateus Vivas - (GLRP) - Segundo grande experto / Marquês de Pombal. Eugénio de Oliveira, coronel, [GOL] grão-mestre, (de 1996/02) que usava o nome simbólico de Gandhi na Loja O Futuro, onde esteve Afonso Costa; defendeu maior divulgação da natureza e dos princípios do GOL Fausto (cantor) Fausto Correia, - (PS) euro-deputado, outro histórico do Grande Oriente Lusitano; em 2000, no governo de Guterres, ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto do ministro de Estado, o seu amigo e "irmão" Jorge Coelho. Fernando Condesso (professor) Fernando Lima Valadas (gestor da construtora Abrantina) Fernando Reino (diplomata jubilado) Francisco Queiroz - (GLRP) - Grande capelão / Teixeira de Pascoaes. G. Ribeiro - (GLRP)- Vice-grande inspector I Aristides Sousa Mendes. Germano de Sousa (ex-bastonárioda Ordem dos Médicos. Outro elemento do GOL.) Gonçalo Velho (PS de Carnide) Guerra da Mata (advogado) H. Veiga - (GLRP) - Vice-grande orador / Bispo Alves Martins Henrique Monteiro (director do jornal Expresso) I. Fonseca - (GLRP)- Vice-grande secretário / Norton de Matos Isaltino Morais (ex-ministro social-democrata e actual presidente da Câmara de Oeiras) PSD. J. A. Ferreira - (GLRP) - Grande correio-mor / Estrela do Manhã J. Ruah - (GLRP) - Grande inspector I Mestre Afonso Domingues Jacinto Simões (médico e ex-director do Hospital de Santa Cruz) João Cravinho (ex-ministro socialista das Obras Públicas e actual administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento), João Oliveira e Silva - (GLRP)- Grande inspector I Fernando Pessoa João Proença (secretário-geral da UGT)
João Soares (ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa), GOL, é um maçon sui generis. Na sua loja recusa-se terminantemente a usar o tradicional avental, por considerar que é "abichanado". Jorge Coelho - (ex-ministro socialista um dos mais influentes militantes da história do Partido Socialista enquanto ministro da Administração Interna, teve como secretário de Estado em 1997, Rui Pereira. Jorge de Sá (professor e director da empresa de sondagens Aximage) Jorge Silva Carvalho (chefe de gabinete de Júlio Pereira, director do Serviço de Informações da República Portuguesa - SIRP) Jorge Vilela Carvalho - (GLRP) - Assistente grande inspector I Astrolábio José António Barreiras (advogado) José Braga Gonçalves (membro da maçonaria da Casa do Sino; administrador da Universidade Moderna) José Coelho Antunes - (GLRP) - Grande secretário I Norton de Matos José Fanha (escritor) José Fernandes Fafe (diplomata) José Fernando d’Alte - (GLRP) - Vice-grande inspector / Almeida Garrett José Jorge Letria (escritor) José Júlio Gonçalves, (GLRP) ex-reitor da Universidade Moderna. José Manuel Anes. Além de ser hoje grão-mestre honorário da GLRP, é director da revista maçónica Aprendiz e da publicação Segurança e Defesa, lançada em Outubro de 2006 pela editora Diário de Bordo, e onde escrevem vários elementos ligados aos serviços secretos.
José Manuel Fava (arquitecto e ex-sogro de José Sócrates) José Miguel Boquinhas (médico, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e ex-secretário socialista de Estado da Saúde) maçon e amigo de Jorge Coelho, de quem passou a ser sócio numa clínica de exames laboratoriais, a Fisiocontrol. José Moreno - (GLRP) - Vice-grão-mestre / Mercúrio (social democrata, subdirector do Gabinete de Planeamento do Ministério das Finanças) José Nuno Martins (apresentador) José Oliveira Costa - (GLRP)- Assistente grande inspector / Bispo Alves Martins. Júlio Meirinhos - (GLRP) - Vice-grão-mestre / Rigor L Homem - (GLRP) - Segunda grande vigilante / Conímbriga Lemos de Sousa (professor catedrático) Luís Fontoura, social democrata e ex-secretário de Estado da Cooperação dos governos de Balsemão.
