"José Luís Arnaut nomeado para alto cargo no Goldman Sachs"
Porquê? Quais as razões?
* O que vale Arnaut?
* O que tem José Luís Arnaut que o Goldman
Sachs tanto precisa
Advogado
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José Luís Arnaut
tem desenvolvido a sua atividade predominantemente nas áreas do Direito da
Propriedade Intelectual, com especial incidência no domínio do Direito das
Patentes, Marcas, Nomes de Domínio, Novas Tecnologias e Direito da
Concorrência.
Sócio fundador da
CMS Rui Pena & Arnaut.
É desde 1992
Mandatário Europeu de Patentes junto do Instituto Europeu de Patentes
(Munique).
Desde 1996 é
Mandatário Europeu de Marcas junto do Instituto de Harmonização do Mercado
Interno da União Europeia (Alicante) e Agente Oficial da Propriedade
Industrial, junto do I.N.P.I. – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Em 1996 integrou a Comissão de Acompanhamento e Revisão do Código da Propriedade Industrial e entre 1998 – 1999 foi Membro da Comissão de Revisão do Código da Propriedade Industrial.
É desde 1999
Deputado à Assembleia da República.
Foi
Ministro-adjunto do Primeiro-Ministro (José Manuel Durão Barroso) entre 2002
– 2004 e Ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e
Desenvolvimento Regional (2004 – 2005).
Foi Presidente da Comissão de
Negócios Estrangeiros da Assembleia da República (2005 – 2008) e é desde 2009
Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional da Assembleia da
República.
Formação Académica
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Membership
Reconhecimento
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O ex-ministro-adjunto de Durão Barroso, José
Luis Arnaut, foi nomeado para o conselho consultivo internacional do banco
norte-americano Goldman Sachs, indicou nesta sexta-feira o banco.
José
Luis Arnaut, que foi também ministro das Cidades, Administração Local,
Habitação e Desenvolvimento Regional no Governo de Santana Lopes (entre 2004 e
2005) e secretário-geral do PSD, irá ser fazer parte de um grupo de consultores
onde está integrado, por exemplo, o ex-presidente do Banco Mundial, Robert
Zoelick.
Em comunicado, Robert Zoelick, que preside ao
grupo de 17 consultores de que José Luis Arnaut fará parte, diz que o
ex-governante “traz um vasto conhecimento e experiência em Portugal, assim como
na Europa, Médio Oriente e África”.
Arnaut será membro do
conselho de administração do conselho consultivo internacional do Goldman
Sachs.
O Goldman Sachs anunciou esta sexta-feira, 10 de
Janeiro, que José Luís Arnaut é o novo membro do conselho consultivo
internacional do banco.
As funções do português passam por “fornecer conselhos
estratégicos sobre uma série de negócios, regiões, políticas públicas e
questões económicas, em particular sobre Portugal e os países africanos de
língua portuguesa”, revela o comunicado emitido.
José Luís Arnaut vai integrar um grupo de 18 membros,
que é presidido por Robert Zoellick, ex-presidente do Banco Mundial.
José Luís Arnaut “traz elevados conhecimentos e
experiência” sobre Portugal, bem como a Europa, Médio Oriente e África. “É
excelente” para o conselho consultivo internacional do Goldman Sachs a
integração do português, refere Zoellick, citado em comunicado.
O “Expresso” adianta que Arnaut é o primeiro português
a assumir este cargo no Goldman Sachs e que vai substituir Mario Monti,
ex-primeiro-ministro italiano.
Sob a sua “alçada” ficará o mercado do sul da Europa,
países do Médio-Oriente, a África francófona e ainda Angola e Moçambique,
acrescenta o jornal.
O “Expresso” adianta que Arnaut já teve um papel no
Goldman, na oferta pública de venda dos CTT, com o banco a ficar com 4,998%
do capital.
O jornal diz ainda que nas negociações
dos swaps com o Estado, a firma de Arnaut, CMS Rui Pena & Arnaut
(RPA), representou os interesses de bancos como o Goldman Sachs e o JPMorgan.
Arnaut é advogado e já ocupou vários cargos políticos
em Portugal. Foi ministro-adjunto do primeiro-ministro no Governo liderado por
Durão Barroso, entre 2002 e 2004, e ministro das Cidades, Administração Local,
Habitação e Desenvolvimento Regional no Executivo liderado por Santana Lopes,
entre 2004 e 2005.
José Luís Arnaut foi
ministro de Durão Barroso e de Santana Lopes. Anda nos corredores do poder há
muitos anos e teve direito, claro está, a uma comenda. Nos tempos em que
parecia que Arnaut se dedicava à política, era uma espécie de Relvas que sabia
ler e escrever. Mais polido do que o aprendiz de Tomar, dedicou-se a uma das
mais antigas profissões das democracias: fazer uma ponte entre o mundo dos
negócios e o Estado, quase sempre com vantagem clara para o primeiro. Era e
continua a ser, usando alguma liberdade de linguagem, um facilitador.
A Rui Pena &
Arnaut, sociedade de advogados de que é um dos sócios, esteve ligada à
privatizações da REN e da ANA e envolvida na fracassada privatização da TAP.