Luís Honrado Ramos - (GLRP) - Grande mestre de cerimónias / Almeida Garrett . Luís Lopes - (GLRP) - Assistente de grão-mestre / Marquês de Pombal Luís Moitinho de Oliveira (advogado) . Luís Nunes de Almeida, o ex-presidente do Tribunal Constitucional (TC) falecido em 2004, mestre da Loja Convergência. (Rito maçónico efectuado abusivamente na Capela mortuária da Basílica da Estrela ). Luís Pombo - (GLRP) - Segunda grande experto / Miramar Maldonado Gonelha (socialista, administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde) Manuel Cabido Mota - (GLRP) - Grande superintendente e guardião do templo / Harmonia Manuel Martins da Costa - (GLRP) - Assistente de / grande secretário / Marquês de Pombal Manuel Pinto - (GLRP) - Grande organista / Porto do Graal - (advogado) Manuel Sacavém - (GLRP) - Grande inspector / Lusitânia Manuel Tavares Oliveira - (GLRP) - Vice-grande inspector / Anderson Mário Gil Damião da Silva - (GLRP) - Assistente de grande secretário I Norton de Matos Mário Martins Guia - (GLRP) - Grão-mestre / Norton de Matos – (escritor) Mário Máximo - (GLRP) - Grande orador / Nova Avalon Mário Zambujal (escritor) Miguel Almeida, social-democrata maçon, que terá sido o braço direito de Santana Lopes na Câmara de Lisboa. Miguel Cardina - (advogado) (GLRP) - Primeiro grande experto / Mestre Afonso Domingues. Miguel Coelho, líder da distrital do partido. Miguel de Almeida (deputado; ex-vereador social democrata do GOL) Moita Flores (argumentista e presidente da Câmara Municipal de Santarém) Nandim de Carvalho ((ex-grão-mestre da GLRP) Nicolau Breyner (actor) Nuno Godinho Matos (advogado) Nuno Jordão - (GLRP) - Grande porta-espada I Nova luz Nuno Silva - (GLRP) - Vice-grande inspector / Fernando Pessoa Oliveira Marques, (GLRP) historiador que morreu recentemente. Palma lnácio (ex-resistente antifacista) Paulo Albuquerque - (GLRP) - Assistente grande inspector / Lusitânia Paulo Miranda, o homem que foi vice-presidente do Conselho Nacional do CDS, Paulo Noguês - (GLRP) - Assistente de grão-mestre / Brasília - (especialista em marketing político e institucional).
R. Cruz - (GLRP) - Vice-segundo grande vigilante / Portus Calle. R. Lelé - (GLRP) - Assistente vice-grão-mestre moreno I Mestre Afonso Domingues. Ricardo da Velha (desembargador jubilado e ex-participante no programa televisivo O Juiz Decide). Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PS, no executivo de Ant. Guterres) Rodrigo Santiago (advogado) Rosa do Egipto (recém nomeado administrador da EPUL). Rui Cunha, um maçon do GOL recentemente nomeado pelo Governo para provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi secretário de Estado adjunto do ministro do Trabalho e da Solidariedade. Rui Gomes da Silva (deputado e ex-ministro do PSD). Rui Paulo de Figueiredo (membro da oposição no PS / Lisboa / Loja Mercúrio) Rui Pereira, - um dos nomes mais fortes do GOL. Fez parte da Loja Convergência, participou na Reforma Penal e na presidência-sombra do Supremo Tribunal Maçónico. Da Loja Luís Nunes de Almeida. Integra o Tribunal Constitucional. É o actual ministro da Administração Interna. Foi director, entre 1997 e 2000, do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e mantém desde então relações próximas com o mundo da espionagem portuguesa. Foi secretário de estado da Admin. Interna. Santinho Cunha (médico legista) Troufa Real (arquitecto) Vasco Lourenço (militar de Abril) Vítor Gabão Veiga - (GLRP) - Grande hospitaleiro e esmoler / Soliditas Vítor Ramalho, deputado do PS e maçon assumido.