Nunca sendo muito claro de que lado joga, como foi o caso da REN, onde o
escritório tinha como cliente da Rede Elétrica Nacional e, em simultâneo,
participava na elaboração das propostas de lei de base e diplomas
regulamentares do novo enquadramento legislativo nos sectores da energia. Essa
é, aliás, uma das funções destes escritórios: autênticos órgãos não eleitos de
produção legislativa para o Estado, sem qualquer verdadeira fiscalização de
conflitos de interesses. A RPA também participou nas negociações dos swaps com
o Estado e representou os interesses da Goldman e da JP Morgan.
Resumindo: o
escritório de José Luís Arnaut é, com mais um ou outro, uma placa giratória
onde os interesses de alguns políticos mais ambiciosos e empresários que
dependem de decisões do Estado se cruzam, num emaranhado de cumplicidades em
que se perde o rasto de quem representa quem e mais não se pode fazer do que
escrever, com cuidado, em textos como este, o que toda a gente sabe: que por
ali se faz o que a democracia não deveria tolerar.
A ida de José Luís
Arnaut para a Goldman Sachs não me choca rigorosamente nada. Não se pode dizer,
desta vez, que alguém mudou de campo. É apenas a conclusão lógica de toda uma
carreira. Fazer lá fora o que já se faz cá dentro é o que se lhe pedirá, como
administrador não executivo daquele gigante bancário, com participação tão
ativa na crise financeira que o mundo vive hoje. Servir de apoio para os
principais clientes em todo o mundo, é o que fazem estes administradores.
Traduzindo para a realidade: sacar das agendas de contactos e pô-las a render. E
a agenda de Arnaut será pequena quando comparada com a de alguns senhores que
lhe farão companhia.
É isso mesmo que lá
fará Otmar Issing. O alemão foi, como membro da Administração do Bundesbank e
do Banco Central Europeu, um dos principais arquitetos dum Euro mal parido e da
catastrófica política monetária europeia. Ou Robert Zoellick, que, depois de
trabalhar no Departamento do Tesouro dos EUA, foi para a Goldman Sachs, da
Goldman Sachs para a presidência do Banco Mundial e do Banco Mundial regressou
para a Goldman Sachs. No meio, trabalhou para a Enron e teve, como
representante dos EUA, um papel central nas negociações para a entrada da China
na Organização Mundial de Comércio. Ou Lord Griffiths, antigo conselheiro de
Margaret Thatcher, grande amigo, na política, dos interesses da banca e autor
da ideia de que devemos "tolerar a desigualdade [promovida pelos brutais
bónus dados aos banqueiros] como uma forma de atingir a maior prosperidade para
todos". Ou o antigo ministro das finanças sueco, o social-democrata Erik
Asbrink, um dos autores dum código de ética empresarial.
Mas os caminhos
paralelos dos organismos públicos, da burocracia europeia e internacional e da
Goldman Sachs são tantos que um texto não chegaria. Basta lembrar Peter
Sutherland, ex-procurador-geral irlandês, comissário europeu para a
concorrência e com um papel central no vergonhoso resgate à banca irlandesa.
Homem que foi diretor não executivo do Royal Bank of Scotland, até este
colapsar e ser, claro, nacionalizado. Chegou a diretor não executivo da Goldman
Sachs. Ou Mario Draghi, atual presidente do Banco Central Europeu. Antes de
regressar ao Banco de Itália foi, entre 2002 e 2005, vice-presidente da Goldman
Sachs. Ou o falecido António Borges, que foi responsável do FMI para a Europa e
conselheiro do governo português para as privatizações (algumas das que Arnaut
também participou). Foi vice-presidente da Goldman Sachs. Ou Mario Monti,
primeiro-ministro italiano nunca eleito (e que, depois, nas urnas, não
conseguiu mais do que 10%). Foi conselheiro sénior da Goldman Sachs. Ou Petros
Christodoulou, que, à frente Banco Nacional da Grécia (privado), e com a ajuda
da Goldman Sachs, participou num esquema para esconder o défice do Estado antes
da crise rebentar. Começou a sua carreira na Goldman Sachs e a última vez que
ouvi falar dele estava à frente da agência governamental da dívida pública
grega.
Resumindo: em todos
os momentos fundamentais da desregulação económica e financeira do mundo e da
Europa e da transformação do projeto europeu no monstro que hoje conhecemos
encontramos gente da Golman Sachs. Generais, como Otmar Issing, Zoellick,
Griffiths, Draghi ou Monti. Ou soldados, como Arnaut. Porque um dos ramos
fundamentais da atividade deste colosso é a compra da democracia, pondo os
Estados a decidir contra os seus próprios interesses, roubando o sentido do
nosso voto e entregando o poder que deveria ser do povo a quem tem dinheiro
para o pagar. São um verdadeiro partido invisível, um poder acima das nações
que regula as nossas vidas independentemente das nossas vontades. Privatiza o
que é nosso, vende lixo aos Estados, armadilha leis, governa em favor de poucos
e premeia quem lhe preste vassalagem.
VER LINKS SOBRE O NEGÓCIO DOS SUBMARINOS.
“The Portuguese POCALYKO Gate” or Why Europe is Bankrupt!
"What is the relationship in the U.S. Michael Pocalyko, General Dynamics, Jose Luis Arnaut, the Durao Barroso, Tecnia the Erdevl Europe, LGT, etc.?"
http://bardoalcides.wordpress.com/2012/05/17/the-portuguese-pocalyko-gate-or-why-europe-is-bankrupt/
O QUE É O GOLDMAN SACHS?
O curriculum do homem é tão grande tão grande que se me acabou o papel higiénico e tive que limpar o resto com os dedos!
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