SENHORAS “MAÇANS”
GRANDE LOJA FEMININA DE PORTUGAL
* Ana Bela Pereira da Silva, presidente da Associação Portuguesa das Mulheres Empresárias. * Helena Sanches Osório, jornalista já falecida, uma das fundadoras da GLFP. * Leonor Coutinho, mestre na Grande Loja Feminina de Portugal. Ex-secretária de Estado da Habitação do governo de António Guterres. * Maria Belo (psicanalista; militante socialista (PS); Grande Loja Feminina de Portugal fundada em 1983.

MULHERES VENDADAS
“Se a solidariedade entre “irmãs” existe, eu nunca a vi."
Quem o afirma é um membro da Grande Loja Feminina de Portugal (GLFP), a obediência maçónica criada em 1983, entre outras, pela psicanalista e militante socialista Maria Belo, numa antiga garagem com uma gruta por trás. Maria Belo e as "irmãs" - entre elas a já falecida jornalista Helena Sanches Osório decidiram chamar a essa primeira loja Unidade e Mátria. Tornou-se conhecida por ser muito rigorosa no cumprimento do ritual. "Lá, o segredo é mesmo a alma do negócio. No dia da minha iniciação, meteram-me num carro e andaram comigo a passear de olhos vendados para não imaginar sequer para onde ia. Elas levam a promoção do secretismo até ao ridículo e as figuras de topo guardam toda a informação para si. Se quiser saber nomes de outros elementos, não me dizem. Querem manter o poder", afirma o mesmo membro, que ainda hoje não convive bem com o facto de ter de dizer sempre uma palavra passe para entrar na sede da GLFP nem com a obrigatoriedade de terem de ser as candidatas à irmandade a confeccionar à mão o seu traje maçónico. "Disseram-me que tinha de ser eu a cosê-lo... Fui a casa da minha mãe e ela ajudou-me", diz. A sede da GLFP situa-se em Lisboa, junto ao Largo do Adamastor. Entre os seus membros estão Leonor Coutinho, ex-secretária de Estado da Habitação do governo de António Guterres, e Ana Bela Pereira da Silva, presidente da Associação Portuguesa das Mulheres Empresárias.
Os nomes dos “irmãos” declarados, estão destacados a negrito e a vermelho, pela curiosidade de observar a sua actuação na actividade política no aparelho do Estado (que diz respeito a todos nós, Povo Português) e que se vincularam a determinados compromissos exigidos pela maçonaria, (consoante a “obediência”), conquanto alguns estejam vinculados pelo baptismo a Cristo e à Igreja.

– Flagrantes exemplos: o de um notável político, que frequentou, no Rodízio, o 4º. Cursilho de Cristandade de Lisboa, ( 9 a 12 /Jun.1961) – do género não será o único – e tal como o apoiar a imposição ditatorial do laicismo e comportamentos aberrantes (que em bom e tradicional português se designam por “deboche ”) a um povo culturalmente de raiz cristã e, eventualmente, assumindo as posições de grupos de pressão ad hoc para justificar decisões pouco ou nada claras de “laicidade” ( o caso da retirada de crucifixos das escolas, o condicionalismo da assistência religiosa nos hospitais… e não só). Aquela classificação, de “deboche ”, a fez, “mutatis mutandis”, perante as câmaras da televisão, em discurso público, na Madeira, na terceira semana de Agosto / 2007 Alberto João Jardim, presidente da Reg. Aut. da Madeira, em relação à homossexualidade e até ao facilitismo abortista, contra-valores que nos querem impor como se de gente civilizada fossem. Não lemos nada em letra de forma que o contradissesse. Claro, que haverá que considerar as honestas excepções de homens de recta consciência, para confirmar a regra. Coerentemente, não podem, cristãos, nomeadamente, cristãos católicos, ser fiéis a dois vínculos inconciliáveis... “servir a dois senhores” – um deles necessariamente será traído... Qual? – No caso vertente,
O Primeiro. Aquele que foi assumido no Baptismo e na profissão de Fé em nome da Trindade Divina, e no seguimento de Jesus Cristo, o Verbo de Deus, a Sua Humana Face. (“Os fiéis que pertencem a associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão” – S. Congr. para a Doutrina da Fé, 26.Nov.1982) “Um católico, consciente da sua Fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia ” – Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, Mensagem Quaresmal de 2005.